Capitulo 7 – Cabana
Estava
descendo as escadas após uma hora chorando no ombro de Alice. Sentia como se
meus olhos não tivessem mais o que chorar. Meu peito ainda guardava aquela
mesma dor que eu sabia que me acompanharia por toda a minha vida, a cada
momento em que eu lembrasse do quão desgraçada eu estava sendo ao mentir para
Jacob.
Parei
no penúltimo degrau da escada, respirando fundo a procura de coragem. Quando
descesse, sabia que teria que encarar a todos, inclusive Jacob. Precisava
colocar a minha melhor cara de “garota viva” para que ninguém percebesse o quão
mal eu estava. Puxei e soltei o ar mais uma vez antes de me encaminhar para a
sala de jantar. Todos já estavam lá, cada um em seu devido lugar, e é claro que
Jacob guardou um lugar ao seu lado para mim. Sorri forçadamente sentando-me ao
seu lado.
-
Você esta bem? – sussurrou segurando minha mão por debaixo da mesa. Havíamos
concordado em manter nosso relacionamento em segredo por enquanto,
principalmente por causa de Renesmee. Tentei me convencer que era só por causa
dela, e não por causa de um certo garoto de cabelos acobreados.
-
Yeah, só estou com um pouco cansada. - respondi. Ele olhou-me por um tempo em
dúvida, antes de aceitar a minha resposta.
Não
consegui evitar que meus olhos disparassem para Edward do outro lado da mesa,
ao lado de Lucy. Ele me encarava de uma maneira estranha. Abaixei a cabeça não
querendo lidar com ele agora.
-
Bom, antes de começarmos a comer, eu tenho um comunicado a fazer. – falou
Carlisle se levantando com Esme ao seu lado, segurando sua mão. Ele olhou para
ela com um sorriso amoroso nos lábios. – Eu sei que demorei muito, mas eu já
estou corrigindo o meu erro. Eu só queria comunicar que Esme aceitou se casar
comigo.
Em
seguida vieram os gritos de alegria e os abraços em parabéns. Os únicos que se
encontravam parados era eu e Edward. Ele me encarava como se esperasse que eu
fizesse alguma coisa, e sinceramente, eu queria fazer algo; queria levantar e
parabeniza-los, mas era como se meu corpo estivesse petrificado, o choque pelo
o que Carlisle acabou de dizer tomava o meu corpo. FAÇA ALGUMA COISA BELLA! Minha consciência gritou, mas eu não saia
do lugar.
-
Bella? – Carlisle chamou, de braços abertos, esperando que eu o parabenizasse.
-
Ah... Me desculpa. – e sai de lá às pressas, correndo para fora da casa. Corri
pela areia até estar bastante distante da casa. Deitei-me na areia, respirando
fundo.
Por que eu corri? Era uma coisa que eu não sabia. Talvez fosse o fato
de muita coisa estar acontecendo em tão pouco tempo. Edward, Lucy, Jacob...
Agora Carlisle. Quem mais chegaria e bagunçaria minha vida?
Ao
longe ouvi passos se aproximando e senti sua presença antes mesmo de vê-lo.
-
Para alguém tão pequena, você corre muito. – falou Edward ofegante, se deitando
ao meu lado.
-
O que você quer? – perguntei ainda encarando o céu, que estava incrivelmente
estrelado.
-
Conversar. Saber o porquê de você ter saído daquele jeito.
- Eu
não posso lhe responder algo que eu própria não sei. – respirei fundo, fechando
os olhos e aproveitando o silêncio que se prolongou entre nós. – Você já se
sentiu como se todos estivessem avançando, mas você continuasse parado?
-
Quase sempre.
Virei
meu rosto, encarando-lhe. Meu coração perdeu uma batida ao ver como ele estava
deslumbrante deitado ao meu lado. Seus cabelos bagunçados balançavam com o
vento, seus olhos verdes refletiam o brilho da lua e sua boca nunca me pareceu
tão convidativa. Amaldiçoei-me por esse pensamento. Jacob, Bella, Jacob!
-
Eu tenho... Medo... De talvez não acompanhar essas mudanças. Tudo estar
acontecendo tão rápido, que é como se eu estivesse em uma montanha russa que
nunca para.
-
Você não precisa ter medo... – sussurrou. – As mudanças existem para nos deixar
confusos mesmo... – fiquei tensa quando de repente senti sua mão segurar a
minha. Eu sabia que deveria me afastar, mas onde estava a força? – Você é forte
Bella... Superou tanta coisa ruim, muitas delas causadas por mim, que essas
simples mudanças são lhe derrubaram. É só você querer superar isso, que eu sei
que você consegue.
Ficamos
em silêncio depois disso. Cada um encarando o outro, ainda com as mãos unidas.
Eu queria lhe perguntar como havia ficado o caso com a Lucy, mas tinha medo de
que se abrisse a boca, eu estragasse aquele momento, onde incrivelmente não
estávamos brigando ou coisa assim. Éramos só... Simples amigos.
Um
pigarro atrás de nós fez-me larga a mão de Edward e sentar depressa.
-
Estava procurando você. – Jacob falou com frieza. – Mas acho que você já está
bem acompanhada.
-
Jack... – falei me levantando e indo até ele, segurando sua mão. – Não é isso que
você está pensando,a gente só estava conversando.
-
Sério? Não foi isso que me pareceu.
-
Jack, por favor... – respirei fundo antes de me virar para Edward. – Edward vai
embora.
-
Bella...
-
Por favor. – pedi. Quando se virou para ir, vi uma pontada de dor em seus
olhos. Deus! Como posso agradar um, sem
machucar o outro? O vi se afastar lentamente antes de me virar para Jacob.
-
Então? – perguntou.
-
A gente só estava conversando ok? Ele veio ver se eu estava bem, e ai a gente
começou a conversa, só isso.
-
Por que você não conversou comigo Bella? Eu sou seu namorado agora.
-
Bom, eu não pedi para ele vir até aqui, ok? – falei rude, pressentido que o
estresse me tomava. Eu tinha que ficar calma, Jacob não tinha culpa de eu ser
uma garota de cabeça quente. – Olha... Eu disse que ia tentar, e vou. Mas você
tem que me ajudar, não acha? Você precisa confiar em mim, se eu estou com você,
é porque é pra valer. Nunca duvide disso.
-
É só que é difícil me controlar quando vejo você perto dele. – disse parecendo
um pouco envergonhado pelo seu ataque repentino de ciúmes.
-
Relaxa ok... – sussurrei pegando seu rosto entre minhas mãos. – É com você que
eu estou agora.
Olhei
para os lados, a procura de alguém, quando constatei que estávamos sozinhos,
colei minha boca com a sua, em um beijo leve e delicado.
-
Agora vamos, tenho que parabenizar alguém né? – falei sorrindo e puxei sua mão
em direção a casa. Chegando lá, encontro Carlisle me aguardando na varanda.
-
Vou deixar vocês dois sozinhos. – Jacob falou soltando minha mão e entrando.
Carlisle
e eu nos encaramos por um tempo antes de falar...
-
Bella eu...
-
Não, deixa eu falar primeiro. – pedi e ele afirmou com a cabeça, deixando-me
continuar. – Eu sinto muito... Por eu ter fugido, não foi certo da minha parte,
e não quero que você pense que é porque eu não aceito o seu casamento com Esme,
longe disso, mas é que... Tanta coisa tem acontecido nos últimos tempos, que
você acabou me pegando de surpresa... – respirei fundo. – Só acho que... Eu
tenho medo que tudo se repita entende? Eu sei que você diz que mudou, mas eu
não consigo evitar de ficar receosa com tudo isso... Não quero que Esme passe
pelo que minha mãe passou.
-
Eu entendo, e mereço esse seu receio, mas entenda Bella, eu amo a Esme com jamais
amei ninguém... Eu e Renée éramos jovens, dois adolescentes que foram forçados
a amadurecer rápido demais... E bom, durante esse processo de amadurecimento,
eu meti os pés pelas mãos e fiz coisas que sei que jamais me perdoarei. Mas as
coisas mudaram agora, hoje tenho ao meu lado a mulher que eu realmente amo, e
não colocarei tudo a perde novamente.
-
Eu só não quero que mais alguém se machuque.
-
Eu prometo que ninguém vai se machucar. – sussurrou colocando as mãos nos meus
ombros. – Eu sei que você ainda não me perdoo completamente pelo que fiz, mas
seria de muita alegria para mim e para Esme que no dia do nosso casamento, você
estivesse lá no nosso lado.
Abaixei
a cabeça rindo.
-
Seria uma honra.
E
de maneira um pouco desastrada, coloquei meus braços ao redor dele, lhe
abraçando levemente.
-
Parabéns Carlisle.
-
Obrigada fi... Bella. – respondeu. Sorri com esperança de que no final tudo
acabasse bem.
.........................*...................
Pisquei
os olhos lentamente, sentindo a claridade entrar pela fresta da janela. Sentei-me
espreguiçando e olhando ao redor, constatando que todas as camas estavam
arrumadas e eu estava sozinha no quarto. Ao longe escutava risadas e barulho de
água. Tomei um banho, e depois de me vesti, desci e fui até a cozinha, pegar
algo para comer.
Chegando
lá, avisto Alice e Zach, cara a cara, quase se beijando. Zach que me perdoa-se,
mas nessa história eu era totalmente Team Pagode. Pigarreei interrompendo o
quase beijo deles.
-
Bella! – Alice exclamou surpresa, se afastando de Zach.
-
Alice! – falei da mesma forma indo até a geladeira, e tomando suco na caixa
mesmo.
-
Acordou tarde né? Já passou da hora do almoço – falou parecendo um tanto
nervosa.
-
Pois é... Vocês pelo que parecem acordaram muito cedo... Espero não ter
atrapalhado nada. – falei dando o meu melhor sorriso de anjinha.
- Que
nada... - riu nervosamente. Foi nesse momento que Edward e Jasper entraram na
cozinha, os dois só de bermuda e com os cabelos molhados. Porra, assim fica difícil! Pensei vendo uma gota de água escorrer
pelo peito largo de Edward.
-
Ta acontecendo alguma coisa? – Jasper perguntou, revezando olhares entre nós
três.
-
Nada! – respondi, quando uma ideia brilhante passou pela minha cabeça. Era hoje
que o ex-pagode conquistava de vez a baixinha. – Jasper, posso falar com você?
-
Claro. – eu o puxei para um canto afastado da cozinha, deixando os outros nos
encarando curiosos. – O que foi?
-
Tive uma ideia para você reconquistar a Alice! – sussurrei animada.
-
Como?
-
Você vai levar a Alice para dar uma volta na floresta, ela não gosta muito, mas
darei um jeito dela aceitar. Aproveita se passe de inteligente falando os tipos
de árvores e tals.
-
Mais eu não sei nada de árvores.
-
Idai? Ela também não.
-
Tem certeza?
-
Vai por mim, um dia eu já menti? – ele me encarou sério. – É, não precisa
responder a isso.
Puxei
pela camisa de volta a cozinha.
-
Huum... Ali-Alice, vo-você na-na... – dei um tapão em suas costas, fazendo com
que ele quase caísse.
-
Desengasga Jasper.
-
Alice você não gostaria de dar uma volta na floresta comigo?
-
Floresta? Tipo, matos e mosquitos? – perguntou receosa.
-
PERFEITO! – dei um gritinho animado, fazendo com que todos me encarassem. Qual
é! Era errado eu tentar passar por cupido? – Você realmente precisa se
refrescar um pouco Alice, essa luz toda ta fazendo nascer rugas em você.
-
RUGAS?! – perguntou histérica, tocando o rosto.
-
Sim, com certeza a natureza lhe fará bem, aproveite leve o Zach junto. – disse
sorrindo, fazendo com que Jasper me encarasse com aquela cara de O que você ta fazendo? Simplesmente
pisquei o olho para ele.
-
Eu não...
-
Vai Alice! – insistir.
-
Beleza eu vou! – falou e eu já estava prestes a comemorar, quando ela acabou
com toda a minha alegria. – Mas só se você e Edward forem juntos.
-
O QUE?! – eu e o Cullen dissemos juntos.
-
Isso mesmo que vocês ouviram! – e ergueu o nariz, se achando a rainha da cocada
preta.
-
Pra mim tudo bem. – falou Edward com um sorrisão no rosto.
-
Não ta nada bem! Eu não gosto de mato – falei emburrada, cruzando os braços.
-
Ah vamos Bella! Se eu terei que passar por isso, você também vai.
Olhei
para Jasper em um pedido de ajuda, ele só fez-me devolver com um olhar de Por favor. Gemi antes de falar.
-
Ah tudo bem! Mas vamos logo, que daqui a pouco escurece.
Não
me dei o trabalho de ir até lá na praia e dizer que estava saindo. Se a sorte
estivesse ao meu lado, logo estaríamos de volta e ninguém precisaria saber que
me meti no mato com o Edward.
Ok!
Essa frase saiu estranha.
Depois
de alguns minutos, eu, Edward, Alice, Jasper e Zach, nos metemos no meio da
floresta, deixando para trás a casa de praia. Odiava floresta, para mim era
tudo igual, árvore, árvore, árvore, terra, terra, terra. Ah e á claro,
mosquito, mosquito, mosquito.
-
Aiiin! – choramingou Alice, batendo pela décima vez no braço, para matar um
mosquito. – Vamos embora? Eu odeio isso aqui!
-
Sabia que alguns mosquitos, ao posarem na pele humana, deixam seus residos para
trás? Como fezes e óvulos? – Jasper falou se achando um gênio. Alice o encarou
assustada, com os lábios começando a tremerem. O resto de nós o encarávamos
pasmos. – O que?
-
AAAAAAHHHHH!!! AGORA VIREI NINHO DE MOSQUITOOOO! – Alice correu pro meio da
floresta, chorando.
-
Alice espera! – Zach correu atrás dela.
-
O que eu falei de errado? – perguntou Jasper confuso. Bati com a mão na testa.
-
Mãe que te pariu Jasper! Se você acha que fazendo Alice se sentir como um vazo
sanitário de um mosquito é a melhor forma de reconquista-la está muito enganado.
-
É verdade Jasper, dessa vez você errou feio. – Edward falou rindo.
-
Mas...
-
Mas nada! Eu venho até aqui para ajudar você, e você faz essa cagada toda? –
apertei os olhos, realmente irritada. – Você vai atrás da Alice e concertar
tudo isso.
-
Eu...
-
AGORA!
Jasper
saiu correndo por onde Alice havia ido. Suspirei já começando a me cansar de
bancar o cupido para Jasper.
-
Esse garoto jamais vai conseguir desencalhar, sinceramente!
-
Jasper nunca foi boa com garotas, não é a toa que Alice é sua primeira
namorada. – falou Edward ainda rindo. Gemi ao me tocar que sendo assim, seria
mais difícil ainda.
-
Vamos atrás dele antes que ele fale mais alguma merda. – comecei a andar, mas
Edward me parou segurando meu cotovelo.
-
Será que a gente podia conversar antes?
-
Sobre o que?
-
Humm... Nós? Lucy?
-
Oh claro! Então, como ficou o lance... – pigarreei - De vocês?
Tentei
ao máximo não pensar neles dois, sentia que ficaria deprimida com as duas
opções: 1 – eles terminaram, e a bruxa
má da história sou eu; 2 – se acertaram, e estão pouco se lixando pra mim.
As duas alternativas me mantinham longe de Edward, isso sem levar em conta a
terceira alternativa: 3 – Estou namorando Jacob
Black.
-
Em resumo, eu e Lucy não estamos mais juntos.
-
Não? – ignorei a pontada de felicidade que surgiu em meu coração.
-
Achamos melhor assim, mas ainda somos amigos, e ela não ficou com raiva de você
nem de mim.
-
Ah bom... – falei não sabendo mais o que dizer. – Sinto muito, pelo término. –
forcei minha voz a não deixar transparecer nem um pingo de alegria.
-
E como ficou você e o Jacob? – perguntou um tanto... Carrancudo?
FODEU!
O que eu diria? Ainda não estava pronta para contar que estava namorando o
Jacob, principalmente para o Edward. Cocei a cabeça tentando achar uma
desculpa.
-
A gente ficou... – pigarreei novamente. – Bem. O convenci que tudo aquilo era
passado.
-
Passado? – Edward perguntou, se aproximando de mim. Respondi andando pra trás.
-
Si-sim.
-
Eu não acho que é passado. – se aproximou cada vez mais, até me fazer bater
contra uma árvore. Colocou as mãos de cada lado de minha cabeça, deixando-me
sem saída.
-
Edward... – sussurrei em repreensão, mas o desejo em minha voz era visível até
para mim.
-
Sim... – abaixou a cabeça, ficando a milímetros de distancia. Olhei seus lábios
hipnotizada. Suspirei baixinho me rendendo, fechando os olhos e fazendo um
biquinho. Quando de repente o senti se distanciar. Abrir os olhos confusa.
-
Tinha uma folha no seu cabelo. – explicou mostrando um pedaço de folha.
Boa
Bella! Agora sim você pagou o mico do ano. Cadê um buraco para se enterrar
quando se precisa dele?
-
Vamos atrás deles – falei por fim tentando me livrar dessa situação
constrangedora.
#20
minutos depois...
-
Edward, já passamos por essa mesma árvores umas trocentas vezes! – falei para o
energúmeno na minha frente.
-
Não exagera Swan.
-
Aff! Por que você não admiti que estamos perdidos?
-
Porque não estamos. Eu sei por onde ir. – falou olhando ao redor. Em seus olhos
eram claros a mentira.
CACETADA,
COMO FUI ME PERDER NA FLORESTA COM EDWARD CULLEN?
-
Arg! – grunhi socando o ar, quando de repente meu tropecei em uma raiz de
árvore no chão, e cai por cima do meu pé. Soltei um grito de raiva e dor.
-
Você está bem? – perguntou Edward parando ao meu lado.
-
Acho que torci o tornozelo. – toquei o ponto que começava a inchar em meu pé e
constarei que realmente tinha machucado.
-
Deixa eu ver. – ele pegou meu tornozelo com cuidado e delicadamente foi
massageando os pontos mais sensíveis. Disse a mim mesma que o tremor que
açoitou meu corpo foi culpa do vento frio que passou por nós. – Está fraturado
mesmo. Consegue andar?
-
Acho que sim. – e com sua ajuda, me levantei. Ele mantinha meu braço ao redor
de seu pescoço, enquanto seu braço rodeava minha cintura, dando-me apoio.
-
Mas você é muito atrapalhada mesmo Swan. – resmungou enquanto andávamos.
-
Você é que nos fez nos perder Cullen.
-
A ideia de vim para floresta foi sua.
-
Ah cala a boca. – abaixei a cabeça carrancuda. – Na hora parecia uma boa ideia.
Suspirou
olhando para o céu.
-
É melhor acharmos um abrigo rápido, parece que vai chover. – e como se a mãe
natureza quisesse comprovar essa afirmação, um estrondo de trovão ecoou pela
floresta.
40
minutos depois, continuávamos a andar, só que agora completamente encharcados.
A chuva tinha chegado rápido, tornando mais difícil andarmos pela floresta.
Deus, o pessoal nos mataria quando
chegássemos em casa.
-
OLHA, TÁ VENDO AQUILO ALI? – gritou Edward por cima do barulho da chuva,
indicando um ponto ao longe.
-
EU NÃO VEJO NADA! – respondi.
-
PARECE UMA CASA. VOU TE CARREGAR PARA CHEGARMOS MAIS RÁPIDO. – e sem minha
permissão, tomou-me nos braços e foi correndo pela floresta, como se eu num
pesasse nada mais que uma pluma.
Após
alguns minutos, paramos na frente de uma pequena cabana de madeira. Parecia
velha e desgastada.
-
Será que tem gente? – perguntei.
-
Fica aqui que eu vou verificar. – colocou-me no chão e foi entrando
devagarzinho na cabana. Abracei-me tentando me livrar um pouco do frio. Alguns
minutos depois ele volta. – Esta vazia.
-
Ótimo. – era só o que eu precisava para adentrar na casa. Suspirei feliz ao me
ver livre da chuva.
Apesar
de esta vazia no momento, casa aparentava ainda ter morador, pois havia uma
pequena cozinha com panelas na parede e uma sala com uma lareira. De onde
estava dava para ver que a casa não tinha quartos.
-
Vou ver se há alguma coisa para nos enxugarmos. – falou Edward indo à cozinha.
Continuava a me abraçar tremendo dos pés a cabeça. – Não achei toalhas, mas
peguei esse cobertor e essa caixa de fósforos para acendermos a lareira.
Entregou-me
a coberto enquanto acendia o fogo. Agradeci aos céus quando o calor das chamas
começou há aquecer um pouco meu corpo extremamente gelado.
-
Acho melhor tirarmos a roupa.
-
O-o qu-que? – gaguejei tremendo.
-
Tirar a roupa antes que fiquemos doentes.
-
Ne-nem pen-pen-sar.
-
Ok, mas você como quase médica sabe o que acontece se você ficar com essas
roupas molhadas. – falou convencido jogando sua camisa molhada no chão.
Merda,
ele tinha razão. A última coisa que eu queria no momento era morrer de
hipotermia.
Olhei
para cima só para constatar que Edward já havia tirado o resto das roupas,
ficando só de coeca box preta. Fechei os
olhos virando-me. Jacob, Bella, Jacob.
Invoquei meu mantra enquanto jogava o coberto no chão e tirava a regata pela
cabeça. Lentamente tirei o short e
fiquei só de lingerie. Peguei
rapidamente o cobertor no chão e me cobrir.
-
Acho melhor deitarmos um pouco e esperar que a chuva passe. – falou baixo
pegando umas almofadas das poltronas que haviam na sala e jogou no chão, se
deitando lá, perto da lareira. Eu fiquei parada no mesmo lugar, não sabendo o
que fazer. – Sabe Bella, seria legal se você dividisse o cobertor.
Filho
da mãe! Com certeza deveria estar se divertindo com isso. Mas eu não podia ser
egoísta e ficar com o cobertor todo para mim, apesar dele não falar, eu via seu
corpo ter pequenos tremores. E timidamente, fui me deitando ao seu lado, um
pouco afastada dele, lhe entregando metade do cobertor.
Vir-me-ei
de costas para ele, encarando a parede do outro lado. Que situação constrangedora, pensei. O senti se mexer e logo depois
seu peito colar em minha costa. Fechei os olhos com força. Jacob, Bella, Jacob. Mordi os lábios evitando um gemido que quis
sair quando seus lábios delicadamente tocaram meu ombro nu.
-
Ed-dward...
-
Shii... Eu senti sua falta Bella... De seu toque, cheiro, sabor... – e passou o
braço ao redor de minha cintura, puxando-me para trás, até meu corpo estar
colado com o seu.
-
Eu não...
-
Só essa noite... – sussurrou em meu ouvido enquanto sua mão descia para a minha
coxa a apertando. Não consegui segurar o gemido que veio a seguir. Virou-me de
frente para ele, fazendo-me encará-lo. – Bella, será que só por hoje, posso
fazê-la lembrar como era ser minha?
Meu
coração parou e antes que eu pudesse falar algo, sua boca grudou na minha.
Fiquei em choque, antes de sentir sua boca sugar meu lábio inferior e sua mão
apertar minha coxa, levando-a a seu quadril. E com um gemido, me rendi.
...*... Link Alternativo ...*...
Ron Pope – A Drop In The Ocea
Suguei
seus lábios com paixão, enquanto suas mãos tocavam-me sem medo, deixando um
rastro de fogo por onde passavam.
Não
acreditava que tivesse esquecido o sabor enlouquecedor de sua boca, o sabor
adocicado e ardente que só ele possuía. Mas dessa vez não esqueceria, se fosse
só por uma noite, a aproveitaria completamente.
Lhe
empurrei delicadamente para trás, até suas costas estarem no chão e subir em
cima de seus quadris, ainda beijando-lhe. Suas mãos seguravam minhas coxas com
uma força possessiva, enquanto eu distribuía beijos pelo seu peito e barriga.
Edward tinha um sabor delicioso e um cheiro que me deixava molhe.
O
senti se sentar, ficando cara a cara comigo, antes de sua boca tomar a minha
novamente e suas mãos abrirem o fecho de meu sutiã. O ouvi gemer roucamente
quando seus lábios tocaram meus seios túmidos. Puxei seus cabelos desgrenhados
com força, me perdendo na boca daquele homem que me tirava o fôlego.
Aproveitamos
da intimidade que tínhamos, mas que pouco havia sido usada. Provamos do sabor
um do outro sem medo ou restrições, éramos novamente Edward e Bella, sem
problemas ou conflitos. Toquei-lhe despreocupadamente, me deliciando com os
seus gemidos.
E
quando chegou o momento de nos preenchermos finalmente, puxei seu rosto para o
meu, gritando contra sua boca quando ele entrou com tudo em mim. Gemi de prazer
enquanto seu corpo ia e vinha contra o meu; suas mãos tocando-me na parte mais
sensível de meu corpo, enquanto sua boca beijava-me os seios. Minhas mãos
passavam pelas suas costas e bunda, o trazendo para mais perto de mim.
E
quando suas investidas tornaram-se mais frenéticas eu percebi que ambos
estávamos chegando perto do ápice do prazer. Lhe abracei com braços e pernas,
mordendo seu ombro para evitar o grito quando cheguei ao ponto máximo do
prazer. Algumas investidas depois, Edward chegou também, gritando meu nome.
Ambos
tínhamos respirações descompensadas. Nossos peitos subiam e desciam. Sua cabeça
estava entre meus seios, enquanto eu fazia carinhos em seu cabelo molhado por
chuva e suor.
Depois
de alguns minutos, levantou o rosto, trazendo em seus lábios um sorriso feliz e
tímido ao mesmo tempo, e se possível, meu coração ficou mais descompensado
ainda. Lhe devolvi o sorriso cansada. Ele saiu de dentro de mim e deitou-se ao
meu lado, trazendo-me para seu peito.
Fechei
os olhos me sentido cansada e saciada. Um sorriso se formou em meus lábios
quando ele começou a cantar a mesma música que havia cantado na nossa primeira
vez. E ao som de sua voz melodiosa e doce, eu adormeci, pela primeira vez desde
que voltei, sem um peso em minhas costas.
Ron
Pope – A Drop In The Ocean (Tradução)
Uma
Gota No Oceano
Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu
Eu não quero
Perder o final de semana
Se você não me ama
Finja
Mais algumas poucas horas
Então vai ser hora de ir
Enquanto meu trem desce
A costa leste
Eu me pergunto como
Você vai se manter quente
É tarde demais para chorar
Quebrado demais para ir em frente
Ainda não posso te deixar em paz
Na maioria das noites quase não dormi
Não pegue de mim
O que você não precisa
Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu
Verdade fora de lugar
E velhos amigos
Nunca contando arrependimentos
Pela graça de Deus
Eu não descanso nem um pouco
Nova Inglaterra
Enquanto as folhas mudam
A última desculpa
Que eu vou reivindicar
Eu era um garoto
Que amava uma mulher
Como se fosse uma menininha
Ainda não posso te deixar em paz
Na maioria das noites quase não dormi
Não tire de mim
O que você não precisa
Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu
O céu não parece mais
Estar longe
O céu não parece estar longe
O céu não parece mais
Estar longe
O céu não parece estar longe
Uma gota no oceano
Uma mudança no tempo
Eu estava rezando
Para que você e eu
Pudéssemos ficar juntos
É como desejar a chuva
Enquanto eu estou no meio do deserto
Mas estou te segurando
Mais perto do que nunca
Porque você é meu céu
Você é meu céu
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