Capitulo 10 - Hollywood Em... Hanover?
Minha
respiração parecia que havia sumido. Meus olhos estavam arregalados, encarando
aquela coisa enorme na minha frente. Meu
paizinho amado! Eu já tinha visto aquilo, óbvio, mas não deixava de ser
altamente surpreendente. Droga! Com certeza estava virando uma tarada.
-
Gostando do que ver? – falou Edward, debochando de minha cara. Abaixei o olhar,
corando absurdamente. Levantei totalmente embaraçada.
-
Hum... É... Hum... – gaguejava eu, feito uma idiota.
-
Hum, é, hum... – me imitou o imbecil. Fulminei-lhe com o olhar. – Sei que causo
isso nas mulheres.
-
Vai se catar! – bufei irritada lhe dando as costas e saindo do banheiro. Estava
mais irritada comigo do que com ele. Afinal havíamos acabado de passar por uma
situação altamente constrangedora... Para mim. Ele estava se divertindo, aquele
idiota.
-
Ei, ei... – veio atrás de mim, me puxando pelo braço e fazendo-me encara-lo. –
Entrou no banheiro só para me ver nu, é? Por que se fosse para isso, era só ter
pedido.
-
Você se acha muito né seu idiota, egocêntrico e metido! Eu não vim aqui para
ficar te vendo, você pode não acreditar, mas existe coisa muito melhor por ai!
– falei irritada me libertando de seu toque. – Um tal de Richard de uma
produtora ai está lá no telefone querendo falar com você.
-
Richard? Da Today Music?
-
É, algo assim...
-
Porra Bella, por que não disse logo? – e desceu as escadas só de toalha mesmo.
Agora
a culpa era minha se ele resolvia tomar banho na hora errada?!
Bufei
descendo as escadas atrás dele. O encontrei já com o telefone na orelha falando
lá com o Sr.Produtor.
-
Sim... Sim... Sim... – porra! O Edward só sabe falar “sim”? Sua falta de
resposta mais elaborada me deixava nervosa. O que será que o tal de Richard
tava falando? – Não, sem problema, a gente vai com certeza... Muito obrigado. –
e desligou.
O
moleque ficou estático no lugar, ainda segurando o telefone. Ai meu Deus, o que
será que aconteceu? Será que a chance deles foi por água abaixo?
-
Então? O que ele disse? – perguntei por fim.
-
Eles querem tentar... – foi só o que saiu pela sua boca.
-
Tentar o que?
-
Eles querem gravar um disco, Bella. Com a gente. – se virou finalmente para
mim, com os olhos brilhando de alegria.
-
OH MEU DEUS! - gritei sem vergonha e depois lhe abracei com toda força. Eles
vão ter uma chance, eles vão ter uma chance, aaaahhhh!!
Ok,
vocês devem ta pensando o porquê de eu pirar tanto com isso. Mas não entendem?
Esse é o sonho dele, sempre foi o sonho de Edward mostrar sua música para o
mundo e agora ele está tendo essa chance. É o sonho dele sendo realizado e eu
não podia estar mais feliz com isso.
-
Parabéns... – sussurrei em seu ouvido. Suas mãos estavam em minha cintura,
enquanto meus braços estavam ao redor de seu pescoço. Eu praticamente estava
pendurada nele.
-
Eu estou tão feliz Bella. – sussurrou de volta. Olhei para seu rosto com um
sorriso nos lábios.
-
Você merece.
Olhar
o sorriso em seu rosto me deu esperança de que eu não estava fodendo
completamente com a vida dele. Edward tinha os olhos mais belos que eu já havia
visto. Grandes órbitas verdes. Seus lábios eram cheios e convidativos, em um
tom rosado e sensual.
Eu
queria beijá-lo aqui e agora. Na verdade vinha querendo fazer isso desde que
saímos da cabana. Sentir o sabor daquela boca que tirava meu sono. Adocicado e
ardente. O seu sabor.
Mas
então a culpa veio com tudo. Em que eu estava pensando? Beijá-lo sendo namorada
do Jack? Será que eu nunca ia parar de fazer besteira?
E
tomada por uma vontade louca de sair de lá e não complicar mais a minha vida e
a de Edward, fiz a única coisa que estava ao meu alcance.
-
Parabéns... – sussurrei dando um beijo rápido em seu rosto e correndo de lá, me
escondendo em meu quarto.
Encostei-me
a porta, sentido meu coração bater acelerado.
Isso
só acontecia quando Edward estava perto.
.............................*..........................
O
pessoal voltou depois de algumas horas, me surpreendo quando vi Jacob também,
que havia vindo trazer o carro de Edward. Eu quase não conseguia encará-lo, mas
fazia o possível para agir normal. Todos estávamos cansados da viagem, querendo
ir para suas casas, mas Carlisle nos prendeu um pouco mais, dizendo que queria
dar um comunicado.
Admitia
que estava começando a ficar receosa com esses seus comunicados, da ultima vez
comunicou que estava se casando,o que não me fez reagir muito bem.
-
Prometo que não vou me prolongar, sei que todos estão cansados... – começou
segurando a mão de Esme e dando um sorriso mais que a cara. – É na verdade mais
um convite que um comunicado.
-
O que? O que? – perguntou Renesmee pulando ao meu lado.
-
Deixa ele falar pirralha. – resmunguei. Ela só fez mostrar a língua.
-
Todo casamento tem uma festa de noivado não é? – foi Esme que falou dessa vez.
-
E queremos que vocês fossem na nossa. – completou por fim Carlisle.
-
Ai.Meu.Deus! – as duas loucas (Alice e Ângela) gritaram.
-
Uma festa! – eu via até os olhinhos de Alice brilharem.
-
Na verdade vai ser mais um jantar, mas queremos todos muito elegantes, tá?
-
Quando vai ser? – perguntei não tão animada. Festa era o que eu menos pensava
agora.
-
Depois de amanhã.
-
COMO ASSIM? – Alice deu um grito tão alto que quase senti meu coração parar de
susto. – A gente só tem dois dias para cuidar de tudo. Não vai dar tempo. Temos
que achar um local para fazer, procurar as roupas...
- Pode ser lá em casa, Alice – Carlisle disse,
tentando acalmar o pinguim de cabelo comprido. – E quanto ao resto... Sei que
da conta.
-
Ai meu pai! – caiu sentada no sofá, só para logo levantar novamente. – Bella e
Ângela, venham comigo.
-
Aonde?- perguntei, mas pressentindo coisa ruim.
-
Vocês serão meus braços direitos na organização da festa. – e empinou o nariz.
-
Ah não... – já ia começar a protestar, mas ela e Ângela já tinham-me pego pelos
braços e guiavam-me para fora da casa. – ALICE EU TE MATO!
-
Também te amo. – disse sorrindo faceira e fechando a porta de casa.
Lá
se vai meu momento de paz.
#Dois dias depois...
Encarava-me
no espelho totalmente não crente do que via. O longo vestido vermelho colava em
meu corpo, com as costas nuas cobertas só pela pouca camada de renda vermelha e
na frente havia uma grande fenda, fazendo o decote ser bem fundo. Meus olhos
estavam cobertos por uma maquiagem bem neutra e meus lábios bem destacados pelo
batom também vermelho. Meu cabelo negro estava puxado para trás, em um
emaranhado de tranças.
Eu
estava bonita. Inacreditavelmente, mas eu estava. Chegava a dizer que estava
sexy, se fosse levar em conta meu corpo com poucas curvas.
Mordi
os lábios pensando se aquilo não era um pouco demais para um jantar de noivado.
Alice havia convencido Esme a fazer uma festa de gala, com o tema astros de Hollywood. Bem peculiar, tenho
que admitir, mas Esme adorou e então sobrou para nós meninas usarmos longos
vestidos e os meninos usarem aquela roupa de pinguim.
Só
Alice mesmo. E falando no diabo, ela adentrou no quarto, com seu longo vestido
rosa bebê, cheio de babados e de um ombro só.
-
Oh meu Deus, Bella! Você está linda. – disse com os olhos brilhando. – Eu sabia
que esse vestido era o certo.
-
Você não acha que isso está muito exagerado só para um jantar?
-
Absolutamente não! É o jantar de noivado de nossos pais, todos tem que estar
deslumbrantes.
-
Você não está tão espalhafatosa.
-
É porque eu sou foda e fico bonita com qualquer coisa. – empinou o nariz.
-
Ah... EI! – gritei entendo o que ela quis dizer. Por acaso eu não ficava linda
com qualquer coisa?
-
O que? – fez-se de desentendida.
-
Ah vamos logo para esse jantar. – disse não querendo brigar com ela.
Descemos
as escadas do apartamento de mãos dadas, na verdade ela estava me dando apoio
para não cair naqueles enormes saltos. No andar de baixo só se encontrava
Ângela metida dentro de seu vestido verde colado em seu corpo.
-
Onde estão os outros? – perguntei.
-
Você demorou tanto que foram na frente. – disse com as mãos na cintura. – Tava
fazendo o que lá em cima? Fabricando o vestido por acaso?
-
Cala a boca.
-
Ah vamos logo, porque a festa não começa sem a pessoa mais importante. – disse
Alice empinando o nariz e abrindo a porta.
-
Pensei que os mais importantes fossem os noivos.
-
Eles são os segundos. – disse sem nenhuma vergonha na cara, o que me fez
revirar os olhos.
Chegamos
à casa de Carlisle alguns minutos depois e o que nos esperava na entrada me
surpreendeu. A casa do Carlisle podia dizer que era simples sem toda aquela
decoração, mas não achava que ficaria menos pasma. A entrada era coberta por um
jardim grande, com grandes palmeiras e bem na entrada que levava para a porta,
havia uma fila de fotógrafos tirando fotos de todos que chegavam. Havia até um
chofer. Minha boca se escancarou ao ver todas as luzes e clicks das máquinas.
-
Alice! – exclamamos eu e Ângela juntas.
-
O que?
-
Era para ser um jantar simples, isso aqui parece mais uma entrega do Oscar.
-
Dã! E não era para ficar assim? Se eu queria que fosse como em Hollywood eu não
podia economizar né? – saímos do carro ao mesmo tempo.
-
Quero só ver o que Esme vai dizer. – falei puxando a barra do vestido para
conseguir andar melhor.
-
Mamãe deve está radiante, pode ter certeza. E agora calem a boca e vamos
entrar, mas antes... – ela nos parou e de dentro do seu busto, tirou um pequeno
aparelho de música e acionou o botão enter.
...*...Link
Alternativo...*...
Elvis Presley - Pretty Woman
Qual
a minha surpresa ao escutar Pretty Woman
do Elvis Presley. Olhei para ela pasma.
-
O que? Eu preciso de uma entrada triunfal ok? – empinou o nariz, colocou o MP3
de volta aos seios e nos puxou para aquela guerra de fotógrafos.
Bom,
se fosse pra fingir que era uma estrela de cinema, que fosse completo. Dei de
ombros, inspirei fundo e incorporei a própria Julia Roberts.
Andava
no mesmo compasso das garotas, sentindo até aquele habitual ventinho na cara.
Quando chegamos no meio do tapete vermelho paramos e posamos para as fotos. Eu
sorria como se nada mais importasse no mundo; nada de triângulos amorosos,
traições, vestidos apertados, nada. Eu era só a Bella, uma estrela do cinema.
Ri jogando um beijo pra câmera, joguei os cabelos pra trás, fazendo a tal pose
de xícara. Depois de um tempo sendo a cópia da linda mulher, dei meia volta,
pronta para entrar na casa, quando pisei sem querer na barra do vestido de
Ângela que estava na minha frente, fazendo-a cair em cima de Alice e eu por
cima delas duas. Resultado, nós três beijando o chão.
-
Puta merda! – exclamamos juntas.
Lá
se foi o nosso momento pop star.
Depois
de todas se levantarem e recuperarem a compostura, ajeitamos os cabelos e
voltamos a andar como se nada tivesse acontecido, mas sentindo nossos rostos
corarem com as risadinhas dos fotógrafos.
A
sala de Carlisle havia se transformado em um grande salão de festa, com várias
mesas redondas espalhadas pelas laterais, deixando o centro para dançar. Mais a
frente havia um palco, onde vários instrumentos esperavam para serem tocados e
um pouco ao longe, um DJ comandava a festa, tocando os maiores clássicos. As
paredes estavam ornamentadas com vários quadros de filmes, atores e cantores
famosos. Não consegui conter a gargalhada ao ver Carlisle vindo em nossa
direção vestido de Michael Jackson, detalhe, a versão negra dele. A cara de meu
pai estava toda pintada de preto e tinha até os cachinhos negros.
-
Oh meu Deus, Carlisle! – exclamei ainda rindo.
-
O que? Não gostou? Achei que seria legal incorporar de vez o tema da festa. –
sorriu todo feliz dando uma voltinha.
-
Tenho até medo de ver como Esme está.
-
Falando de mim? – surgiu atrás de Carlisle a própria cópia de Merilyn Monroe.
Esme estava com o vestido brando perolado, com os cabelos loiros curtos, batom
vermelho e meu Deus do céu! A pinta.
-
Esme? – falamos todas juntas.
-
Admita que estou uma gata. – riu dando uma voltinha.
-
Mãe, eu disse que o tema era de Hollywood, mas não era exatamente para você
ressuscitar os mortos. – se queixou Alice.
-
Não enche Alice. Vê pelo lado bom, pelo menos a festa vai ter palhaço. – zoei
rindo mais ainda.
-
Rá, rá! Venham se sentar, os outros convidados já devem está chegando.
Esme
nos guiou até a mesa onde os outros estavam, antes de voltar para Carlisle, que
estava recepcionado os convidados. Na enorme mesa já se encontravam todos os
Cullens, Rose, Jasper, Lucy, os meninos da banda, Jacob e Nessie. Todos estavam
vestidos lindamente, mas não posso negar que olhara para Edward me fez perder o
fôlego. Usava uma camisa branca, paletó preto e gravata da mesma cor. Claro que
todos estavam vestidos da mesma maneira, mas Edward sempre seria o diferente. E
isso era o que mais me perturbava.
-
Você está linda. – Jacob falou, tirando-me dos meus devaneios. Sorri
agradecida, sentando ao seu lado.
-
Essa festa ta um saco, quando vão servi os doces? – perguntou Renesmee sem um
pingo de vergonha.
-
Vão chegar no momento em que eu meter essa taça na tua cabeça. – exclamei
irritada com sua falta de respeito.
-
Não esculacha não fia, lembre-se dos direitos autorais das crianças. - empinou
o nariz, toda dona de si. Revirei os olhos não estando pronta para entrar nas
briguinhas com ela.
-
Vocês sabem se minha mãe ainda não chegou? - perguntei sentindo falta de sua presença.
Foi quando todos na mesa trocaram um olhar preocupado. – O que?
-
Bella, Renée ligou lá pra casa mais cedo... – começou Edward.
-
E?
-
Ela não vem, porque não está se sentido bem.
-
O que? E agora que vocês me avisam isso? – perguntei em pânico.
-
Ei relaxa tá? – sussurrou Jacob tocando meu braço. – Foi só um mal estar. Ela
ligou avisando que não era para você se preocupar.
-
Ela é minha mãe Jacob, como não se preocupar?
-
Eu sei e você tem todo direito, mas você sabe como é uma gravidez, Bella.
Sempre cheia de altos e baixos. Charlie está com ela. Renée está bem.
Suspirei
colocando o rosto contra as mãos. Eu sabia o quanto a gravidez de Renée era
complicada, a idade era um grande contra. Só esperava que estivesse tudo bem
com a minha mãe.
-
Por que não vamos dançar para ver se você relaxa? – Jacob propôs.
-
Não estou no clima agora, quem sabe depois? – sorri em desculpa. – Vou ao
banheiro e já volto.
Levantei-me
e após Alice dizer onde era, fui até o pequeno cômodo. Já lá dentro, me olhei
no espelho respirando fundo. Ok,
concentra Bella. Sua mãe está bem, isso só é coisa de sua cabeça. Não
conseguia evitar uma pontada de preocupação no peito, mas não sabia se isso era
ligada exatamente a Renée. Após alguns minutos mais tentando melhorar meu
astral, sai do banheiro, mas estaquei ao ver quem me esperava na porta.
-
Você está bem? – Edward perguntou encostada na parede, com as mãos no bolso.
Olhando assim ele até parecia um tímido garoto americano.
-
Foi você que falou com Renée? Ela realmente está bem? – não consegui evitar
perguntar.
-
Eu falei com ela e com Charlie. Renée está bem Bella. Com certeza deve está
dormindo agora. – suspirei aliviada fechando os olhos. Não sabia explicar a
calma que Edward me trazia, era errado eu sei, mas quando ele estava perto
parecia que tudo estava no devido lugar.
...*... Link Alternativo ...*...
Jason Walker - Echo
Quando
abri os olhos Edward já estava parado perto de mim, a centímetros de distância.
Apoiou um braço na parede atrás de mim e com a outra tocou meu rosto.
-
Eu sei que não digo isso com frequência, mas... – olhou fundo em meus olhos e
sussurrou. – Você é uma mulher linda Bella.
E
então seus lábios tocaram minha testa, em um singelo beijo. Fechei os olhos me
permitindo apreciar só mais uma vez o toque do homem que fazia meu mundo
desmoronar e se reconstruir todo dia.
Edward
e eu vivíamos em uma corda bamba, se um se movesse muito para perto do outro,
cairíamos e isso era uma das provas de que não adiantaria choros, reclamações
ou brigas, o destino já havia se encarregado de mudar nossas direções,
mantendo-nos cada um em um canto.
Esse
pensamento trazia-me uma dor no peito, um eco vazio de tristeza e lamento.
Sentia-me dividida entre o certo e o fácil. Uma parte de mim queria puxar seu
rosto para o meu e beijar aqueles lábios rosados e me saciar desse desejo que
só Edward me proporcionava, mas a outra, a parte mais egoísta de mim, a que
ainda estava machucada pelas marcas do passado, desejava com todas as forças
tirar esse sentimento conturbado e doentio do peito e poder amar alguém mais
normal e tranquilo, mesmo que isso significasse enganar e machucar outro
alguém.
Suspirei
lhe empurrando delicadamente, mantendo uma distância segura para ambos.
-
Não faça a situação piorar mais, Edward.
-
Eu não vou, prometo. Só quero que me responda uma coisa... – olhou bem em meus
olhos antes de dizer. - Se você pudesse me beijar agora, beijaria?
-
O que?
-
Eu só quero saber se sou o único que está com desejo de beijar-lhe os lábios e fazê-la
minha aqui e agora.
-
Você está louco... – sussurrei sentindo a corda que estávamos começar a
balançar.
-
Estou, estou louco pela mulher mais linda dessa festa, mas não sei se essa
loucura é recíproca. É Bella? – chegou mais ainda perto de mim, até seu corpo
está quase colado ao meu.
Sentia
minhas mãos suarem e meu coração bater mais rápido. Ele estava me perguntando
se eu era louca por ele? Que pergunta mais estúpida. Eu era praticamente doente
por ele, e esse era o problema. O amor não deveria deixar as pessoas doentes,
mas era o que eu sentia toda fez que estava com ele. Sentia-me doente pelo seu
amor, alegria, tristeza, tudo. Edward era o que eu odiava e amava ao mesmo
tempo.
Suspirei
quase rendida a sua presença, segurando sua camisa em apoio. Umedeci os lábios
desejando que ele fizesse isso. Edward estava certo, ele não era o único que
deseja beijar e consumar um dos atos mais belos do homem aqui e agora. E como
se minha trava de segurança abrisse, dei um foda-se para o mundo e coloquei meus
braços ao redor de seu pescoço.
-
Eu...
-
Ah desculpa, não queria interromper. – a voz de Carlisle tirou-nos da nossa
bolha imaginária e ambos pulamos para nos afastarmos. Respirei fundo tomando
consciência do que estava prestes a fazer.
DROGA
BELLA!
-
Edward, os meninos da banda estão te chamando.
-
A-ah... É, eu... – olhou para mim como se estivesse incerto do que fazer. Vá, supliquei com os olhos. – Eu já vou.
Só
consegui respirar direito novamente quando ele não estava lá. Apoiei as mãos no
joelho tentando recuperar a sanidade.
-
Às vezes o agir sem pensar é que nos trás a felicidade Bella. – Carlisle falou
antes de se virar e me deixar sozinha.
...................*...................
Voltei
para a mesa um tempo depois, quando eu já estava mais lúcida e não tão
embriagada com a presença de Edward. O pessoal da banda já tocava o som na
festa, deixando algumas adolescentes (supus serem as filhas dos amigos de
Carlisle e Esme) a beira da histeria com os sorrisos sexys que os meninos soltavam.
Eu
ainda estava tão nervosa com o incidente de agora a pouco que só conseguia
pensar em beber e beber.
- Se quiser entrar em coma alcoólico, sugiro
algo mais forte que champanhe Bella. – Alice deu piteco onde não devia como
sempre.
-
E se você quiser se matar, sugiro que pule de um prédio o mais rápido possível,
pois na minha mão é um pouco mais doloroso. – grunhi irritada.
-
Eita mau humor. Xispa, xispa! – falou estalando os dedos ao redor de si.
-
Você está bem? – Jacob perguntou surpreso com a minha grosseria.
-
To supimpa! – disse virando mais uma taça champanhe. – Garçom mais um copo!
....................*....................
A
noite se passou animada, com muita risada e conversa fora. Não para mim. Estava
com um mau humor do cão; não conseguia nem sorri para os fotógrafos que vira e
mexe passavam tirando foto dos convidados. Não sabia bem o porquê, talvez fosse
o fato de ver Edward e Lucy dançando no meio do salão a risada e carinhos.
COMO
ELE TEM CORAGEM DE QUASE ME BEIJAR E DEPOIS SAIR DANÇANDO COM OUTRA?
Ok,
sei to que sendo muito paranoica com isso, afinal a culpada sou eu, mas não
conseguia evitar o ciúmes que me corroia sempre que via Lucy passar as mãos
pelo cangote do Edward, ou quando ele fazia círculos com o dedo na cintura
dela. Eu sentia toda a dor e desejo de está no lugar dela nesse momento.
-
HÁ HÁ HÁ... – imitei a risada deles com cara mais azeda do mundo e virei mais
um gole de champanhe. Agradecia a Deus por Jacob não está aqui comigo no
momento e sim com Renesmee dançando.
- Encara
mais eles que logo quem vai ta com um mau humor é o Jacob, mas por causa dos
chifres tá? – Alice falou me beliscando.
-
Ai sua louca! – exclamei massageando o lugar onde ela havia beliscado. – O que
você quer dizer com isso?
-
Que qualquer um nessa mesa já percebeu que você está se corroendo de ciúmes do
Edward.
-
Não lixa não! To na merda, mas ainda não cheguei no fundo do poço. – e virei
mais um pouco de champanhe.
-
Para de beber sua manguacera dos infernos. – brigou tirando a taça de minha
mão.
-
Vai catar coquinho na casa dos teu parentes Alice. – puxei a taça de sua mão e
levantei da cadeira, querendo o máximo possível ficar sozinha.
Quando
estava chegando perto da saída, eis que mãos fortes me prendem.
-
Aonde pensa que vai? – Edward perguntou. Puxei meu braço de seu aperto.
-
Plantar bananeira enquanto o pau ainda aguenta.
-
Hã?
-
O que? – também perguntei não entendo o que tinha falo. Edward revirou os olhos
antes de me puxar para seus braços.
-
Vem sua bêbada velha. – e me guiou até o meio da pista, onde já tocava uma
música lenta.
...*...
Link Alternativo ...*...
Paramore
- The Only Exception
-
Desistiu de dançar com a sua Lucy foi?
-
Desde quando se refere à Lucy com tanta raiva?
-
Quem disse que eu estou com raiva? -
empinei o nariz e encarei qualquer coisa que não fosse ele. Foi quando ouvi sua
gargalhada rouca. – Está rindo de mim Cullen?
-
Não sei, estou? – e continuou rindo.
-
Edward! –exclamei e lhe dei um tapa no braço.
-
Desculpa, mas é tão engraçado te ver com ciúmes.
-
O que? Olha meu querido, eu posso sentir ciúmes de todo mundo, menos de você.
-
Ah é? Então o que esse rosto vermelho de raiva?
-
O que? Meu rosto não está vermelho. –toquei minhas bochechas sentindo minha mão
aquecer ao toque. É, com certeza meu rosto estava em chamas. – É po-por causa
do calor oras!
-
Ok, fingirei que acredito.
-
Aff! Não lixa não, Cullen. – virei o rosto. Ele riu baixinho mais uma vez antes
de me puxar para mais perto de si.
Minhas
pálpebras tremeram ao sentir o seu cheiro inebriante. Uma mistura de menta e
colônia. Suspirei apoiando meu rosto contra seu ombro. De repente sentia-me tão
cansada, como se tivesse escalado o monte Everest sem dar uma parada e agora só
o que desejava era um descanso, por isso foi libertador fechar os olhos e só me
deixar guiar pelos passos de Edward.
-
Bella? – ele sussurrou depois de um tempo.
-
Hum?
-
Você se lembra naquela noite em que estávamos jogando poker lá na casa de
Forks? E fomos dormi juntos na minha cama?
-
Sim. – e como lembrava. Acho que foi naquela noite que algo começou realmente
mudar entre mim e ele.
-
Você lembra do que falamos?
-
Eu te contei sobre Jared.
-
Exato, e o que mais? – olhei para seu rosto não entendo aonde ele queria chegar
com aquilo. – Falamos em você se dar uma nova chance não é? De não viver no
passado.
-
Aonde você quer chegar com isso?
-
Falamos principalmente... – continuou como se eu não tivesse dito nada. – De
exceções. Que nenhum caso é igual; que finais felizes existem.
-
Edward...
-
Você não ver, Bella? Você é a minha exceção. – paramos de girar nesse momento.
Engoli
em seco não sabendo muito bem o que fazer no momento. Tudo parecia continuar a
girar, mas só nós dois nos encontrávamos petrificados, não desgrudando o olhar
do outro.
-
Eu não...
-
Shiii. – ele colocou um dedo em meus lábios, impedindo-me de falar. – Eu não
quero que você fale nada agora, só prometa que vai pensar no que eu falei.
Mas
eu não consegui lhe responder, pois meu olhar foi puxado para um ponto atrás de
si, onde um homem de pele morena e olhos negros encarava-me com decepção. Abrir
os lábios para gritar seu nome, mas Jacob deu-me as costas antes que eu pudesse
fazer algo. Lágrimas surgiram em meus olhos, mas nenhuma rolou.
-
Bella?
-
Desculpa, eu... – nem terminei de falar e já estava correndo atrás de meu
amigo.
Não
queria que ele entendesse tudo errado, principalmente não queria machucá-lo
ainda mais. Corri pelo jardim a procura dele, mas o que era antes um lugar
iluminado, cheio dos flashs das câmeras, agora estava mais escurecido, fazendo
companhia à noite. Depois de um tempo procurando por ele, comecei a pensar que
ele não estava mais ali. Foi quando ouvir um sussurra ao longe, atrás de uma
árvore. Fui andando até lá em passos lentos, tomando cuidado para não ser
ouvida. O que vi lá me fez estancar no lugar.
Jacob
estava lá, mas não da forma que eu esperava. Seus braços estavam ao redor de um
corpo pequeno e magro e seus lábios grudados aos da garota de cabelos negros.
Ao
que parecia Lucy havia conquistado mais um homem meu.
.................*.................
Adentrei
no apartamento dos Cullens sentindo as primeiras lágrimas começarem a rolar. Eu
não entendia o sentimento de traição que me dominava, justo eu que tantas vez
trai meu amigo. Meu corpo tremia em contraste com a compulsão causada pelo
choro desenfreado.
Eu
não queria está lamentando, mas não conseguia evitar a dor que sentia. A única
pessoa que pensei que nunca me trairia agora também era culpado por minhas
lágrimas.
Ri
sem humor em meio às lágrimas ao me dar conta que eu era muito pior que ele e
Edward. Eu era a maior desgraçada da história. Brincava com os sentimentos dos
dois sem pena, causando possivelmente as lágrimas deles também.
-
AAAAAAAAAHHHHHHH! – gritei já cansada de tudo aquilo.
Eu
queria paz, será que isso era tão difícil? Por que eu não conseguia acabar logo
com essa história? O que ainda me mantinha presa nesse triangulo amoroso se era
óbvio que todos os envolvidos estavam sofrendo?
Me
joguei no sofá da sala chorando contra a almofada torcendo para que aquela dor
acabasse logo e assim desse um fim naquela história.
..................*..................
Acordei
na manhã seguinte sentindo minha cabeça explodir, tanto pela bebida quanto pelo
choro de ontem. Gemi me sentando na cama, coçando os olhos. Não sabia como isso
havia acontecido, mas não estava mais no sofá muito menos ainda usava o longo
vestido vermelho. Olhei ao redor tentando me situar de onde estava, quando vi
Jacob sentado na poltrona a uns dois metros de mim. As bordas ao redor de seus
olhos estavam vermelhos e ele possuía um semblante preocupado. Assim que olhei
em seu rosto percebi que havia muita mais por trás da sua tristeza do que a
cena de ontem.
-
O que foi que aconteceu? – perguntei rouca, sentindo o habitual dor no peito.
-
Bella...
-
É a minha mãe não é? Aconteceu alguma coisa com ela? – minha voz tremeu pelo
choro contido.
-
Não Bella, não é a sua mãe... É o Carlisle. Ele sofreu um acidente de carro.
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