Capítulo 8 - Declaração
Muitos
dizem que o primeiro beijo de uma garota é o marco de sua vida, hoje eu entendo
perfeitamente o que essas pessoas quiseram dizer com isso. Ter os lábios de
Edward colados aos meus era uma sensação totalmente nova para mim, mas não
menos incrível. Como todo o seu corpo, seus lábios também eram frios, mas em
contato com os meus eles pareciam queimar a minha pele.
Gemi
baixinho quando sua língua passou pelos meus lábios ainda fechados pedindo
passagem. Eu nunca havia beijado antes, por isso não sabia nem como mexer os
lábios, ou muito menos se eu deveria mexer eles, mas acho que Edward deveria
saber disso, pois lentamente passou as pontas de seus dedos pela a minha
coluna, fazendo leves carinhos, o que de maneira incrível me deixava um pouco
mais calma. Suspirei abrindo meus lábios e dando passagem para sua língua, e
foi no momento que sua língua tocou a minha que eu perdi um pouco do controle
que eu ainda tinha.
Joguei
meus braços ao redor de seu pescoço e fiquei na ponta dos pés para tentar ficar na sua altura, ele vendo
isso rodeou minha cintura com os seus braços e me levantou um pouco, me
permitindo ficar na mesma altura que ele.
De
maneira tímida comecei a mover meus lábios, tentando seguir os mesmo passos que
Edward. Quando passei minha língua pelo seu lábio inferior o ouvi grunhindo e
senti seu aperto ficando mais forte em minha cintura, me impedido de respirar,
se é que eu estivesse respirando, pois sentia que tanto minha respiração quanto
o meu coração já deviam ter parado há muito tempo. Fiz leves carinhos em sua
nuca levando lentamente minhas mãos aos seus cabelos desgrenhados e os puxando,
tentando trazer Edward para mais perto de mim. Quando puxei seus cabelos ele
gemeu alto e quando eu menos vi meu corpo estava se chocando contra a parede
atrás de mim, fazendo que o pouco ar que eu ainda guardava nos pulmões sumisse
completamente. Arfei de dor e surpresa, o que chamou a atenção de Edward e ele
acabou tomando consciência do que havia acabado de fazer e me soltou
lentamente, me colocando no chão novamente.
Foi
tudo tão rápido que em um piscar de olhos Edward já estava no outro lado do
corredor, o mais distante possível de mim. Apoiei minhas mãos em meus joelhos e
tentei acalmar a minha respiração. As imagens do que havíamos acabado de fazer
não saiam da minha cabeça; beijar Edward realmente era uma das melhores
sensações do mundo e saber que foi com ele que eu dei o meu primeiro beijo era
uma coisa que eu jamais poderia ter imaginado.
-
Você esta bem? – perguntou ainda o mais longe de mim.
-
Sim – falei ofegante.
-
Eu... Sinto muito – falou também um pouco ofegante.
-
Tudo bem – respondi e levantei a cabeça, olhando para ele pela primeira
vez. Edward estava com os cabelos
completamente bagunçados, sua boca, apesar de ser impossível, parecia carregar
uma coloração um pouco avermelhada e seus olhos... Ah os seus olhos! Aquele lindo castanho dourado parecia ter se
derretido, fazendo seus olhos terem um brilho totalmente novo. Suspirei ao
olhar o seu rosto. Como ele era lindo...
-
Eu não te machuquei né? – perguntou preocupado.
-
Não, claro que não – respondi abaixando a cabeça e tentando me ajeitar um
pouco. Se Edward estava daquele jeito era fácil imaginar como eu estaria.
Suspirei tentando arrumar meu cabelo que estava totalmente bagunçado, mas
quando vi Edward parado em minha frente à única coisa que eu consegui foi
prender a respiração.
Ele
sorriu docemente para mim antes de levar uma de suas mãos ao meu cabelo, onde
ele tirou alguns fios que caiam em meu rosto. Fechei os olhos quando senti se
toque frio em minha bochecha que nesse momento deveria estar em chamas. Meu
coração parou quando eu senti seus lábios nos meus pela segunda vez naquele
dia. Dessa vez foi singelo beijo, mas foi o suficiente para me deixar tonta de
tanto amor.
-
Perfeita... – sussurrou depois que separou nossas bocas. Corei até o ultimo fio
de cabelo com essa sua fala.
-
Acho melhor nós irmos, não é? – falei ainda corada.
-
Claro, vem eu te levo pra casa... – disse pegando minha mão direta e começando
a andar.
-
Não precisa, eu vim de carro.
-
Eu não deixarei você dirigir nessas condições – falou como se fosse absurdo
aquilo que eu havia dito.
-
Que condição?
-
Ora, você esta totalmente inebriada com o meu beijo – falou me lançando um
sorriso sacana. Não consegui evitar a gargalhada que saiu pelos meus lábios
depois que ele falou isso.
-
É sério, não precisa – tentei lhe convencer.
-
Shiii... – fez colocando um dedo em meus lábios – Deixa eu ser o cavalheiro que
sou ok? – eu não conseguia negar nada quando ele me olhava desse jeito e dessa
vez não foi diferente. Suspirei concordando com a cabeça e lhe segui até o seu
carro. Ele abriu a porta do carro para mim, e me ajudou a entrar. Esperei até
ele estar sentado no seu lugar para começar a falar...
-
Posso fazer algumas perguntas?
-
Que perguntas? – falou começando a dirigir.
-
Ah não sei... Curiosidades?
-
Que curiosidades?
-
Alice sabia que ficaríamos juntos? – perguntei antes que perdesse a coragem.
-
Humm... Alice não pode lhe ver...
-
O que?! – minha voz saiu um pouco mais alta do que esperava – Por quê?
-
Não sei... – disse dando de ombros e novamente senti que ele mentia.
-
Eu realmente devo ter um sério problema!
-
Não diga isso... – falou parando o carro e só ai eu fui perceber que já
estávamos na frente de minha casa. Como
ele dirigia rápido! Ele olhou para mim e disse – De todas as pessoas que eu
conheço, você é a minha normal!
-
Então você não deve conhecer muita gente – falei e ele só fez gargalhar. Como
se ainda fosse possível, essa ação fez ele ficar mais belo ainda.
-
Eu tenho uma proposta a lhe fazer... – falou depois de parar de rir.
-
Sim?
-
Você quer ir amanhã depois da escola para a minha casa?
Era
fácil imaginar como estaria a minha cara nesse momento, provavelmente meu
queixo esta lá no chão agora, tamanha era a minha surpresa com essa proposta dele. Eu não tinha problema
algum de ir conhecer a casa dele e consequentemente, conhecer a família dele,
mas eu não sabia se essa era à hora certa, ou melhor, eu não sabia se eu era a pessoa certa.
-
Você tá falando sério? – consegui falar depois de muito respirar.
-
Claro, por que não?
-
Você realmente quer me levar para conhecer seus pais? Eu? A garota humana
problemática?
Ele
revirou os olhos suspirando e olhou para mim novamente, levando suas mãos
geladas até a lateral do meu rosto.
-
Você é perfeita Bella... – sussurrou me encarando com aquelas órbitas castanhas
– Perfeita para mim.
Em
seguida foi aproximando seu rosto lentamente ao meu, o que fez meu coração
praticamente pular pela garganta. Fechei meus olhos à espera de seus lábios
frios que não demoraram a chegar.
Esse
beijo foi completamente diferente do primeiro, principalmente porque agora eu
já sabia um pouco como mexer os
lábios, então foi fácil acompanhar os movimentos de Edward. Suspirei quando
senti suas mãos se dirigindo a minha cintura e me apertando mais contra seu
corpo.
Eu
não sei em que momento isso aconteceu, eu só sei que de repente o beijo que
começou doce, agora estava desesperado, como se nenhum dos dois conseguisse
viver sem os lábios do outro. Levei minhas mãos aos seus cabelos, puxando-os e
me deliciei ao sentir novamente a textura macia de seus fios. E com uma prática
até em tão desconhecida por mim, sai do meu lugar no banco do motorista e me
sentei em seu colo, com uma perna de cada lado, ficando entre ele e o volante
do carro.
Era
incrivelmente delicioso ter seu corpo praticamente fundido ao meu naquele
minúsculo lugar; ter suas mãos frias passando pelo meu corpo e seus lábios
brincando com os meus era uma sensação tão nova, mas ao mesmo tempo tão
inimaginável. De repente seus lábios não estavam mais colados aos meus e sim
colados na pele exposta do meu pescoço, onde ele distribuiu milhares de beijos
molhados que acabaram com a pouca sanidade que ainda me restava. Gemi baixinho
quando senti suas mãos passando pela lateral de meu quadril e se dirigindo ao
interior de minha blusa, onde ele fez leves carinhos em minha barriga.
Esses
atos tão normais para ele, mas tão novos para mim, fez com que eu lembrasse dos
vários sonhos que eu já havia tido com ele; sonhos que em sua maioria me faziam
acorda suada e “molhada”. Era estranho pensar assim, principalmente por ele
estar tão colado em mim, mas era impossível não pensar nesses sonhos e desejar
que fossem verdade; não desejar que Edward me pegasse e me amasse, me fizesse
sua... De repente não estava mais concentrada nas caricias de Edward e sim no barulho
absurdo da buzina do carro, que fez com que o “clima” dentro do carro sumisse
completamente. Suspirei constrangida ao perceber que a culpada do barulho havia
sido eu, que acidentalmente tinha encostado na buzina. Edward riu ao ver a
minha cara vermelha e o biquinho que ser formava em meus lábios em desgosto.
-
Você realmente é desastrada, hein? – falou docemente tirando uns fios de cabelo
da frente de meu rosto.
-
É o risco que você corre ao ficar comigo – brinquei dando de ombros.
-
Eu acho que agüento isso – sorri ao perceber a quase promessa por trás de suas
palavras – Agora acho melhor você entrar, ou talvez acabe não me segurando e
faça uma besteira aqui mesmo.
-
Ficar comigo seria uma besteira? – tentei controlar a dor que dizer aquelas
palavras me causou.
-
Não, mas machucá-la sim – falou e me deu mais um delicado selinho – Agora vá,
sua tia daqui a pouco chega.
-
Ok – falei suspirando – Você vai trazer o meu carro?
-
Como sempre trago – falou sorrindo e eu tentei não me desconcentrar com o seu sorriso,
e fui procurar a chave do carro no bolso da minha calça, só que eu não há
encontrei.
-
Mas...
-
Procurando isso? – perguntou sorrindo sacana e balançando a chave do carro na
frente da minha cara.
-
Como você pegou? – perguntei surpresa, porque até aonde eu lembrava, a chave
estava no meu bolso.
-
Você fica estranhamente alienada quando é beijada – falou simplesmente, fazendo
com que meu rosto chegasse a níveis máximos de vermelho – Você fica mais
perfeita ainda corada - e se possível, fiquei mais vermelha ainda. Eu até diria
alguma coisa, se não tivesse visto os faróis do carro de Kate se aproximando.
Suspirei
ao perceber que o conto de fadas havia acabado e eu voltaria a ser a gata
borralheira presa na torre. Sai rapidamente de seu colo, já pegando a minha
mochila.
-
Bom, então nos vemos amanhã – falei tentando protelar ao máximo aquela
despedida.
-
Até amanhã.
-
Boa noite Edward.
-
Boa noite Bella – e sem que ele dissesse mais nada, sai do carro, feliz por
saber que amanhã o veria novamente; veria o meu Edward.
___________________§_________________
O
dia seguinte se passou extremamente rápido, que quando eu menos vi, já havia
acabado as aulas e eu estava parando na frente da casa dos Cullens. Edward
havia ido me buscar em casa de manhã, me levando para a escola, o que causou
mais alvoroço entre os fofoqueiros do que no dia anterior, mas eu não liguei
para isso, eu estava com Edward e era isso que importava. Agora parada na
frente de sua casa eu percebia que talvez ouvir o que os outros dizem seja um
pouco importante, pelo menos assim eu saberia se as roupas que eu usava agora
eram adequadas para eu conhecer a família do meu namorado vampiro.
-
Gostou? – perguntou depois de observa o meu silêncio ao me deparar com aquela
casa que mais parecia uma mansão.
-
É lindo – falei com sinceridade olhando abismada para a frente da casa que
estava coberta por um jardim lindo com flores de todas as cores, as paredes em
sua maioria eram de vidro, o que fazia o interior da casa ser bastante clara,
mesmo sendo observada de fora.
-
Fico feliz ao saber disso – disse, pegou a minhas mãos e nos guiou até a porta
casa, que ele logo abriu. O interior da casa era lindo, como o lado de fora. E
entre os vários móveis brancos que a sala tinha, se encontravam um homem loiro
com um sorriso acolhedor e uma mulher de cabelos castanhos avermelhados, que
olhava com ternura eu e Edward – Bella, esses são Carlisle e Esme... Meus pais.
-
É um prazer conhecê-la Bella – Carlisle disse, vindo até mim e mês estendendo a
mão, em cumprimento.
-
O prazer é todo meu Sr.Cullen – falei corando logo em seguida.
-
Por favor, me chame só de Carlisle – pediu.
-
Ok... Carlisle.
-
Oh é um prazer conhecê-la Bella – falou Esme sorrindo docemente para mim e
parando na minha frente, com um olhar de dúvida – Posso abraçá-la?
-
Claro – respondi e logo em seguida ganhei um abraço delicado e caloroso seu,
bom, caloroso o suficiente para um vampiro.
-
Fico muito feliz que ele a tenha encontrado novamente – sussurrou antes de me
soltar.
-
Novamente? – perguntei não entendendo e logo em seguida, um silêncio
constrangedor se apossou do local, um silêncio que só foi quebrado quando
quatro pessoas desceram a escada.
-
Bella! – Alice foi a primeira a exclamar, vindo me abraçar tão delicadamente
quanto Esme fez – Fico feliz que tenha chegado, eu sou Alice e esse é Jasper –
falou segurando a mão do menino com cabelos cor de mel, que me encarava com um
pequeno sorriso nos lábios.
-
Olá Bella.
-
Oi Alice, Jasper – cumprimentei mais vermelha que uma pimenta.
-
É um prazer conhecê-la Bella – falou Rosalie pegando minha mão e apertando-a –
Eu sou Rosalie, mas pode me chamar de Rose e aquele ali é Emmett – disse
apontando para um grandão atrás de si que só fez gritar um “Iai?” em
cumprimento.
-
É um prazer conhecê-la também – falei e depois olhei a todos – Na verdade, é um
prazer conhecer todos vocês; a casa é linda.
-
Finalmente encontrou uma namorada decente Edward – falou Alice com um sorriso
brincalhão nos lábios.
-
Cala a boca Alice – Edward a repreendeu, mas dava para ver o maravilhoso
sorriso querendo surgi em seus lábios.
-
Oh olhe Esme, Bella transformou Edward em um completo menino apaixonado – foi à
vez de Rose caçoar de Edward, ele por sua vez só fez da um grunhido de
brincadeira, mas foi o suficiente para me fazer pular de susto, o que arrancou
a gargalhada de todos na sala.
-
Começaram a festa sem mim? – uma voz conhecida falou entrando na sala.
-
Garrett? – perguntei surpresa e ao mesmo tempo me achando uma idiota por não
ter ligado os fatos antes. Claro que
Garrett era um vampiro, o que mais ele poderia ser?!
-
Tenho que dizer que é um alivio não ter mais que esconder isso de você Bella –
falou sorrindo docemente para mim.
-
Mas... Como? Tipo, e a Kate?
-
O que tem ela?
-
Ela não percebe que você... Bom, que você... Ah você sabe! – falei não
conseguindo pronunciar a palavra “vampiro”, principalmente porque achava
difícil vê-lo como um.
-
Ao contrario de você, sua tia prefere ignorar a verdade do que encará-la de
frente – respondeu – E acredito que assim seja melhor.
-
Mas ela não perceber quando vocês estão... Juntos? – perguntei corando ao estar
falando daquilo, principalmente na frente de todos eles.
-
Você percebe quando estar com Edward? – rebateu e eu só fiz corar mais, pois eu
entendia o que ele queria dizer, e novamente fui alvo da risada de todos.
-
Ok, ok! Acho que vocês já constrangeram demais a minha namorada – falou Edward
e eu senti meu coração perde uma batida ao ouvir a palavras namorada saindo de seus lábios – Vem,
vou lhe mostrar o resto da casa – disse e me guiou para o andar de cima,
deixando para trás as risadas maliciosas de Garrett e sua família – Desculpa
por eles, as vezes eles não conseguem se controlar.
-
Não, sem problema, é bom saber que fui aceita... Tão rapidamente – falei com
sinceridade. Ele olhou para mim um tempo, e depois me lançou um sorriso
inacreditavelmente lindo.
-
Vem, quero te mostrar uma coisa – falou e puxou minha mão, me levando até o
cômodo mais afastado do corredor onde eu imaginei que estariam os quartos.
O
cômodo em que entramos era grande, com uma parede de vidro que levava para a
floresta. Havia uma outra parede, no lado contrario, que era coberta de livros,
CDs e alguns equipamentos de som. No canto esquerdo do quarto tinha um sofá de
couro branco, coberta por um pequeno coberto e mais a frente, no meio daquele
lindo lugar, havia um piano de calda preto, tão lindo que alguém tão desastrada
quanto eu, teria medo de tocar.
-
Meu quarto – informou e deixo que eu contemplasse mais ainda aquele lugar.
-
É lindo... – sussurrei encantada, e pelo canto de olho, percebi um sorriso
vergonhoso surgindo em seus lábios.
-
Vem cá... – falou e me puxou novamente pela mão, até nos sentarmos no banco na
frente do piano.
-
Você toca?
-
Um pouco – falou dando de ombros – Compus uma coisa para você.
...*... Link Alternativo ...*...
E
de repente seus longos dedos brancos começaram a dedilhar as teclas do piano,
enchendo a sala com uma melodia que fazia meu coração acelerar.
Comparar
Edward a um anjo seria pouco; Edward era muito mais do que qualquer ser
celestial, porque apesar de ser absurdo, Edward era verdadeiro, e ele era meu,
esse ser glorioso era meu! Sempre me julguei azarada, mas hoje eu via a sorte
que eu tinha, Edward estava comigo e isso que importava, o mundo lá fora era um
nada comparado ao que sentíamos um pelo outro. E por saber que isso era verdade
é que eu não me importei de deixar algumas lágrimas rolarem pelo meu rosto; lágrimas
de alegria, orgulho e acima de tudo, lágrimas de amor.
Seus
dedos deslizavam pelas teclas tão delicadamente que nem parecia que ele as
tocava e seu rosto tão sereno, acalmava meu coração que por muito tempo pareceu
estar perfurado e deixado para lá, para morre sangrando. Funguei ao ouvir os
últimos acordes da música.
-
A tua beleza não é apagada nem pelo simples derramar de algumas lágrimas –
sussurrou limpando algumas lágrimas que ainda rolavam pelo meu rosto.
-
Às vezes tenho medo – confessei.
-
De que? – perguntou preocupado.
-
De você ser um sonho; de eu de repente acorda e perceber que você não é real,
mas eu sei que você existe, minha mente limitada jamais seria capaz de criar um
ser tão perfeito quanto você.
-
Acredite Bella, você não é a única que tem medo de que isso seja um sonho –
sussurrou e aproximou seu rosto do meu, beijando meus lábios em um beijo
apaixonante, que aqueceu meu coração.
Ele
era real, e eu lutaria com todas as forças para não perdê-lo.
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Sorri
ao sentir os poucos raios de sol tocarem a minha pele exposta, e sorri ainda
mais ao sentir os beijos de Edward nas minhas bochechas. Havíamos acabado de
chegar à campina que dias atrás tínhamos vindo e que eu acabava de saber que
era perto da casa dos Cullens. Edward quis vim para cá com o pretexto de que
aqui era melhor para conversar do que na casa dele, onde haveria muitas pessoas
com ouvidos aguçados loucos para ouvir a nossa conversa, palavras dele é claro!
-
Sua família realmente não ficou chateada por sairmos de lá? – perguntei
novamente.
-
Eu já disse que não Bella – respondeu e tocou nossos lábios lentamente.
-
Eu gostaria de saber algumas coisas...
-
Que coisas?
-
Ah sei lá... Como você conheceu os Cullens, por exemplo – falei e vi que ele
ficou um pouco mais sério depois disso. Ele suspirou e se sentou, e eu logo o
acompanhei.
-
Humm... Não faz muito tempo, foi logo após eu abandonar os Volturi – falou e
começou a explicar melhor – Eu tinha ido a uma “missão” a pedido de Aro e
digamos que essa missão mexeu demais
comigo... Toda vez que eu lembro dela, eu sinto o monstro que a dentro de mim
reviver – falou e ficou com um olhar vago novamente, me perguntei o que ele
estaria revivendo em sua mente – Eu não queria mais ser o monstro que eu era...
– continuou – Por isso depois que eu cumpri a missão, não voltei mais para os
Volturi, sabia que Aro ficaria com ódio de mim, mas não queria ter a chance de
pensar mais e acabar desistindo, foi ai que eu comecei a vagar por ai sozinho,
durante meses não sabia para onde ir e mesmo não querendo mais ser um monstro,
continuei me alimentando de sangue humano... Até que encontrei Alice – e pela
primeira vez desde que começou a falar, um sorriso brotou em seus lábios – Ela
e Jasper já estavam juntos e como eu, também tinham o desejo de ser melhores,
foi então que ela viu os Cullens. Os outros já estavam juntos, então foi fácil
se enturmar – e terminou rindo – Acho que você pode ver os Cullens como a minha
salvação.
-
Você os ama – afirmei ao ver o brilho em seu olhar ao falar da família do
coração.
-
Eles são o mais próximo de uma família que eu tenho – confirmou.
-
E seus pais verdadeiros?
-
Não os conheci, praticamente vive minha vida toda humana em um internato que
ficava aos arredores de Chicago.
-
Eu sinto por isso.
-
Não sinta, é bom não sentir saudade de pessoas que você não conheceu – falou
sorrindo tristemente para mim. Depois disso ficamos em silêncio, cada um preso
em seu pensamento. O silêncio na clareira só foi quebrado quando Edward falou –
Está escurecendo, melhor levá-la para sua casa.
Assenti
com a cabeça e ele me ajudou a levantar. Depois de uma rápida despedida de sua
família, fomos para a minha casa. Ao chegar lá, me deparo com tudo escuro, o
que era estranho já que Kate há essa hora já devia ter chegado. Entrei em casa
com Edward atrás de mim ligando todas as luzes. Fui até a cozinha para ver se
ela não estava lá, quando vejo um bilheta na porta de geladeira, onde ela
informava que tinha ido ao cinema com Garrett.
-
Perfeito! – exclamei mal humorada.
-
O que foi? – perguntou Edward não entendendo nada.
-
Vou ter que me alimentar de pizza essa noite.
-
Por quê?
-
Ah pelo simples fato de não querer ir parar no hospital por ter colocado fogo
na cozinha – falei achando graça de mim mesma.
-
Você parece esquecer que seu namorado é um expert
quando o assunto é culinária Bella! – brincou e me deu um rápido beijo nos
lábios antes de ir atrás das panelas – Agora sente e observe.
Sentei-me
na bancada da pia e pus a observa. Ver Edward cozinhando era incrível, suas
habilidades com as panelas fazia com que meu simples ato de conseguir jogar a
panqueca para cima não fosse nada. Nunca me diverti tanto ao ver alguém
cozinhar, Edward sempre achava um motivo para fazer graça, principalmente
quando cheirava os temperos e fazia uma careta, achando impossível que eu
gostasse daquilo. Gargalhei alto ao ver sua cara de desgosto ao provar o molho
que ele havia feito.
-
Não deveria achar graça, mi amoré –
ele sussurrou parando bem perto de mim e ficando entre as minhas pernas. Arfei com
a sua aproximação, era tão diferente, mas ao mesmo tempo tão bom, sentia meu
coração acelerar só com o seu olhar. Minha respiração sumiu quando seus lábios
frios tocaram os meus novamente naquele dia. Desfaleci vergonhosamente nos
braços daquele homem que em pouco tempo se tornou a razão do meu viver. Meu
coração pareceu parar quando ele levou suas mãos duras para as minhas cochas,
puxando meu quadril e fazendo eu entrelaçar minhas pernas ao redor de sua
cintura. E foi assim, comigo pendurada em seu corpo, que em uma velocidade
inumana ele correu para o andar de cima, direto para o meu quarto.
Eu não sei em que momento aconteceu, mas de repente ele estava sentando
na minha cama, comigo em seu colo, ainda com as minhas pernas ao seu redor.
Enquanto sua língua se enroscava com a minha em uma dança sensual suas mãos
passavam pelo meu corpo, impulsionando o meu quadril a se chocar com o seu.
Um calor até em tão novo para mim começou a surgi no interior das minhas
pernas e sem vergonha nenhuma, rebolei no colo do único homem que um dia já me
tocou. Gemi ao sentir seus lábios irem em direção ao meu pescoço, onde ele
chupou e deu pequenas mordidinhas, mas sem nunca perfurar a pele. Quase
desmaiei quando senti suas mãos na lateral do meu quadril, indo em direção a
minha cintura ao mesmo tempo que puxava a minha camisa para fora de meu corpo.
Nunca havia entendido a capacidade que as pessoas tem de ficar nuas na frente de seus companheiros,
hoje eu entendia isso perfeitamente. Claro que corei absurdamente ao me ver só
de sutiã e calça jeans na frente dele, mas essa vergonha sumiu quando eu senti
seus lábios frios no meu colo, onde ele beijou e chupou a minha pele branca.
Mordi os lábios com força quando o senti beijar meus seios por cima do sutiã e gemi
mais ainda quando o senti impulsionar seu quadril de encontro ao meu, fazendo
eu sentir seu membro rígido, até mesmo pela calça.
Sua boca deixou minha pele só para se dirigir novamente aos meus lábios,
onde nossas línguas disputavam lugar na boca um do outro. Levei de novo minhas
mãos aos seus cabelos e se ainda fosse possível, juntei mais os nossos corpos.
Suas mãos voltaram para as minhas cochas e quando lentamente passei a ponta de
minha língua em seus lábios, suas mãos apertaram a carne de minha cocha,
arrancando de mim um gemido de dor, surpresa e acima de tudo, de prazer, mas
acho que ele só ouviu de dor, pois de repente eu estava sozinha na cama e
Edward estava do outro lado do quarto, o mais afastado de mim possível!
Arfei em uma tentativa de recuperar o ar e levantei a cabeça, vendo
Edward de cabeça baixa perto da parede oposta onde à cama estava.
- Bella me desculpa... – não deixei que ele terminasse, simplesmente
levantei da cama a procura de minha blusa. Enquanto procurava ela tentava ao máximo
não deixar rolar as lágrimas de rejeição – Bella me escuta! – falou ele sério
segurando meus braços e me obrigando a encará-lo – Você está magoada – não era
uma pergunta.
- Não, mas... – sussurrei e tentei controlar a minha voz, para que ele
não visse a dor que eu sentia – Você disse que já teve outras mulheres, você
prosseguiu com elas, por que comigo seria diferente?
- Você não entende? – perguntou soltando meus braços e segurando meu
rosto entre suas mãos – Aquelas mulheres não tiveram importância, eu não me
importava se enquanto eu as usava elas estavam vivas ou não, eu só queria
sangue e prazer Bella, a vida delas pouco me importava, mas você é diferente,
só o pensar de que talvez eu possa fazer alguma coisa com você, que eu posso
machucá-la... É doloroso demais. Eu... – suspirou e me olhou com ternura – Eu
te amo Bella!
Tem momentos que não sabemos o que é real e o que é imaginação, nesse
exato momento eu me perguntava se aquilo num era imaginação. Desde que eu
conheci Edward eu imagino ele me dizendo essas palavras; palavras que
aquietariam meu coração tão machucado e que faria meu mundo voltar a ser o que
era antes.
Edward me olhava a espera de uma resposta, mas no momento o choque era
tão grande que a única coisa que eu fui capaz de fazer foi jogar meus braços ao
redor de seu pescoço e esmagar seus lábios contra os meus, claro que doeu um
pouco, pela dureza de sua boca, mas não deixou de ser extremamente gostoso.
- Eu também te amo – sussurrei contra seus lábios.
- Para sempre – ele completou me beijando novamente, mas antes que o
beijo se torna-se mais profundo ele nos separou – Vou terminar o jantar – deu
um beijo na minha testa e saiu, me deixando sozinha no quarto com o coração
completamente descompensado.
Um sorriso brincou nos meus lábios quando eu finalmente percebi que não
era um sonho, Edward Cullen realmente me amava!
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O jantar que Edward preparou estava maravilhoso, o que era incrível para
alguém que não comia. Enquanto eu jantava falávamos sobre tudo, ou melhor, eu
falava e ele só escutava. Ele me pediu para falar tudo sobre a minha vida,
principalmente como era eu estava vivendo aqui e se eu estava feliz. O feliz
era óbvio que eu estava, afinal Edward havia acabado de dizer que me amava, mas
mesmo assim eu não consegui dizer que estava completamente feliz, é impossível
ser completa quando metade de seu coração foi arrancado, e mesmo depois de tanto tempo, a falta de
meus pais ainda era muito grande.
Nesse momento estávamos terminando de enxugar as louças, quando Edward
fica sério de repente.
- O que foi? – perguntei preocupada.
- Ao que parece Damon agiu outra vez – sua voz saiu sem vida.
- Como é que é?
- Kate e Garrett estão chegando, depois nos falamos – falou, me deu um
beijo na testa e saiu, depois eu só ouvi o barulho de seu carro saindo e logo
em seguida o carro de Kate chegando.
Meu coração batia acelerado e o medo que talvez Damon tenha feito mais
uma vitima era grande. Respirei fundo tentando me controlar e não acabar
preocupando Kate. Um pouco depois a porta da sala é aberta e por ela entram uma
Kate assustada e um Garrett preocupado.
- O que houve? – perguntei também preocupada.
- Oh Bella! – choramingou Kate me abraçando.
- Meu Deus, o que aconteceu?
- Houve um assassinato no cinema – foi Garrett que me respondeu e sua
voz estava tão morta quanto à de Edward.
- Como? – perguntei abraçando Kate mais forte. Só a ideia de que talvez
pudesse ter sido ela me assustava.
- Uma garota apareceu seminua no meio da sala de cinema, a maioria dos ossos
estavam quebrados e... Havia sangue escorrendo de seu pescoço.
Arregalei os olhos de medo ao perceber a semelhança desse assassinato
com a de Michelle. Damon seria capaz de mentir para mim? A resposta estava na
cara de Garrett, é claro que ele seria e ele mentiu. Matou mais alguém mesmo
depois de ter prometido que não faria isso. Fechei os olhos abraçando Kate com
força e tentei controlar as lágrimas de rolarem, pois de maneira absurda, eu
havia confiado em Damon e ele como sempre, havia me traído.
___________________§_________________
...*... Link Alternativo ...*...
“Abri os olhos e encarei a noite
escura e estrelada a minha frente. A floresta se encontrava parcialmente
molhada, informando uma chuva que haveria de cair. Olhei ao redor tentando
identificar onde estava, quando de repente minha cabeça deu um instalo e eu
soube onde estava. A floresta, a mesma floresta que meus pais foram mortos, a
floresta que um dia foi cenário da pior coisa que poderia ter acontecido
comigo. Girei a procura de alguma coisa que me informasse que sonho bizarro era
esse que eu estava tendo quando ouvi uma risada infantil no meio de uma
gargalhada grossa e outra doce. Arfei ao me deparar com eles, meus pais. Meus
olhos se encheram de lágrimas ao vê-los sorrindo segurando a mão da pequena
criança que só depois fui ver ser eu. Chorei mais ao perceber que esse era o
dia do meu aniversário; o dia que eles foram mortos.
Me desesperei ao perceber que
eles se dirigiam a mesma parte da floresta onde o assassino apareceu...
- Não! – gritei desesperada correndo
atrás deles, tentando evitar que o pior acontecesse – Parem! Vocês têm que
voltar! – gritei na frente deles, mas eles pareciam não me ouvir, continuavam a
contemplar a noite – Voltem! - chorei em desespero, quando senti meu corpo ser
atravessado pela minha versão criança e só ai eu entendi tudo, eu era só um
espírito em meio a uma lembrança, a lembrança da morte de meus pais – Não, por
favor, não... – chorei mais ao perceber que novamente eu os veria me deixando,
novamente veria a morte deles.
Foi então que eu ouvi o barulho
que eu jamais pensei em ouvir novamente. Ele se aproximava rápido como eu
lembrava, se aproximava tão rápido quanto um leopardo pronto para dar o bote em
sua caça.
- Mamãe, ouviu isso? – a voz de
criança foi o ultimo som antes dos gritos de dor encherem o ar da floresta.
- Não! – gritei ao ver tudo
novamente e perceber que o mesmo medo de antes ainda estava dentro de mim, e de
novo eu só consegui olhar e acabei deixando que meus pais morressem de novo...”
O choro desesperado saia de meus lábios livremente e meu corpo tremia de
um medo que até em tão pensei ter perdido.
- Bella! – falou Kate preocupada entrando no quarto e logo me embalando
em seu abraço acolhedor – O que houve querida?
Eu não conseguia fazer nada, a não ser chorar e chorar. Eu havia sido
fraca, a maior culpada pela morte de meus pais era eu, eu que não fui forte e lutei por eles, eu que os deixei morrer.
A ultima coisa que eu lembro antes do cansaço me vencer foi de um par de
olhos castanhos dourados me encarando através da janela do quarto.
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Eu dirigia pelas ruas vazias de Forks rapidamente, tentando não desistir
do que havia planejado. Após o incidente de madrugada percebi que não poderia
viver com medo e me escondendo atrás dos outros, e muito menos, deixar que
outras pessoas morressem, por isso recolhi toda coragem que eu tinha e tomei a
decisão que poderia mudar a minha vida.
Tinhas coisas que eu não sabia; coisas que Edward escondia de mim, eu
não sabia o que era e muito menos porque ele mentia, mas eu ia descobrir, nem
que para isso eu tivesse que enfrentar ele.
Estacionei o carro e sai batendo a porta do carro com força, me dirigindo a
casa de luxo em minha frente. Bati na porta e espero ele abrir. Ele já me
esperava com o seu sorriso sarcástico de sempre.
- Demoro mia amoré.
- Sem gracinhas – repreendi – O assunto é sério Damon.
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