15 de abril de 2013

Capítulo 6 - Carlisle (O Trato - Primeira Temporada)


Capitulo 6 – Carlisle

- AAAAIIII – gritei de dor e cai no chão.

- Isso é pra você aprender a não se meter com o namorado dos outros – falou a lacraia oxigenada.

- EU VOU ACABAR COM VOCÊ – gritei, mas antes que eu chegasse perto dela Edward me segurou pela cintura.

- Fica calma Bella – ele falou pra mim.

- CALMA? VOCÊ QUER QUE EU FIQUE CALMA? ESSA LACRAIA OXIGENADA ME JOGA NO CHÃO, E VOCÊ QUER QUE FIQUE CALMA? – continuei gritando e me debatendo.

- LACRAIA OXIGENADA É A SUA MÃE, SUA PUTINHA DE ESQUINA – ela gritou vindo pra cima de mim só que o Emmett chegou antes e agarrou ela.

- NÃO TÂNIA, EU NÃO SOU COMO VOCÊ QUE ABRE A PERNA PRO PRIMEIRO QUE PASSAR – revidei.

- EU PREFIRO DÁ PRA QUALQUER UM A TER UM PAI QUE NÃO ME AMA – quando ela disse isso todos ficaram em silêncio – EU PREFIRO SER UMA VAGABUNDA A TER UM PAI QUE ABANDONOU MÃE E FILHA PRA VIVER COM OUTRA.

- Tânia você não tem o direito de dizer isso – falou Edward.

- Me.Larga – falei bem de vaga.

- Bella eu na... – começou Edward.

- ME LARGA – gritei fazendo com que ele me soltasse. Respirei fundo e me dirigi a Putania – Eu só não enfio a minha mão nessa sua cara de lacraia porque eu não quero quebrar a minhas unhas com porcaria – falei bem calmamente e me virei pra ir embora.

- É FOGE, FOGE COM O SEU PAI FEZ, AO QUE PARECE A COVARDIA TA NO SANGUE DOS SWAN – gritou a lacraia, fazendo com que eu parasse.

- Ah, mas agora foi longe de mais – sussurrei pra mim mesma antes de dá meia volta e me dirigir de novo a ela.

- Bella para – Edward falou tentando me segurar, mas antes que ele me tocasse eu chutei as bolas dele, fazendo com que ele caísse de joelho – PORRA BELLA.

Nem liguei, só continuei indo na direção da lacraia oxigenada.

- SUA VADIA – gritei antes de lhe dar um tapa na cara e cair em cima dela e começar a puxar os seus cabelos.

- AAAAIIIII SUA DOIDA – ela começou a gritar.

Ficamos girando no chão, uma hora ela puxava meus cabelos outra hora eu que puxava os dela, quando ela começou a arranhar os meus braços é que eu consegui imobilizá-la, fiquei sentada em cima de sua cintura.

- ISSO É POR VOCÊ TER ATRAPALHA O BEIJO GOSTOSO COM O MEU NAMORADO – gritei antes de lhe dar um tapam na cara – ISSO É POR VOCÊ TER XINGADO A MINHA FAMILIA - gritei de novo antes de lhe dar outro tapa – E ESSE É SIMPLESMENTE POR VOCÊ TER NASCIDO – gritei lhe dando um tapa que fez a sua boca sangrar.

Sair de cima dela, arrumei o meu cabelo e sai daquela escola como se nada tivesse acontecido.

Já tava virando a esquina quando sinto um carro buzinando atrás de mim, nem me virei, até porque eu sabia quem era.

- Bella entra no carro – falou Edward, agora de carro no meu lado.

- Me deixa Edward – falei sem me virar pra ele.

- Deixar nada, entra logo – continuo insistindo

- Mais que merda Edward, já disse para me deixa – falei parando e olhando pra ele.

Ele simplesmente parou o carro e veio até mim.

- Eu não vou te deixar em paz, porque eu sou o seu namorado – falou segurando o meu braço.

- De mentira.

- Tá, mas eu sou, e mesmo que agente não seja namorados de verdade, talvez nem amigos, mas eu me importo com você e eu sei que você não ta bem.

- Por que eu não estaria bem? Só porque aquela vadia xingou a mim e a meu pai? Relaxa Edward eu já to acostumada – falei e continuei andando, só que de novo ele me paro.

- Não, você não tá. Agora para de se mostrar de forte e independente e deixa eu te levar pra casa – falou, olhando bem nos meus olhos.

- Eu não quero ir pra casa – falei me dando por vencida.

- Por quê?

- Porque com certeza nessa hora o Charlie já deve ta lá, eu não quero saber nem um pouco o que aqueles dois estão fazendo – falei e tremi só de imaginar os barulhos que estão fazendo em casa.

- Então pra onde que ir?

- Pra qualquer lugar longe daqui.

- Beleza, então entra no carro que eu vou te levar a esse lugar – falou se dirigindo ao carro de novo.

- Onde?

............................*...........................

- Olha Edward quando eu falei em um lugar longe, eu me referia sei lá, há um parque de diversão ou até mesmo a praça, mas não uma floresta – falei dando uma paradinha pra recuperar o ar.

Já estávamos andando mais ou menos 02h00min, isso só de pé, porque ainda ficamos andando 01h00min de carro pra chegar à entrada da floresta. Depois da nossa conversa no meio da rua, ele me falou que queria me mostrar um lugar especial, mas eu imaginava que esse lugar especial fosse um prédio velho ou alguma coisa parecida, mas não, o lugar “especial” dele é no meio do mato.

- Deixa de ser molhe Bella, já estamos chegando – falou ele parando também.

- Não sei se você percebeu, mas eu não sou uma pessoa que gosta de caminhar, meu esporte favorito é só um – falei voltando a andar novamente.

- E qual é?

- Comer, deitar e dormi – disse simplesmente – Conhece esse?

- Claro, é o esporte mundial dos preguiçosos – respondeu.

- Exato – falei me virando pra ele e começando a andar de costa

- Eu acho melhor você não andar assim – me alertou

- Relaxa Edward, eu não vou cair – foi nessa hora que eu tropecei em um tronco que tava no chão – AAAIII

- Você tá legal? – perguntou Edward pra mim afobado.

- Não – choraminguei sentada.

- Onde dói?

- Meu bumbum – continuei a choramingar.

- Bom, se você quiser eu posso fazer um massagem – sugeriu

- Bem doida – falei já me levantando – Eu já to bem melhor.

- Ótimo, então um borá continuar andando – falou quando voltava se dirigir a floresta.

- EI ESPERA – gritei quando ele sumiu de vista, só ouvi seu rizinho no meio da floresta.

Ficamos andando mais um pouco até finalmente chegar ao tal lugar, e devo dizer que toda a caminhada valeu apena, o lugar era simplesmente incrível, era uma clareira linda, bem redondinha, com flores no chão, até dava pra sentir um pouco sol e olha que é raro, já que nesse lugar chove praticamente o ano todo.

- E ai, o que achou? – perguntou Edward atrás de mim.

- Perfeito – sussurrei, e me virei para olhá-lo – É incrível, nem da pra imaginar que isso aqui é Forks.

- É, demoro um tempo até eu achar esse lugar – falou ele enquanto se sentava no chão.

- Como você o achou? – perguntei me sentando também.

- Eu tinha uns 13 anos, tinha tirado nota baixa na escola e minha mãe tava doida para me matar, então pra fugir me meti na floresta, fiquei andando sem rumo até da de cara com essa clareira – falou olhando pra ela – Agora quando eu quero pensar eu sempre venho aqui.

- É realmente um ótimo lugar pra se pensar – falei me deitando no chão, um pouco molhado pela chuva, Edward também se deitou.

Ficamos assim durante um tempo só olhando pro céu e admirando a paisagem. Era tão bom esta ali, era como se nada lá fora existisse, nada de maldade, tristeza, só tranqüilidade e paz, mas nem aqui me faz esquece o passado.

- Sabe a pior parte disso tudo? – eu perguntei, finalmente quebrando o silencio.

- Você ter me dado um chute no saco? – perguntou ele olhando pra mim.

- Que isso, essa foi a melhor parte – falei olhando pra ele e comecei a ri quando ele me mandou aquele olhar, tipo Como é que é? – Tá não foi a melhora parte... Foi a segunda – e comecei a rir de novo, ele não se agüentou e riu também – Não, mas falando sério agora, a pior parte disso tudo, é saber que ela ta certa.

- Certa sobre o que? – perguntou sério agora.

- Tudo, sabe quando ela disse que eu não tenho um pai que me ama? Ela tava completamente certa – falei olhando pro céu agora.

- Como você pode ter certeza sobre isso?

- Como? Como Edward? – perguntei me sentando – Posso saber simplesmente pelo fato de ele nunca me procurar. Já faz doze anos, e ele nunca nem me ligou para saber se to viva ou morta sabe? Como ele pode me amar se nunca quis saber de mim?

Depois disso ficamos em silencio de novo, eu o sentia olhando pra mim, mas não queria encará-lo agora.

- Eu não me lembro de seu pai – falou ele, tentando puxar assunto.

- E nem deveria – falei olhando pra ele finalmente – Ele foi embora antes de vocês chegarem.

- Como foi que aconteceu?

- Hmmm... Minha mãe engravidou de mim quando tinha dezessete e ele tinha dezoito, eles diziam que foi uma barra, Carlisle tinha o sonho de assumir as empresas do pai e minha mãe de cursa a faculdade de medicina, quando descobriram que iam ter um bebe eles surtaram, minha mãe ficou doida e Carlisle desesperado, sem saber o que fazer, e bom não tinha muito que fazer mesmo, ela desistiu da faculdade e ele foi trabalhar de assistente na empresa do pai. Minha mãe dizia que tinham um casamento ótimo – eu ri com amargura – só pra ela então, depois de uns cinco anos juntos, Carlisle começou a chegar tarde do trabalho, ele já tinha sido promovido, ele já era diretor de alguma merda de lá, e tinha uma secretária vagabunda que viva dando em cima dele, eu ainda lembro das brigas que ele e minha mãe tinham por causa daquela vadia, eu via  quase toda noite minha mãe chorar por encontra marcas de batom na camisa dele, por ele chegar cheirando a sexo, e outras coisas... Eu tinha cinco anos, minha mãe foi me pegar no colégio, quando chegamos em casa encontramos umas malas na sala e Carlisle sentado no sofá, eu podia ser pequena, mas sabia muito bem o que tava acontecendo... Bom depois disso não é difícil imaginar o que aconteceu, Carlisle falou que ia embora e que a vadia da secretária dele estava esperando lá fora, minha mãe nem ficou surpresa com isso, na verdade eu acho que ela esperava por isso, o desgraçado ainda teve a audácia de querer me dar um beijo de despedida, mas é claro que eu neguei, depois que ele se foi minha mãe caiu em lagrimas, e foi diante as lagrimas dela que eu jurei pra mim mesma que nunca mais a deixaria sofrer por causa dele e que eu o odiaria até o fim da minha vida – só quando eu terminei de fala que fui perceber que estava chorando, Edward vendo isso me abraçou, eu nunca gostei de chorar, mas depois de anos agüentando tudo isso sozinha eu precisava liberar tudo o que guardei, por isso chorei, chorei como nunca tinha chorado antes, me abracei a ele com tanta força que era capaz de estar machucando – o.

Não sei quanto tempo fiquei chorando, só sei que foi tempo suficiente para perceber que eu estava pagando mico.

- Droga, eu não deveria ta chorando – falei me liberando do abraço de Edward.

- Qual é o problema de chorar? – perguntou rindo.

- É porque eu não gosto de chorar, me sinto fraca e feia – falei tentando limpar algumas lágrimas.

- Bobagem, chorar é que faz você forte, mostra que tem sentimentos... – falou segurando o meu rosto – E nunca esteve tão linda quanto hoje.

Ele continuo segurando o meu rosto, limpou algumas lágrimas que ainda restavam.

- Demonstra sentimentos não é feio Bella – falou chegando mais perto de mim e sussurrou – Só mostra que apesar de você ser durona por fora é uma manteiga derretida por dentro.

Ele riu e eu o acompanhei.

- Por isso não tenha medo de mostra o quanto você é sensível e meiga – quando ele terminou de falar eu só sentir os seus lábios tocando os meus pela segunda vez naquele dia.

Esse beijo não foi como o primeiro, esse foi mais calmo e sereno, sua língua explorava cada canto da minha boca lentamente, de vez enquanto dava pequenas mordidinhas no meu lábio inferior fazendo com que eu gemesse. Ele terminou o beijo dando um selinho longo.

Ficamos com as testas coladas, tentando recuperar o fôlego.

- Agente não devia ter feito isso – sussurrei.

- Concordo plenamente – falou.

- Ótimo, então vamos fingir que isso nunca aconteceu – falei enquanto me levantava.

- É... Hmmm... Acho melhor agente ir – falou se levantando também.

- OK.

No caminho de volta não falamos nada, mal nos olhávamos. Eu não conseguia fala nada, depois do que aconteceu.

Quando chegamos a minha casa eu mal lhe dei um tchau, corri direto pra dentro da casa. Fechei a porta e encostei-me a ela, escorregando até estar sentada no chão.

- Idiota, idiota, idiota... – fiquei repetindo de olhos fechado e batendo a minha cabeça na porta.

- Por que tanta raiva Bella? – perguntou uma voz que eu conhecia muito bem.

- Assuntos meus Charlie – falei me levantando e indo abraçá-lo – Como foi à viagem?

- Bem Bella – respondeu sorrindo.

- E como foi minha mãe lá no aeroporto?

- Em poucas palavras? Ela me fez pagar um mico do caramba – respondeu se sentando no sofá.

- O que ela aprontou? – perguntei me sentando ao seu lado.

- Simplesmente começou a chorar quando me viu, mas não foi um simples choro, foi como se ela estivesse sendo enforcada ou coisa assim, ela gritava sem sai som – falou espantado e eu comecei a ri só de imaginar a cena.

- Bem a cara dela

- É sério, às vezes eu acho ela meio doida – falou Charlie.

- Quem é doida? – perguntou a minha mãe descendo a escada.

- É Charlie, quem é doida? – perguntei curtindo com a cara dele.

- É... Hmmm... É uma moça do... Do... Aeroporto, vocês precisavam ver, ela era doida – falou suspirando por ter encontrado uma mentira.

- O que ela fez? – perguntou minha mãe sentando em seu colo.

- Ela... Ela... Ela engoliu a própria meia – quando ele disse isso eu cair na gargalhada.

- Sério essa foi a melhor mentira que você arranjou? – perguntei ainda rindo.

- Do que ela esta falando Charlie? – perguntou a minha mãe.

- Ah nada Renné, você sabe como a Bella é, adora inventar coisas, não é Bella? – perguntou olhando pra mim com aquele olhar Me salva.

- É mãe, não é nada é só eu sendo eu – falei me levantando e indo pra cozinha – MÃE TEM ALGUMA COISA PRA COMER? – gritei da cozinha.

- EU FIZ UMA SOPA DE ERVILHA, TÁ NA GELADEIRA – respondeu ela.

- ECA, ela não sabe nem fazer um ovo frito quanto mais sopa de ervilha – falei comigo mesma me dirigindo a geladeira, quando olhei aquilo falto eu vomitar, a sopa mais parecia um vomito e cheirava pior que chulé de homem.

- Que saber acho que vou comer na rua – falei voltando pra sala.

- Vai de pé? – perguntou Charlie quando me dirigir à porta.

- Tem outro meio?

- O seu carro? – me respondeu com outra pergunta.

- É só que ele ainda nã... Perai ele já chego?

- Ta lá na garagem – respondeu minha mãe

Não responde nada só sai correndo pra garagem. Quando cheguei lá encontrei a coisa mais linda do mundo... Uma lona cobrindo um carro, mas não era um simples carro, era o meu Impala Preto 1967.


(n/a: gente eu amo esse carro, eu sempre digo que esse é o meu carro do futuro:)

Fui logo tirando a lona, e quando vi a minha belazinha só faltei chorar.

- Cuidaram bem de você catita? – perguntei pro meu carro usando o apelido que dei pra ele – Eles não fizeram nada pra você, né? – foi nessa hora que eu vi a coisa que eu menos queria ver no mundo, um arranhão enorme no meu carro – HAHAHAHAHAHAHAHA...

- O que foi? – perguntou minha mãe chegando correndo com Charlie.

- Diz pra mim que isso aqui na lateral do carro não é um arranhão? – perguntei tentando me controla.

- Aonde? – perguntou Charlie olhando o carro.

- Aqui Ó – apontei pro enorme risco no carro.

- Bella sinceramente eu não to vendo nada – falou Charlie.

- AH SANTA PACIENCIA, só falta ser um cego da vida – o puxei pelo colarinho e coloquei bem na frente do arranhão – Aqui criatura, ta vendo?

- Isso? Ah por favor, Bella, não da nem pra ver – falou indo pro lado da minha mãe.

- Não dá nem pra ver? E como eu vi então? – respirei fundo tentando me controla – Olha eu deixei ele em Nova York inteirinho, sem nenhum arranhão, agora ele aparece com isso.

- OK Bella, chega de drama... Eu vou ligar pro pessoal do aeroporto e vê aconteceu, enquanto isso você leva o seu lindo carrinho pra oficina, tá? – falou minha mãe, depois entro acompanha de Charlie.

- Espero que quem fez isso pague caro – resmunguei comigo mesma enquanto entrava no carro.

Fui numa oficina que tinha perto da minha casa, deixei a catita lá e fui comprar alguma coisa pra comer.

Comprei um Egg X Calabresa, é eu sei que é muito pra uma menina, mas o que eu posso fazer, eu to com fome ora bolas. Comi meu lanche tranquilamente, tentando não pensar em nada que me perturbasse.

Depois que terminei de comer, voltei à oficina, catita já tava linda e maravilhosa de novo.

Quando cheguei em casa, avistei um carro na frente, um carro que eu bem conhecia de quem era.

- Oi Alice – cumprimentei quando entrei em casa.

- BELLA, posso saber onde você tava, eu liguei pro seu celular e você não atendia, vim aqui e você não tava também, onde você se meteu garota? Eu tava morrendo de preocupação, depois de tudo que aconteceu na escola você poderia no mínimo ter me dado um telefonema – falou tudo num fôlego só, ho garota pra ter fôlego.

- Relaxa Alice, eu sai com o Edward ok? Meu celular deve ter acabado a bateria e você não me encontrou aqui porque eu sai pra comer alguma coisa – respondi me sentando no sofá, cansada.

- O que aconteceu na escola? – perguntou minha mãe aparecendo do nada atrás de mim, me dando um susto.

- Credo que susto mulher – falei.

- Para de graçinha Bella, eu perguntei o que aconteceu no colégio.

- Você não contou pra ela? – perguntou Alice

- E nem iria se você não tivesse aberto essa sua boca grande – falei.

- O que aconteceu Bella? – insistiu minha mãe.

- Nada mãe, é exagero da Alice, só foi uma briguinha boba com uma lacraia oxigenada – responder suspirando

- Brigaram por quê? – meu Deus será que ela não desisti nunca.

- Por nada mãe, bobagem de adolescente, né Alice? – lhe mandei aquele olhar que diz Ou você confirma ou tá morta.

- É tia Renné, bobagem de adolescente, é que aquela doida ficou com ciúme do Ed e começou a brigar com a Bella.

- Foi só isso mesmo Bella?

- Foi mãe, agora relaxa tá, Alice um borá lá pro meu quarto? – perguntei já subindo as escadas.

- Claro – respondeu enquanto me seguia.

Quando cheguei ao meu quarto fui logo me jogando na cama.

- Por que você não conto a verdade pra ela? – perguntou Alice se sentando na beira da cama.

- Eu contei.

- Não, você só conto a metade, a parte principal você deixou de fora

- O que você queria que eu fizesse? Fala pra ela toda a verdade só para fazê-la se sentir culpada? Não Alice, agora que ela tem o Charlie o melhor que tem a se fazer é ela esquecer o Carlisle.

- Tem certeza?

- Total – falei me sentando.

- OK, então não tá mais aqui quem falou, mas agora mata uma curiosidade minha?

- O que?

- O que você e o Ed ficaram fazendo esse tempo todo? – perguntou com os olhos brilhando e eu suspirei me preparando pra contar tudo.

Ficamos conversando até umas 10h00min quando ela foi embora, levando um recado meu pro Edward falando que não era pra ele me buscar amanhã, afinal a catita chegou, o que eu vou ficar fazendo andando no carro dos outros?

Quando Alice se foi, eu fui tomar um banho bem relaxante e me preparar pra dormir, o que não foi muito fácil, porque os barulhos dessa casa não paravam nunca. É isso mesmo que você deve estar imaginado, ao que parece minha mãe e Charlie não esperaram a lua de mel pra matar as saudades.

Depois de 12h00min finalmente eles pararam de fazer barulho e eu pude dormi tranquilamente.  

..............................*............................

A semana passou sem mais surpresas, a lacraia oxigenada ficou com um olho roxo e teve que usar quase todo o seu estoque de maquiagem pra cobrir, como eu e o Edward tínhamos combinado não voltamos a falar do beijo na clareira, minha mãe passou quase a semana toda só dando os últimos retoques da festa de casamento e eu passei a semana toda só me divertindo com a minha catita.  

Hoje já era sexta e eu estou no carro indo pra casa dos Cullen.

- Bella? – perguntou Edward surpreso quando eu cheguei a sua casa.

- Oi – responde simplesmente enquanto ia entrando.

- Oi – falou me dando um beijo no rosto e segurando a minha mão, pra manter as aparências – O que você faz aqui?

- Alice me chamou e também tava um saco lá em casa

- Como se aqui não tivesse – resmungou e eu só fiz revirar os olhos.

- BELLA preciso falar com você urgentemente – falou Alice quando cheguei à sala, todos estavam lá, Emmett que tava agarrado a Rosalie, o pagode, só faltava a Esme que eu não sabia onde tava.

- Oi pra você também Alice.

- Deixa esse negocio de Oi pra lá e vem – falou me puxando pela mão até a cozinha – Preciso da sua ajuda.

- Com o que?

- É o Jasper – respondeu aflita.

- O que tem o pagode?

- Tudo, sabe? Agente já tá saindo a mais ou menos três semanas e até agora não rolo nada – respondeu quase chorando.

- Com rolo você quer dizer beijo?

- É, olha é serio já to até começando a suspeitar dele.

- Suspeitar o que?

- Ah você sabe, eu já to começando a achar que ele é... É...

- Gay? – completei.

- É... – respondeu chorando.

- Alice fica calma OK? Ele deve só ser tímido.

- Tímido? Tímido? Tímido sou eu Bella, ele tá mais pra travado.

- Ok, Ok, eu acho que tenho uma ideia pra descobrir se ele é gay ou não.

- Qual?

- Depois eu te conto, mas agora me responde a sua mãe ta aqui?

- Ah menina nem te conto, ela ta namorando – respondeu Alice feliz.

- Sério? Com quem?

- Não sei o nome, ela não quis dizer, disse que quer fazer uma surpresa pra gente, mas eu já vi uma foto e o cara é um gato, sabe aqueles coroas que tão velhos mais estão enxutos, é como esse cara é.

- Ual, por essa eu não esperava, to louca pra conhecer ele, mas voltando ao assunto anterior, a sua mãe ta aqui ou não?

- Não, ela saiu com o gatinho.

- Ótimo e vocês tem baralho aqui?

- Temos, mas por que Bella?

- Por nada, agora vai lá pegar o baralho quanto eu vou avisar pros outros – falei já saindo da cozinha.

- AVISA O QUE? – gritou ela de lá.

- VAI LOGO ALICE.

- O que vocês estavam fazendo lá dentro? – perguntou Edward quando eu me sentei ao seu lado.

- Nada – responde simplesmente, depois me aproximei de seu ouvido e sussurrei só pra ele ouvi – Não pergunta nada, só confirma o que eu disser - ele me olhou confuso, mas concordou.

- Não tem nada pra fazer aqui né? – falei pra todo mundo ouvi.

- Concordo – falou Edward.

- Eu tenho uma coisa pra fazer, só que a Rose não quer – falou Emmett

- Pelo amor de Deus Emmett, dá pra parar de ser um maníaco sexual pelo menos por um minuto – falei.

- É ela ta certa Emmett, cala a boca ai – concordou Rosalie, o Emmett se calou e ficou fazendo bico como uma criança.

- JÁ SEI – gritei dando um pulo, fazendo todo mundo se assustar – Por que agente não brinca de uma coisa?

- De que? – perguntou Emmett já batendo palma.

- Ninguém aqui é santo né? – perguntei pra todos, olhando sugestivamente pro pagode, que corou violentamente, todos negaram – Ótimo então quem tá afim de uma partida de Strip Poker?

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