15 de abril de 2013

Capítulo 4 - Namora Comigo... (O Trato - Primeira Temporada)


Capitulo 4 - Namora Comigo...

- Bella, acorde querida – ouvi minha mãe me chamando e tirando as cobertas de cima de mim.

- Hmmm... – gemi e coloquei as cobertas de novo em cima de mim.

- Nada de preguiça Bella, hoje você tem aula – disse ela tirando de novo os cobertores.

- Só mais 5 minutos mãe – disse colocando o travesseiro na cara.

- NADA DE 5 MINUTOS, LEVANTA LOGO DESSA MERDA DE CAMA – ela gritou fazendo com que eu caísse da cama – VOCÊ TEM 10 MINUTOS PRA SE ARRUMAR E TOMAR CAFÉ – ela continuo gritando enquanto saia do quarto.

- Será que ela é cega pra não ver que eu já levantei – falei com mau humor.

- HOUVI ISSO ISABELLA – gritou ela lá de baixo, me dando um susto. Deus que ouvido bom essa mulher tem, credo.

Bom como não adiantava voltar pra cama, fui pro banheiro, fiz minha higiene pessoal, tomei banho sem lavar o cabelo, pois não tava com saco para secá-los e voltei pro quarto.

Hoje eu ia mostrar pra todos daquela escola quem é a Bella a Feia, por isso caprichei no luck, fiz um coque mal feito, vestir um vestido preto um pouco curto, coloquei uma jaquetinha branca estilo social, uma meia calça preta que ia até o meio da coxa e coloquei um sapato preto que eu achei dentro daquele closet, na verdade um dos poucos que me agradou.


(n/a: é a primeira)

A maquiagem eu deixei bem neutra, até porque eu não gosto muito de usar maquiagem.

Peguei a minha mochila e desci para tomar café.

- Oi mãe – falei assim que cheguei à cozinha.

- Bom Dia querida – disse ela sorrindo – Nossa pra que toda essa produção?

- Simples, vou mostrar pra todos aqueles tapados da escola quem é Bella a Feia – disse enquanto tomava um pouco de suco.

 - É assim que se fala garota – disse minha mãe fazendo o nosso toque.

Uma coisa que eu sempre gostei da minha mãe, é o fato de ela ser um pouco doida e sempre me apoiar. Tenho certeza que se eu quisesse andar igual uma puta por aí, ela me apoiaria, apesar de não gostar muito.

Mal cabei de tomar café, ouço uma buzina na frente de casa, Alice deve ter chegado.

- Já vou mãe – disse enquanto colocava minha louça na pia.

- OK querida, e ah não me espere para jantar, eu devo comer no trabalho. – disse ela

Ah, não sei se falei, mas minha mãe é médica, por isso passa mais tempo fora do que em casa. Não que eu me importe, na verdade até gosto, sempre preferir ficar sozinha mesmo.

Sair de casa e fui logo entrando no carro da Alice, que devo dizer que é incrível, uma Ferrari preta de babá.

- Bom Dia flor do dia – disse ela me cumprimentado com um sorriso assustador nos lábios.

- Bom Dia tampinha – dito isso ela fechou a cara o que me daria vontade de rir, se eu não estivesse pensando naquele sorriso que ela deu.

- HÁ, HÁ, você é uma palhaça Bella – disse ela enquanto começava a dirigir – Mas as suas piadinhas sem graças não vão fazer perder o meu bom humor. – virou-se pra me e deu um sorriso cheio de malicia.

- Pergunta logo Alice – falei, sabendo que já não vinha coisa boa por aí

- Você tá todo gata hoje por causa do Ed? – perguntou ela com os olhinhos brilhando

- O que? Não, eu jamais me vestiria assim por causa do tapado do teu irmão. - falei com toda a minha sinceridade.

- Ah... – ela fez um muxoxo com os lábios.

- O que faz você pensar que eu me vestiria assim por causa dele? – perguntei com curiosidade.

- Ah, sei lá, você nunca se vesti assim, a não ser quando sai e ainda teve ontem... – disse ela abaixando a voz no final.

- Pra sua informação eu só me vestir assim hoje, porque eu quero mostrar pra todos aqueles bastardos da escola que eu mudei... E que merda é essa de ontem? – perguntei já ficando com raiva.

Tava tão concentrada na nossa conversa, que nem percebi que já estávamos na frente do colégio.

 Ela virou de frente pra mim e falou – A qual é, Bella? Você sabe muito bem o que aconteceu ontem, aquela briga com o Edward, vocês ficando sozinhos lá na sala, vai dizer que não rolou nada? –perguntou erguendo as sobrancelhas.

- Claro que não chaveirinho, eu odeio o seu irmão e você sabe muito bem disso... Na verdade nos odiamos e jamais teríamos alguma coisa, tá me ouvindo? – perguntei já irritada.

- Tá foi mal, não era pra você ficar irritada, só foi uma pergunta... E para sua informação chaveirinho é a sua vó. – disse ela saindo do carro e parando na frente dele – O que? Vai ficar ai a vida toda por acaso, sai logo garota – falou ela lá de fora.

Suspirei e abrir a porta do carro, com toda essa conversa não deu nem tempo de me preparar.

Assim que fechei a porta do carro, todos começaram a me encarar. É claro que eu sabia que ia ser assim, afinal nessa cidade minúscula, onde nada acontece, tudo que é novo deve chamar atenção, principalmente pra mim, a filha do empresário que largo mãe e filha pra viver com uma puta por ai.

Apesar de não me importar com que os outros dizem, não quer dizer que eu goste de ser encarada ou de chamar atenção. Por isso assim que sair do carro corri direto pro lado da Alice e comecei a puxá-la pra dentro do colégio.

Só que nesse puxa puxa acabei esbarrando em alguém. Mas não em um simples alguém, mas na pessoa mais insuportável que existe no mundo, a loira mais rodada da escola... Tânia ou como eu gosto de chamar Putania.

- Ora, ora, mas quem é viva sempre aparece – disse a loira oxigenada parando na minha frente.

- Pois é, não foi agora que você ficou livre de me Tânia. – falei sorrindo pra ela.

- E o que trás você de volta? – perguntou a puta.

- Ah nada de mais, você sabe o de sempre... Mas principalmente pra deixar o seu outro olho roxo – falei encarando ela – Você lembra Tânia, quando eu deixe o seu olho roxo e você encheu sua cara de maquiagem só pra esconder? – perguntei um pouco mais baixo.

Foi nesse momento que eu a vi perdendo a cabeça.

- Olha aqui garota, aquilo vai ter troco, pode ter certeza. Eu vou fazer da sua vida um inferno, tá me entendendo? – perguntou ela com uma voz ameaçadora. Como se eu tivesse medo dessa lacraia.

- Eu não tenho medo de você, se minha mão já era pesada quando eu tinha 7 anos, imagina agora com 17. Brinca comigo Tânia e você vai ter mais do que um simples olho roxo e dessa vez não vai ter maquiagem que esconda essa sua cara de lacraia azeda. – falei no mesmo tom ameaçador dela.

Ela simplesmente ficou me olhando com puro ódio e depois virou – se e foi embora, acompanhada das outras lacrais, Jéssica e Lauren.

- Amiga você arrasou!!! – falou a Alice no meu lado, já batendo palminhas.

- E eu falei sério, mas ah se essa garota se meter comigo, eu acabo com ela- falei me virando de frente pra Alice.

- Tá, mas agora vamos, porque o sinal já tocou. – ela falou enquanto me puxa pra dentro da escola.

Pelos corredores só se falava da aluna nova, bom aluna nova praqueles que não me conheciam, pros que já estudavam aqui, eu era a minha que deixou de ser feia e virou um mulherão.

Tava começando a estudar no meio do semestre é eu sei que parece estranho, mas é que minha mãe só foi inventar de voltar pra esse fim de mundo em Março.

Por isso Alice me acompanhou quando eu fui à secretária pegar meus horários. Hoje eu só tinha uma aula com Alice e era a ultima. Minha primeira aula era de biologia. Sempre adorei biologia, bom não sempre, só quando estudávamos anatomia humana, mas não pensem que eu sou tarada, porque eu não sou, é que sempre gostei de estudar o corpo e daí que vem o meu sonho de fazer medicina igual a minha mãe.

Mas esse sonho ficou menos interessante quando eu entrei na sala e vi quem estava lá. Quem falou Edward Idiota Cullen acertou, ele estava sentado na quarta cadeira da terceira fila, falando com Mike Newton, um idiota também, que eu lembro que colocou chiclete no meu cabelo quando eu tinha 5 anos.

Quando ele me viu entrando parou de falar e ficou me olhando de queixo caído, igual aos outros imbecis da sala que pensam que mulher só serve pra uma coisa, SEXO e mais nada.

O Sr. Banner que estava falando até então com um garoto que tinha a maior pinta de nerd, virou-se pra me e pediu a minha autorização.  Com muita sorte minha, ele não quis que eu me apresenta-se, simplesmente me mandou sentar, mas como alegria de pobre dura pouco, o desgraçado me fez sentar no lado do imbecil do Edward. Tá que não é culpa dele de ter só um lugar vago, mas... Que caralho de professor mais sacana viu, seria muito mais fácil de ele pedir pra eu sentar lá no quinto dos infernos do que sentar no lado do Edward.

Sentei sem ao menos me virar na direção dele, tentaria ignorá-lo o Maximo possível.

Mas o idiota parecia que tava com vontade de falar...

- Bom Dia Bella – falou o idiota tentando ser educado

- Pra você é Isabella, tá me ouvindo e não, não está sendo um bom dia. – falei o mais ríspida possível.

- E eu posso saber o motivo desse mal dia Bella – falou frisando o Bella.

- Isabella, e meu dia esta sendo horrível pelo simples motivo de eu esta sentada ao lado do maior idiota que existe – falei encarando ele.

- E eu posso saber quem é esse? – perguntou se fazendo de sonso.

- Tem certeza que não sabe? – perguntei sorrindo cinicamente.

Ele ia falar alguma coisa, só que professor o interrompeu dando inicio a aula.

Depois disso não nos falamos mais, de vez em quando eu o sentia me encarando, não sei por que, por acaso eu tinha cara de espelho? Será que eu to tão mudada assim pra fazer um idiota ficar mais idiota?

Eu já tava pronta pra virar e da uma na cara dele, quando o sinal toca, suspirei aliviada, não agüentava mais aquela aula, e não era porque o professor era chato, mas sim porque já tava ficando incomodada com os olhares do Edward.

Depois do momento “Encarando Bella Swan” nada de anormal aconteceu, na hora do intervalo Alice me levou pra sentar numa mesa onde já estavam o Emmett, Rosalie, uma tal de Ângela que tem aula comigo e que vive com uma câmera pra cima e pra baixo e incrível que pareça o pagode também tava lá ( é Alice não me contou que o tal de Jasper estuda aqui, só porque eu o chamei de pagode, pode uma coisa dessas?). O que me surpreendeu era o fato de Edward não esta lá, não que eu estivesse sentido falta daquele idiota, longe disso, só que eles são os irmãos por isso pensei que eles sentassem juntos, mas Edward estava sentado na mesa da Putania e companhia. Tai um casal que dá certo, Tânia e Edward, uma lacraia junto com uma lagartixa.   

Na hora da saída Alice me chamou pra comer na casa dela, já que não teria rango em casa e eu não tava com a mínima vontade de cozinhar aceitei o convite.

Alice passou a viagem inteira falando do pagode. Eu sinceramente tava pra meter o meu estojo dentro da boca dela, talvez assim ela fecha-se a matraca.  

Quando chegamos na casa, o carro do Emmett ainda não tava lá, estranhei sendo que ele saiu antes da gente junto com a Rosalie.

- Alice, onde tá o Emmett? – perguntei enquanto saia do carro.

- Ah, ele foi comer na casa da Rosalie, ao que parece ele quer impressionar os sogros – disse ela revirando os olhos, eu só fiz rir.

Quando entramos na casa fomos direto para cozinha, já que estávamos morrendo de fome.

Quando chegamos lá, havia um bilhete grudado na geladeira, era de Esme...

Precisei ir à empresa, ao que parece alguma coisa deu errada na planta da casa, mas tem comida na geladeira pronta é só colocar para esquentar...
Vejo vocês mais tarde
Com amor, Esme.

Esqueci de falar, mas Esme é uma das mais importantes arquitetas de Forks... Na verdade eu acho que ela é a única arquiteta daqui.

- Bom eu vou colocar a comida pra esquentar – falou Alice enquanto tirava alguma coisa da geladeira.

- Tá, eu vou por as coisas na mesa – falei indo pegar os pratos no armário.

Enquanto arrumava a mesa, me veio na cabaça que tava faltando alguma coisa. Não tinha ninguém me enchendo o saco, me irritando e me chamando de Bella a Feia, tava tudo muito calmo.

- Onde será que o idiota do Edward se meteu? – falei comigo mesma, em voz baixa.

- Sentiu minha falta? – sussurrou Edward no meu ouvido, me dando um susto, fazendo com que eu deixa-se cair o prato.

- VOCÊ É DOIDO, GAROTO? – gritei com raiva. – Olha o que você fez?... Você que vai limpar isso. – falei apontando pro chão

- Eu não, foi você que derrubo – disse o idiota com a maior tranqüilidade do mundo.

- Seu...

- Meu Deus, o que houve, da pra ouvir os gritos de vocês lá da cozinha – falou Alice, chegando afobada.

- O que pode ter sido Alice? Seu irmão é claro, me fez deixar cair o prato – falei com raiva.

- Eu tenho culpa de você ser destrambelhada – se defendeu Edward.

- Olha aqui moleque, destrambelhada é a sua vó – falei apontado um dedo pra ele.

- Não xinga minha vó não sua...

- CHEGA!!! – Gritou Alice, fazendo com que nós dois lavássemos um susto. – CHEGA OS DOIS, JÁ TO FARTA DESSAS BRIGAS DE VOCÊS... – ela respirou fundo, arrumou o cabelo e disse mais calma – Edward vai pegar a pá e a vassoura, e vem ajudar a Bella a limpar isso tudo, enquanto eu vou terminar de preparar a comida.

- Eu não, foi ela que derrubou – falou ele, cruzando os braços e fazendo bico, tava parecendo uma criança.

- AGORA!!! – gritou ela de novo.
                                       
- Assim pedindo com carinho, né? – falou enquanto is pegar as coisas.

- E eu não quero ouvir, mas nada daqui, estamos entendidos – falou quando o Edward voltou.

- Claro mamãe – falei.

Bufou e saiu, deixando só eu e o Edward.

- Um borá, começa a limpar – mandou o idiota

- Tenho cara de empregada por acaso? – perguntei erguendo as sobrancelhas.

- Não vou nem te responder.

- Olha aqui...

- Não olha você aqui, eu to morrendo de fome, cansado, briguei com a Tânia de novo e não to com a minha vontade de ouvir as suas reclamações – disse ele com raiva.

- Perai, você brigou com a Tânia, mas por quê? – perai, eles estão juntos?

- Somos namorados, namorados brigam. – respondeu ele.

Não sei por que, mas me sentir estranha quando ele falou que eles eram namorados. Devia ser a fome.

- Mas por que vocês brigaram? – perguntei

- Não é da sua conta, tá? Vamos logo limpa isso, porque eu to doido pra subir. – respondeu me entregando a vassoura, eu apenas assenti.

Quando terminamos de limpar a sujeira, a Alice trousse a comida.

Comemos em silêncio, só de vez em quando Alice tentava puxar assunto, mas parecia que ninguém tava com vontade de falar.

O Edward foi o primeiro a acabar de comer, pegou seu prato, lavo e depois subiu.

Quando acabamos de comer, eu ajudei Alice a lavar a louça e guarda. Depois fomos para varanda sentar um pouco para conversa. Eu na verdade não tava com mínima vontade de conversar, não sei por que, mas de repente perdi todo o animo que eu tava.

- Tá, vai me diz o que aconteceu? – falou Alice

- Não aconteceu nada, ora bolas – falei enquanto mexia em meu cabelo.

- Nem vem com essa, eu sei que tem alguma coisa, você ficou calada de repente.

- Não é nada Alice, sabe... Coisas da faculdade – inventei na hora.

- Da faculdade? Mas agora que estamos no começo do ano.

- É eu sei, mas eu tenho que pensar já nisso, achar um jeito de conseguir dinheiro.

- É pra isso que você tem mãe, pra ela pagar a sua faculdade... Até porque Dartmouth nem é tão cara – disse ela sorrindo

- Quem disse que eu vou pra Dartmouth?

- Perai, você não vai pra lá? – perguntou ela com a voz um pouco mais alta

- Não – respondi simplesmente.

- Mas... Mas... Mas é a faculdade que eu vou fazer, tipo assim, eu pensei que você fosse fazer junto comigo.

- Mas eu não vou – disse me levantando e indo pra sala

- Eu posso saber que faculdade você pretende fazer? – Alice perguntou em quanto me seguia

- Pode.

- Então... Qual é?

- Londo Premier College – respondi sorrindo. (n/a: Gente essa faculdade existi mesmo, só não sei se lá tem curso de medicina)

- Londo Premier College? Mas essa faculdade não é em Londres?

- Sim!

- Mas não fica muito longe?

- Dã, por que você acha que eu a escolhi?

- Bella, por que Londres? Não podia escolher uma mais perto não?

- Ah, sei lá Alice. Você sabe que sempre foi meu sonho conhecer Londres, então eu vim pesquisando faculdades de lá e encontrei essa... E você não vai acreditar no melhor – falei encarando-a com os olhos brilhando.

- O que?

- Já consegui uma bolsa de estudos lá.

- Mas já? Pensei que as provas pras faculdades só começassem mais lá pra frente – falou ela com o cenho franzido.

- È mais eu conheço uma pessoa, que conhece uma pessoa, que conhece uma pessoa que trabalha nesses lances de faculdade, então ela adiantou a prova pra mim e eu passei – disse dando de ombros.

- Mas por que você disse que precisa de dinheiro? Por acaso você não ganhou uma bolsa?

- É, mas escola só paga a escola, o resto é comigo, sabe?... Passagem, achar alguém que queira dividir o apartamento comigo...

-Por que você não pede dinheiro pra sua mãe? Tenho certeza que ela tem dinheiro pra te dar. – disse Alice sorrindo.

- É ela até tem, mas qual é? Daqui alguns meses eu faço 18, tá na hora de eu andar com as minhas próprias pernas. – falei me levantando.

- Ai, minha amiga tá tão madura, tenho tanto orgulho – falou Alice com os olhinhos brilhando e vindo me abraçar.

- Ah não Alice – me queixei tentando sair do abraço – Alice não conta pra ninguém tá?

- Mas por quê?

- Porque quando a Dona Renné descobrir que eu pretendo ir para Londres ela vai pirar, e eu não to com a mínima vontade de ficar ouvindo as lamentações dela desde cedo. – falei colocando o cabelo pra traz.

- OK, mas agora mudando de assunto completamente... Deixa eu pintar as suas unhas? – falou ela com os olhos brilhando.

- Nem vem...

-Ah, por favor, por favor, por favor, Belinha – falou com aqueles olhos do gato do Shereke e que faz agente amolecer o coração rapidinho.

- Há MEU DEUS ALICE... Tá eu deixo você pintar as minhas unhas – falei suspirando.

- OBA!!! – disse ela, batendo palmas com se fosse uma criança, revirei olhos.

Bom, passamos o resto do dia pintando as minhas unhas, tive que brigar com ela pra não passar esmalte rosa, eu queria preto, mas acabou sendo vermelho e aquele vermelho sangue viu? .

Umas 08h00min horas fui pra casa, minha mãe já tinha chegado e como tava cansada simplesmente dei-lhe boa noite e subir pro meu quarto.

Fiz minha higiene pessoal e fui dormi.
*.............................................*

Fui acordada de novo pelos gritos histéricos da minha mãe, mas dessa vez não era por eu não querer acorda, mas sim porque ela não conseguia fazer um misero ovo frito.

Levantei e fui direto pro banheiro, fiz minha higiene pessoal e voltei pro quarto.

Preferir ir mais simples hoje. Uma calça jeans, blusa branca, colete preto e meu All Star.


Quando desci minha mãe já tinha preparado o café, o ovo ficou queimado, o que era de se esperar, não sei como minha mãe preparou o café ontem, até porque ela é péssima na cozinha.

Desde pequena aprendi a me virar sozinha, com a profissão que minha mãe tinha, ela não passava muito tempo em casa, então tive que aprender a cuidar de mim mesma.

Tomamos o café em silencio, logo depois Alice chegou para me buscar.

Dentro do carro Alice escutava uma porcaria de Justin Bieber, sinceramente não sei o que as garotas vêem nesse menino, ele mais parece uma menina com franja e MEU DEUS que voz é aquela, é mais fina do que de mulher.

(n/a: gente nada contra o JB tá? Foi só a demonstração da opinião dela. E SORRY se eu ofendi alguém, de alguma maneira, tá:)
E como não tava com vontade de escutar esse insulto a cultura musical, coloquei meus fones de ouvido e fui escutando a viagem inteira a musica I Don't Wanna Be Learned/I Don't Wanna Be Tamed, do Ramones.

Chegamos à escola bem na hora que o diretor estava chamando todos os alunos para a quadra.

- O que será que esse terrorista da moda, quer agora? – falou Alice consigo mesma, eu só fiz rir.

O Sr. Smith não era tão feio assim... Mentira, o cara era horrível, gordo, careca, usa óculos, vesti uma camisa social e coloca por cima um suéter mais antigo que a minha vó, e pra completar ainda usa um suspensório.

Chegamos à quadra, faltavam só alguns alunos. Fiquei no lado da Alice e da Ângela, que tava de novo com uma câmera na mão, e para piorar me filmava.

- Por que você vive para cima e para baixo com essa câmera? – perguntei tirando a câmera de sua mão.

- Simplesmente porque esse é o nosso ultimo ano, tenho que filmar tudo... E agora me devolve ela – falou tentando pegar a câmera de minhas mãos.

- Só se você parar de me filmar.

Ela bufou, mas concordou.

- Eu acho legal, afinal talvez ano que vem ninguém mais se veja, é legal ter alguma coisa para se lembrar dos tempos do colegial – falou Alice, se metendo onde não era chamada, de novo.

- Ótimo, então filma ela Ângela – falei virando a câmera de Ângela na direção de Alice.

Elas ficaram fazendo caras e bocas até o diretor finalmente começar a falar.

- Bom alunos, vocês sabem que todo ano fazemos o baile de primavera, e esse ano não vai ser diferente.

- Fala sério, eles ainda fazem isso – cochichei pra Alice.

- É só uma forma das líderes de torcida tirarem dinheiro da escola e fazer uma festa, que só vai servi pra deixar todo mundo bêbado e quase fazendo sexo no meio do palco. – disse Alice me surpreendendo, afinal ela nunca é de falar assim – Pior foi ano passado, tu acreditas que elas fizeram festa de dia dos pais?

- Não brinca? – perguntei rindo, ela só afirmou com a cabeça.

- E como todo ano as nossas queridas lideres de torcida ficaram responsáveis de organiza a festa. Então Srta. Denali, o microfone é todo seu. – Disse ele entregando o microfone à lacraia loira.

Meti o dedo na garganta, fingindo está vomitando.

- Bom esse ano o tema da festa do baile de primavera vai ser um pouco diferente... – disse a lacraia – Vai ser um baile de mascaras e vai acontecer daqui duas semanas.

Quando ela terminou de falar, todos os alunos começaram bater palmas e gritar feito loucos. Bando de idiotas, que não tem o que fazer da vida ¬¬’.

Ela ficou mais um tempo a falando sobre o baile, depois o diretor nos liberou pras aulas.

O resto da semana passou sem nada de importante, a não ser se você achar o fim do namoro da lacraia e da largatixa (diga-se Tânia e Edward) importante.

Todos só falavam do maldito baile, até Alice vivia falando nisso, preocupada com que roupa ir.

Hoje felizmente era Sexta, final de semana aí vou eu!!!

Tava saindo da escola, quando sinto alguém me cutuca.

- Para Ali... Edward? – falei surpresa.

- Será que agente poderia conversa? – falou ele, sem ao menos dizer Oi.

- Oi pra você também Edward, eu vou bem e você? – falei.

- Para de brincadeira, da para gente conversa?

- Não sei se você percebeu, mas já estamos conversando – falei sorrindo.

- MEU DEUS, mas você não abaixa a guarda nunca – falou suspirando, eu só fiz sorri – Da para gente conversa, é serio.

- OK. O que você quer? – perguntei me rendendo.

- Aqui não, será que da para você me encontrar na praça, que tem aqui perto?

- Por que aqui não?

- Porque é um assunto particular. Da ou não da para me encontrar lá? – perguntou já impaciente.

- Da, mas eu tenho que falar com Alice, por...

- Não, não fala para ninguém que você vai me encontrar lá - falou ele, me cortando.

- Eu não vou falar, eu só tava dizendo que é para falar com a Alice para ela me levar lá, até porque eu não tenho carro.

- Tá, fala com ela, mas não demora – falou enquanto se afastava.

- Tá, papai – falei, o fazendo revirar os olhos.

Falei com Alice para me levar na praça, no começo ela estranhou, mas depois de eu falar que queria ficar um pouco sozinha para pensar, ela me deixou lá sem falar nada.

- Depois eu te ligo tá? – falei enquanto saia do carro.

- Tá, mas vê se não demora... Beijo – falou indo embora.

A praça era linda, com passarelas de tijolinhos pequenos, ao redor flores de todas as cores, um pequeno parque para as crianças brincarem, a cada 3 metros tinha um banco azul, para as pessoas sentarem. Sentei-me em umas das cadeiras para esperar o Edward, não tinha muita gente, só algumas mães trazendo os seus filhos para brincar, e um casal de idosos sentado ao uns 5 metros de mim, se beijando.

A cena era linda de se ver, eu nunca acreditei em amor, mas quando se vê essas cenas raras de demonstração de um amor tão sincero, é difícil você não querer um dia encontrar alguém que fique ao seu lado pra sempre.

- É lindo, né? – perguntou Edward ao meu lado, me dando um susto – Desculpa, eu não queria te assustar.

- Tá tudo bem – falei – Então, o que você quer?

- Eu ouvi você e Alice conversando naquele dia lá em casa, sobre você querer fazer faculdade em Londres.

- Ouvindo a conversa dos outros atrás da porta Edward?... Que coisa feia – falei curtindo com a cara dele.

- E ouvi também você falando que não tem dinheiro pra ir pra lá – continuo, ignorando o que eu tinha falado.

- E daí?

- E daí, que eu sei como você conseguir esse dinheiro.

- É, como?

- Namora comigo.

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