15 de abril de 2013

Capítulo 14 - Indesejável (O Trato - Primeira Temporada)


Capitulo 14 - Indesejável

- Bella acorda! – senti alguém me chamar, apesar de não está reconhecendo a voz.
- Isabella querida, acorde – dessa vez reconheci a voz, era de Esme. Foi quando senti alguma coisa tocar meus lábios, não alguma coisa, mas alguém.
- Acorde – Edward sussurrou contra meus lábios.
- Me diz que não é ele! – sussurrei angustiada ainda de olhos fechados, ele demoro um pouco pra responder.
- Não é melhor você levantar? – me ignorou, foi só ai que fui perceber que ainda tava deitada.
- Ajude ela Edward – disse Esme quando tentei levantar.
- Você tá bem? – sussurrou ele preocupado me encarando.
- É imaginação minha né? Fala por favor, que não é ele? – perguntei com um pouco de falta de ar.
- Ela tá bem? – perguntou uma voz angustiada e ao mesmo tempo feliz, uma voz que eu jamais imaginei ouvir de novo, quando me virei pra encará-lo quase desmaiei de novo.
- Não, não, não, não... – comecei a falar comigo mesma – Só pode ser um pesadelo, não, não, por favor, comigo não... 

- Bella você tá bem? – perguntou Esme preocupada.
- Como... Que... Você... – não conseguia formula nenhuma frase coerente.
- Bella – falou ele olhando sério pra mim, mas ao mesmo tempo sorrindo um pouco.
- Carlisle – falei friamente, lhe lançando um olhar de ódio.
- Vocês se conhecem? – perguntou Esme confusa.
- Oh.Meu.Deus! – falou Alice surpresa, já entendendo tudo – Bella eu...
- Você não contou a ela? – perguntei interrompendo Alice, me controlando pra raiva não me tomar, precisava ficar calma agora, pra entender tudo que tava acontecendo.
- Me contar o que? – de novo Esme perguntou.
- Hahaha... – comecei a ri sem humor nenhum, me controlando ao mesmo tempo pra não chorar – É claro que você não contaria, não me procurou durante doze anos e agora contar uma coisa tão insignificante como essa pra namorada? Você jamais contaria né? – perguntei olhando séria ele – Você jamais perderia uma mulher por minha causa, não fez isso doze anos atrás, porque faria agora?
- Meu Deus alguém pode me dizer o que tá acontecendo? – disse Esme já perdendo a cabeça.
- Esme... – falei sorrindo entre algumas lágrimas que já caiam no meu rosto, não me importando nem um pouco se os outros estavam vendo ou não – Quero lhe apresentar Carlisle, ou como antigamente eu gostava de chamar... Papai.
Ficaram todos em silencio depois disso, absorvendo o que eu tinha acabado de dizer, eu na verdade tava pouco me linchando pros outros, só queria sair de lá o mais rápido possível e nunca mais ver a cara daquele homem.
- Perai... Então você é o Carlisle? O Carlisle da Bella? Aquele que abandonou a filha e a esposa? – perguntou ela chorando – Não isso é impossível! Não...
- Esme... – falou ele tentando tocá-la, só que ela se esquivo.
- Não toca em mim! Você mentiu pra mim, como não pode me contar que tinha uma filha? – perguntou ela chorando mais ainda.
- Amor... – tentou ele de novo.
- Não me chame de amor, eu nunca mais quero te ver – falando isso ela saiu correndo porta afora.
- Mãe... – chamou Alice, me lançando um olhar de ajuda.
- Vai atrás dela – falei, ela não esperou duas vezes saiu atrás da mãe rebocando Jasper junto – Vocês também – falei pros outros.
- Bella eu acho melhor não, você não tá bem – falou Edward.
- Edward eu preciso ficar sozinha com ele e você precisa ficar com a sua mãe agora mais do que nunca – falei tentando não chorar.
- Você vai ficar bem? – perguntou, eu só fiz balançar a cabeça em confirmação – Vamos Emmett, vamos deixá-los a sós.
Todos saíram rapidamente, sem fazer muito barulho, nos deixando sozinhos.
- Então... – suspirei andando de um lado para o outro – Você voltou! Depois de doze anos você voltou.
- Bella...
- Foi tão bom quanto você pensou? – o interrompi.
- Hã? – perguntou confuso.
- Valeu à pena? Valeu a pena você ter nos deixado?
- Olha Bella...
- Responde! – exigi com raiva.
- Não, pode ter certeza que não valeu à pena – falou olhando pra baixo.
- O que ela fez? Te deu um pé na bunda?
- Pior! Fugiu com um cara, levando metade do meu dinheiro – quando ele acabou de falar eu só consegui rir, uma mistura de raiva e prazer ao mesmo tempo, raiva por ele ainda ter coragem de dizer que fugiu com aquela vagaba e prazer por saber que ele sentiu o gosto de ser abandonado.
- Olha agora tenho que dizer que até gosto um pouco mais dela... – falei balançando a cabeça - È ruim né? Ser abandonado! Acho que então você deve ter sentido como foi pra mim e pra minha mãe.
- Bella você não sabe como me arrependo do que fiz – falou tentando chegar mais perto de mim, só que me afastei.
- Não, não sei! Afinal como poderia saber, já que você passou doze anos longe.
- Eu procurei vocês! Voltei pra cá, mas quando cheguei aqui falaram que vocês tinham ido pra New York.
- Claro! Você acha o que? Que agente ia ficar aqui, esperando você voltar? Acha mesmo que agente ia fazer isso?
- Eu sei que você tem raiva de mim e...
- Ah não Carlisle! Eu não tenho raiva de você... Eu tenho ódio mesmo, ódio por você ter feito minha mãe sofrer, por você ter a feito chorar... E principalmente ódio por você ter tido a coragem de nos larga por tão pouco.
- Você não sabe como eu gostaria de voltar no tempo – falou e suspirou, deixando cair uma lágrima.
- Não adianta chorar, que eu não tenho coração molhe... Essas lágrimas não são nada perto dos que a minha mãe soltou por você... Você sabia que ela quase entrou em depressão? Hein? Que ela má saia da cama, que durante quase um ano eu era praticamente uma órfão? – quando eu terminei de falar que fui perceber que chorava mais do que antes, mas fui logo tratando de limpá-las, não podia mostra fraqueza agora – Não você não sabia! E sabe por que você não sabia?... Porque você nunca se preocupou com a agente, nunca se preocupou comigo, eu sempre fui um fardo pra você...
- Não diga isso, você nunca foi um fardo pra mim...
- FUI SIM! – gritei – VOCÊ NUNCA ME QUIS! POR ISSO FOI TÃO FACIL ME DEIXAR DE LADO!... Você... – não consegui terminar por causa dos soluços presos em minha garganta.
- Eu nunca me esqueci de você filha...
- NÃO ME CHAMA DE FILHA! – gritei com força – Eu nunca fui sua filha e você nunca foi meu pai... – mais lagrimais caiam, e mesmo eu tento limpá-las, elas não paravam de vim – Por que você voltou? Tava tudo perfeito até você chegar... – perguntei baixo por causa do choro.
- Me perdoa... Me perdoa, minha filha, por todo sofrimento que eu já infringi a você, me perdoa... – agora quem já chorava descontroladamente era ele.
- Perdoar?... – rir sem humor entre as lágrimas – Você acha mesmo que só você pedir isso que todo o passado se apaga?... Eu nunca vou te perdoa, você... Você é um desgraçado que só fez a mim e a minha mãe sofrer, eu te odeio, te odeio, te odeio... – falei abaixando a cabeça.
- Por favor, não me odeie, eu te amo minha filha...
- EU JÁ FALEI PRA NÃO ME CHAMAR DE FILHA! – gritei chorando.
Ficamos em silencio depois disso, eu mesmo tentando não conseguia parar de chorar, os soluços ficavam cada vez mais altos, apesar de eu achar que o barulho vinha mais do Carlisle do que de mim.
Eu não podia ficar chorando aqui como uma garotinha, eu já sofri demais por causa dele.
- Eu só vou dizer três coisas... – falei séria limpando as lagrimais e encarando-o – Primeira: fica longe de mim, eu nunca mais quero te ver, eu sempre vivi sem pai, não é agora que eu vou precisar de um... Segunda: não procura minha mãe, ela já sofreu demais por sua causa, agora que ela tá finalmente voltando a viver, amando de novo... Eu não quero que você atrapalhe isso... Eu juro que se você procurá-la, se você atrapalha a vida dela, um pouquinho de respeito que eu ainda tenho por você acaba, tá me entendendo?... E terceira: se você magoar a Esme, não importa de que maneira, nunca vou te perdoar, porque pra você ela pode ser só mais uma, mas ela é uma mulher incrível, que com certeza merece coisa muito melhor que você.
- Eu a amo e jamais a magoaria – falou ele como se aquilo fosse absurdo.
- Acho bom – falei lhe olhando com ódio – Agora sai daqui...
- Bella...
- AGORA! – gritei e ele saiu sem dizer nada, só me lançando um olhar de desculpas, que eu preferi ignorar.
Quando estava sozinha na sala, deixei que as lagrimais rolassem pelo meu rosto livremente. Não agüentava mais ficar aqui, sai em disparada pra cima, para me trancar no banheiro.
Quando já tava lá dentro, me sentei no piso e chorei, chorei por tudo, por causa do Carlisle, por ele ter nos abandonado, por minha mãe ter sofrido, chorei por amar alguém não merecia, chorei tudo que eu queria ter chorado há tanto tempo. E foi no meio desse choro que a lembrança mais triste da minha vida, veio em minha mente...
Flash Back On
“Estava mais um dia debaixo da arvore da escola, esperando minha mãe vim me buscar, e como sempre ela tava atrasada, não tinha quase mais nenhuma criança, só faltava eu e mais umas três, foi nessa hora que minha mãe chegou de carro.
- Oi querida – falou ela sorrindo quando entrei no carro.
- Oi – falei sorrindo também – Tá atrasada.
- Oh eu sei, mas é que não deu mesmo pra sair do trabalho – explicou ela, minha mãe trabalhava em um restaurante daqui da cidade, não era o trabalho perfeito e ela com certeza o odiava, mas ajudava meu pai na hora de pagar as contas – Me desculpa ok?
- Tá – falei simplesmente e virei minha cara.
- Ei quem sabe hoje agente não convence o papai de nos levar lá naquele restaurante que abriu? Você gostaria? – perguntou sorrindo, minha mãe sempre fazia de tudo pra me deixar feliz e pra tentar reerguer o casamento que ela tinha com o meu pai, que andava nos últimos dias mais pra lá do que pra cá, e era essa força de vontade que me fazia admira-la cada vez mais.
- Adoraria mamãe – respondi pulando no banco de tanta felicidade.
- Ótimo, então quando seu pai chegar em casa falamos com ele – disse ela estacionando o carro. Quando saímos dele é que fomos ver que já tinha um carro na frente de casa, parecia ter alguém dentro, só que a película era muito escura pra se enxergar de fora.
- Quem é mamãe? – perguntei enquanto ela me levava pra casa.
- Ninguém – respondeu ela com uma voz estranha. De repente senti uma pontada no peito, uma sensação ruim, como se alguma coisa fosse acontecer.
Quando entramos em casa, meu pai estava sentado no sofá, com a cabaça abaixada e as mãos no rosto.
- Renné precisamos conversar – falou ele levantando e encarando minha mãe.
- Ao que parece a conversa não vai adiantar em nada – falou ela com a voz embargada.
- Me perdoa – falou chegando perto dela – Mas eu não agüento mais isso, essa vida... – foi ai que eu entendi o que ele estava falando, ele ia embora, ele ia embora e deixaria eu e minha mãe. Sem que eu percebesse uma lágrima rolou pelo meu rosto.
- Sinto muito se eu estraguei sua vida – falou ela com magoa.
- Renné...
- Bella da um beijo em seu pai porque ele já esta indo – falou séria, olhei pra ela com o cenho franzido, não por não esta entendendo, mas por não querer.
Meu pai se ajoelhou na minha frente e me puxou para um abraço, só que eu recusei e fui me esconder atrás da minha mãe.
- O que foi minha filha? – perguntou parecendo magoado – Não vai se despedir do papai?
- Que pai? – perguntei olhando séria pra ele, ao mesmo tempo que algumas lagrimais caiam.
- Filha...
- Mamãe agente ainda vai naquele restaurante hoje? – perguntei ignorando ele.
- Claro minha filha – ela sorriu mesmo tentando segurar algumas lagrimas e depois se virou para o homem parado a nossa frente que chorava – Acho que já esta na hora de você ir Carlisle.
- Bella, minha filha me perdoa – disse ele chorando cada vez mais.
- Eu não sou sua filha, eu não tenho pai, só mãe que é essa aqui – falei apontando para minha mãe.
- Querida...
- Chega Carlisle! Sai daqui agora – minha mãe falou séria, ele só fez concorda e sair. Minha mãe esperou ouvir o barulho de um carro sendo ligado e se distanciando para chorar. Ela caiu de joelhos e choro, um choro que fez meu coração doer.
- Calma mamãe, tudo vai dá certo – falei lhe abraçando, ela só fez chorar, no meu ombro. Não sei quanto tempo ficamos daquele jeito, mais foi tempo suficiente pra eu jurar pra mim mesma que jamais perdoaria aquele homem...”
Flash Back Off
Depois disse chorei mais ainda, meu peito já doía de tanto soluçar, eu tremia da cabeça aos pés, e mesmo eu me abraçando, não parava de tremer. Minha cabeça foi começando a ficar mais fraca e lenta, sabe aquela sensação de que esta preste a desmaiar? Então era isso que eu estava sentido e a ultima coisa que eu queria agora era desmaiar, por isso fui me deixando cair, até minha cabeça esta no azulejo frio.
A sensação foi maravilhosa, o frio foi acalmando um pouco a tontura, apesar da tremedeira continuar. Deitei em posição fetal, abraçando minhas pernas e deixando que as lágrimas caíssem, molhando o chão. 
Não sei quanto tempo fiquei lá deitada, chorando. Não tava nem ai se os outros estavam me procurando ou não, se minha mãe nessa hora já sabia da grande novidade, se a Esme estava bem ou se ainda tava chorando... Bom eu não podia culpá-la, porque eu mesma não conseguia parar de chorar, mesmo depois de tanto tempo.
Mais um tempo se passou e eu comecei a ouvir barulhos de passos, tanto lá debaixo quanto aqui de cima...
- Encontrou ela Alice? – reconheci a voz de Edward, que agora parecia muito angustiada.
- Não, já liguei mil vezes pro celular dela, mas só da fora de área, ao que parece esta descarregado – falou ela parecendo que estava chorando.
- Temos que encontrá-la, ela não está bem, tenho medo que ela faça alguma loucura – quando Edward disse isso ri um pouquinho, que loucura ele acha que eu faria? Me matar? – Ouviu isso?
- Parece um riso, veio do banheiro – disse Alice, ótimo descoberta pelo riso, com certeza eu tenho que aprender a me esconder melhor.
- Bella é você? – perguntou Edward, não queria falar com ninguém agora, por isso não respondi – Bella abre a porta, estamos preocupados.
- Sai daqui! – falei um pouco alto.
- Graças a Deus, vou avisar os outros que a encontramos – falou Alice, só ouvi o barulho de seus saltos batendo no chão enquanto ela se distanciava.
- Você tá legal? – perguntou ele do outro lado.
- Ah... Melhor impossível – falei sarcástica, só ouvi ele se sentando no chão e se encostando na porta.
- Por que não quer sair?
- Porque não to pronta – falei rápido me aproximando mais da porta.
- O que você tá fazendo ai dentro? – perguntou preocupado.
- Relaxa! Eu não to me matando se é isso que você acha, só to deitada.
- O chão não parece um lugar muito confortável para se deitar.
- E não é... Mas quando sua cabeça está pra estourar, ele é o melhor remédio.
 ...*... Link Alternativo ...*...
- Como foi? – perguntou e como eu sabia que ele tava falando de Carlisle, respondi.
- Péssimo!... Nunca me senti mais vulnerável e triste, do que hoje... E me sinto pior ainda por ter demonstrado isso na frente dele – nessa hora uma lágrima caiu e com ela veio um soluço.
- Sebe a parte pior de se chorar? – fez uma pergunta, só pra logo em seguida responde-la – É você chorar sozinho e não ter ninguém para enxugá-las... Por isso sai daí, deixa eu enxugar suas lágrimas – e quando ele terminou de falar isso é que eu chorei mesmo. Por que ele tinha que ser tão bom? Será que ele não percebia que agindo assim, só faria eu me apaixonar mais por ele?
Não pensei duas vezes, me levantei num salto e abrir a porta de uma só vez, Edward que estava encostada na porta, caiu de costas no chão, o que o fez bater a cabeça, mas logo se recuperou quando viu meu rosto.
- Bella... – falou quando já estava de pé, não o deixei terminar, só o abracei, o abracei com todas as minhas forças e chorei, molhando sua blusa com minhas lágrimas, ele por sua vez não disse nada, só me abraçou. 
O abracei com tanta força que era capaz de esta machucando, mas ele pareceu não se importa. Eu me sentia como aquelas crianças que se machucam e o pai abraça pra reconforta, só que nesse caso o Edward não era o pai e muito menos eu era a filha. Irônico eu pensar nisso, já que há pouco tempo eu tava falando com o meu “pai” que não via há mais de doze anos e que com certeza odeio.
- Vem... – sussurrou de repente. Ele me pegou pela perna com uma mão, mantendo a outra na minha costa e me puxou pra cima, me mantendo alinhada em seu peito, me embalou como se embala um bebe e me levou pro seu quarto.
Já lá dentro ele continuou me segurando enquanto se sentava, e me fez ficar sentada em seu colo.
- Eu posso ser mais pesada do que aparento – avisei com a cabeça apoiada em seu ombro.
- Relaxa, você pode não ser muito leve, mas também não é muito pesada – falou rindo.
- Isso era pra ser um elogio? – perguntei erguendo a cabeça.
- Sim.
- Então tem que melhorar em seus elogios – disse voltando a colocar a cabeça em seu ombro.
Ficamos um tempo assim, ele com uma mão segurava minha cintura e com a outra fazia carinhos em meu cabelo, o que estava me fazendo ficar com sono.
- Vai me dizer o que aconteceu? – sussurro.
- Não tem o que falar... – sussurrei em resposta – Ele voltou, agente brigou, eu disse que odeio ele e ele foi embora, só isso.   
- Bela maneira de explicar as coisas – disse sarcástico.
- Obrigada – respondi no mesmo tom – E sua mãe? Como tá?
- Ah... Chorou horrores... Na verdade acho que ainda ta chorando, ficou dizendo o tempo todo que jamais imaginara que o Carlisle era o Carlisle seu pai e dizendo que se senti mal por isso e coisa tal... Ta lá no quarto com a Rose.
- Eu sei que ela não tem culpa nisso, se ela soubesse teria me contado... – falei e foi nessa hora que eu entendi o porquê do Edward esta tão estranho antes, ele sabia que o Carlisle era o meu pai – E como você soube que ele era o meu pai? – perguntei erguendo a cabeça.
- Bom acho que na hora que minha mãe disse o nome dele, eu não sei você, mas eu não acho Carlisle um nome muito comum – quando ele disse isso ri. Ele tinha razão, Carlisle não era um nome comum e muito menos bonito – Eu tentei te avisar, sei lá, queria te tirar de lá e tentar te avisar antes de você encarar tudo aquilo, mas você não me ouviu.
- O que você queria que eu fizesse? Você agindo todo estranho daquele jeito, acho que não ai atiçar a minha curiosidade? Queria saber o que você tava escondendo.
- É queria tanto que olha no que deu!
- Eu acho que até foi melhor assim, sabe? Talvez se eu tivesse me preparado não tivesse me saindo também quanto me sai.
- Como assim? – perguntou sem entender.
- Ah sei lá!... Normalmente me saio melhor improvisando do que ensaiando antes – admitir, o que o fez rir.
- Disse tudo o que queria?
- Não... Sim... Não sei – falei rindo – É coisa de mais na minha cabeça, quem sabe depois de tudo isso passar eu não pense melhor.
- Eu te acho incrível sabia? Superando tudo isso de cabeça erguida, não sei se teria tanta força... Sinto orgulho de você!
- Todos sentem – falei sorrindo.
- Viu é por isso que eu não te elogio, você se acha de mais – acusou de brincadeira.
- Isso é porque eu to passando muito tempo com você – me defendi.
- Até parece – falou virando a cara, o que me fez rir muito, ele até tentou se segurar, mas no final, acabou rindo comigo, mas depois de um tempo seu rosto voltou a ficar sério, e seu olhar transmitia tanta intensidade, que me fez tremer – Vai da tudo certo você vai ver!
- Eu sei – respondi.
Ficamos um tempo só nos encarando, sem nunca desviar os olhos. Uma de suas mãos foi para a lateral do meu rosto, acariciando minha bochecha, ele bem lentamente foi se aproximando até grudar nossas bocas.   
Primeiro ficamos parado, só gravando aquele momento, depois começamos a mover os lábios. Sua boca era maravilhosa e tinha gosto de menta, suas mãos eram como fendas em minha cintura, me apertando mais contra si. Gemi quando ele deu uma mordia no meu lábio inferior, o que fez eu o puxar mais pra mim.
De repente o senti nos girando, me deitando na cama e ficando por cima de mim. Suas mãos estavam nos dois lados das minhas coxas, as apertando, quando sua mão subiu um pouquinho o meu vestido, e ai é que eu pude perceber que talvez essa noite não estivesse perdida como eu achei.

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