Capitulo 21 - Despedidas
Abri
meus olhos lentamente, tentando me acostumar com a claridade. Minha cabeça
girava horrores, me deixando muito tonta. Olhei ao redor e vi que me encontrava
em um quarto, bem bonito por sinal, com uma cama de casal, penteadeiras e uma
mesa redonda pequena, com várias cadeiras ao redor, e uma dessas cadeiras é que
eu estava sentada. Já ia levantar a mão, quando a senti presa, mas não só ela,
minhas pernas também, foi ai que as imagens do baile vieram em minha cabeça.
PUTA
MERDA! EU FUI SEQUESTRADA!
Era
tudo o que eu queria no momento, ser seqüestrada. E pior do que ser
seqüestrada, é imaginar quem gostaria de me seqüestrar. Poxa, justo eu?! Que
não tenho nem um tostão furado? Chega a ser bizarro alguém me seqüestrar. O que
me faz lembrar... QUEM ME SEQUESTROU?! A única coisa que eu consigo me lembrar
é de um cabelo loiro, mas de gente loira eu conheço várias.
-
Ah droga... – gemi tentando desamarra as minhas mãos, mas quem quer que amarrou
isso, fez muito bem.
-
Ah finalmente você acordou – falou uma voz fina, entrando no quarto.
-
Só podia ser... – falei abaixando a cabeça e me controlando para da um grito –
Tânia o que você pensa que esta fazendo?
-
Achei que fosse obvio – falou puxando uma cadeira e sentando na minha frente.
-
É sério garota, você tem titica de galinha no lugar do cérebro? O que deu em
você pra mim seqüestrar? – perguntei fervendo de raiva.
-
O que deu em você pra roubar o meu namorado? – devolveu.
-
Ah fala sério, eu não acredito que você continua com essa história... – falei
balançando a cabeça – Escuta, você deu um fora nele, lembra?
-
É, mas não era pra ele ir correndo atrás de você.
-
A gente nem namoro de verdade, foi tudo armado pra ele reconquista você... Olha,
eu não sei o que se passa na sua cabeça, mas acho que você deveria ficar feliz
com isso – expliquei.
-
E eu fiquei, até perceber que ele estava afim de você – falou. Abaixei a
cabeça, balançando em negação.
-
Se ele gostasse realmente de mim, não teria voltado a namorar com você – falei
não conseguindo esconder uma pontada de rancor na minha voz. Quando terminei de
falar, ela começou a rir.
-
É verdade, mas apesar disso... Ele continuou gostando de você – falou séria
agora – E você gostou disso né?
-
De que?
-
Da atenção que ele te dá, qualquer coisa que você queria, ele faz.
-
Você tá louca.
-
E só pioro desde que você entrou nesse maldito concurso.
-
Você deveria ficar feliz por eu ter entrado, pois se eu ganhar, eu vou embora
daqui, e deixo o caminho livre pra você e pro Edward.
-
Não importa onde você esteja, ele sempre ira pensar em você! – gritou.
-
E você acha que me seqüestrando vai adiantar em alguma coisa?
-
É melhor do que nada... – se levantou e chegou bem perto do meu rosto – Leve
isso como uma vingança, por tudo que você já me fez.
-
E o que eu te fiz? – perguntei.
-
Tirou de mim a pessoa que eu amo.
-
Ah conta outra... Você não o ama, só esta com do de cotovelo... – falei com um
sorrisinho no canto dos lábios – Você é a típica garota mimada que não agüentar
perder.
-
Exato! E eu não vou perder de novo... Eu posso até não ficar com o Edward, mas
você também não o terá – terminado de falar, se virou e foi embora.
Eu
fiquei ali, em silencio, absorvendo tudo o que ela tinha me dito. MAS QUE
PORRA! Essa menina só podia ser maluca. O que deu na cabeça dela, pra pensar
que me seqüestrando, ela teria o Edward de volta?... Ah Edward, se eu saísse
daqui viva, juro que meteria um belo de um soco em sua cara, pensei com raiva.
Me
remexi na cadeira, tentando desamarra minhas mãos, foi quando senti uma coisa
se remexer entre meus seios.
-
O celular – sussurrei. Com essa confusão toda, tinha até me esquecido que tinha
pego o celular – Como ela é burra – sussurrei de novo. Aquela vaca loira nem
pra seqüestrar alguém presta, provavelmente nem me revistou pra ver se eu tinha
alguma coisa escondida.
Comecei
a me remexer de novo na cadeira, mas minhas mãos e pernas estão muito bem
amarradas, e todo o meu esforço pra me desamarra era em vão.
Droga!
Muito tarde pra me arrepender de não ter feito parte dos escoteiros, pensei
grunhindo. Foi quando a lacraia oxigenada entrou no quarto.
-
Ah querida Isabella, não adianta fazer isso, não... Você não vai conseguir se
desamarra – falou docemente, sorrindo com uma criança. Ok Isabella, pensa, você
tem que falar com calma agora, é única maneira de sair daqui a tempo de chegar
ao concurso.
-
Escuta Tânia... – falei lentamente, pra que ela me entendesse – Por que a gente
não esquece tudo que rolou, hein? Por que não fingimos que o Edward nunca
existiu? Ai você para com essa loucura e me solta.
-
Fingir que nada aconteceu? – sussurrou sorrindo.
-
É! – exclamei feliz por conseguir fazê-la me ouvir.
-
Ai a gente poderia ser amigas? – perguntou sorridente e se aproximando mais de
mim.
-
É – falei, mas sem tanto animo dessa vez. Ela para na minha frente sorrindo
angelicalmente, mas logo esse seu sorriso foi sumindo, se transformando em uma
carranca.
-
VOCÊ ACHA MESMO QUE EU SOU IDIOTA?! – gritou me dando um tapa na cara.
-
Filha da... – não conseguir terminar, pois meu rosto ardia.
-
Eu já te disse, você não vai sair daqui, você não vai atrapalhar a minha vida
com o Edward de novo.
-
Que droga Tânia, eu não me importo com o Edward, eu só quero que você me tire
daqui – continuei insistindo.
-
Pensava isso antes, de ter tirado o Edward de mim – falou e saiu do quarto.
-
MAS QUE PORRA! – gritei. Falar com ela, era a mesma coisa que falar com uma
porta.
Não
sei quanto tempo fiquei lá, sentada, sem me locomover, mas sabia que já tinha
se passado muito tempo, pois a luz forte que entrava pela janela de vidro do
quarto, foi lentamente perdendo sua força, mostrando que a cada vez mais, nos
aproximávamos do crepúsculo.
Eu
a todo custo, tentava me desamarra, mas não conseguia e pra piorar, nenhuma
idéia vinha em minha cabeça pra me tirar daqui. O celular entre meus seios, até
então, era inútil. Até que eu tive uma idéia mais do que brilhante. Ela era
meio absurda, e possivelmente não daria certo, mas era a única coisa que eu
conseguia pensar que me tiraria daqui. Respirei fundo, limpei minha garganta e
gritei...
-
TÂNIA!!!!... OIIII! TEM ALGUEM AI?!... TÂNIAAAAA! – gritava que nem uma louca,
esperando que a lacraia oxigenada entrasse no quarto – ALÔOOOO!
-
O que você pensa que ta fazendo sua idiota? – entrou falando brava no quarto –
Você quer que descubram que você está aqui?
-
Até que não seria má idéia – falei sarcástica.
-
O que você quer sua maluca? – perguntou, e ai estava a brecha que eu precisa
pra colocar meu plano em prática.
-
Eu preciso ir ao banheiro Tânia – falei, fazendo a minha melhor cara de
apertada.
-
Ah, mas não mesmo – negou com a cabeça.
-
Ai, por favor, Tânia, você me mantel presa aqui o dia todo, eu preciso me
aliviar – falei cruzando as pernas para da mais ênfase.
-
Você não vai sair desse quarto eu já disse.
-
Ótimo, então vai ser você trazer um pinico e segurar esse vestido, e devo dizer
Tânia, eu não sei se só to com vontade de fazer xixi – quando terminei de
falar, ela só fez me lançar um olhar de nojo e torcer o nariz. Juro que tive
que me segurar pra não cair na gargalhada com sua cara.
-
Se você tentar alguma coisa, eu acabo com você – ameaçou antes de vim me
desamarrar, tive que segurar o meu sorriso de vitória. Ela só desamarrou meus
pés, mantendo minhas mãos presas.
Segurou
meu braço e me levou pra fora do quarto. Lá fora tinha uma sala de estar, muito
bonita, com um sofá bege e uma poltrona da mesma cor. Na frente do sofá, havia
uma TV de plasma tão grande que parecia com aquelas de cinema. Percebi,
enquanto andava pela sala, que Tânia não tinha me trazido pro um fim de mundo,
mas para uma casa de praia, já que ao fundo eu conseguia ouvir o som de ondas
se chocando no chão. Então se ela me trouxe para uma praia, só pode ser La
Push, a não ser é claro, que ela tivesse saído de Forks, o que eu duvidava
muito, já que suponho não ter ficado tanto tempo desacordada.
Tava
tão imersa em meus pensamentos, que nem percebi quando Tânia me jogou para
dentro, do que eu supus ser o banheiro.
-
Pronto, faz – ordenou cruzando os braços.
-
Amarrada e com você aqui? De jeito nenhum – neguei veemente, fazendo com que
ela bufasse – Olha por que a gente não faz assim? Você me desamarra e tranca a
porta por fora, assim você sabe que eu não vou fugir – propus.
-
Se você tentar alguma coisa...
-
O que poderia fazer? Eu não sei nem onde estou – a interrompi e quase pulei de
alegria quando ela começou a desamarra minhas mãos.
-
Vou ficar te esperando aqui fora – avisou e fechou a porta.
Eu
não tinha muito tempo, por isso corri pra abrir a torneira, assim ela não
escutaria quando eu estivesse falando. Rapidamente tirei o celular do meio dos
meus seios e liguei pra única pessoa que poderia me ajudar nesse momento.
-
Anda, atende seu idiota – sussurrei nervosa roendo a unha do dedão.
- Bella? – uma voz nervosa falou.
-
Graças a Deus Edward – sussurrei aliviada.
- Onde você esta? Todos estão preocupados, te
procurando.
-
Não tenho tempo pra explicar, então só me ouça – falei rapidamente – A Tânia me
seqüestrou, eu não sei onde estou, mas suspeito que seja em La Push, na casa de
praia dela, ela não quer me deixar sair, então você vai ter que vim me pegar e
rápido, pois daqui a pouco é o concurso.
- Fala sério que você ta preocupada com esse
concurso?
-
Não acredito que você só ouviu isso! – exclamei.
- Não, ta, eu já vou – mal ele acabou de
falar, Tânia começou a bater na porta.
-
Rápido Edward – sussurrei e desliguei o celular. Agora vinha a segunda parte do
plano. Rasguei a calda do vestido até o meio da minha coxa, até porque se eu
quisesse corre, era melhor eu ter espaço. Depois fui pra trás da porta e
esperei em silencio, até que Tânia cansasse de ficar lá fora, o que não demoro
muito.
-
Vamos logo Bella... – falou batendo na porta, eu por minha vez, continuei em
silencio – Isabella?... ISABELLA! – gritou destrancando a porta e entrou
correndo no banheiro – Eu vou te pegar sua vadia!
-
Eu digo o mesmo – falei saindo de trás da porta e lhe empurrando, fazendo com que
ela caísse de joelhos no chão do banheiro. Sai correndo do bainheiro, fechando
a porta logo em seguida e a trancando – Da próxima vez não seqüestre alguém mais
inteligente que você Tânia – mal acabei de falar e já estava correndo para a
porta da frente da casa, e qual foi a minha surpresa a descobrir que ela também
estava trancada?
-
Droga! – exclamei tentando abrir a porta, quando me lembrei de uma coisa – A
janela do quarto.
Sai
correndo pra lá. A janela era de vidro e também estava trancada, por isso tive
que fazer uma coisa que eu só via em filme de ação. Peguei uma das cadeiras que
lá tinha e joguei contra a janela, e que saber? A PORCARIA DA JANELA NÃO
QUEBRO!
Promessa
se eu sair livre daqui: entra na academia e ganhar músculos!
Peguei
outra cadeira e em vez de jogá-la contra a janela, a segurei bem e corri com
tudo na direção da janela, fazendo finalmente ela quebrar. Tirei alguns cacos
de vidro de lá e pulei a janela, mas como a garota aqui é meio pateta, não
reparei na altura em que a janela estava, o que me fez quase torce o pé quando
cai no chão.
Não
tinha muito tempo pra reclamar, então só dei um gritinho de dor e voltei a
corre, dessa vez pra longe daquela maldita casa.
Como
era inverno em Forks (não que algum dia não seja inverno) o tempo estava bem
frio, conseqüentemente não tinha ninguém na praia, então o jeito foi sair
correndo pedindo ajuda.
Como
eu tinha passado o dia inteiro naquele quarto e Tânia não ter me dado nada pra
comer, eu estava fraca, bem fraca por sinal, pois meus gritos não eram tão
altos quanto eu queria.
Estava
quase não agüentando mais corre, minha cabeça estava abaixada, me concentrando
em meus pés, quando de repente meu corpo se choca com alguma coisa.
-
Finalmente – sussurrei quando olhei pra cima, depois tudo que eu vi foi a
escuridão.
.........................................*........................................
Sentia
um cheiro forte de álcool e alguma coisa ser passada perto do meu nariz,
fazendo com que eu espirrasse.
-
Graças a Deus! Bella! – ouvi a voz desesperada de minha mãe a longe. Abri meus
olhos lentamente, tentando me acostumar com a escuridão repentina que lá se
encontrava.
-
Bella? – dessa vez quem falou foi Carlisle... Peraí! CARLISLE? O susto de saber
que ele estava ali foi tão grande, que me fez sentar rapidinho, na verdade
rápido de mais, já que logo a minha cabeça começou a girar, fazendo com que eu
gemesse.
-
Filha você ta bem? – perguntou Renné preocupada – Alice chama o médico.
-
Eu to bem mãe – falei quando a cabeça parou de girar. Foi ai que me concentrei
no que estava acontecendo ao meu redor. As luzes da viatura de Charlie piscavam
mais do que pisca-pisca, percebi que ao lado da viatura havia uma ambulância, o
que explicou eu está sentada em uma maca. Ao meu lado, encontravam-se Renné, Carlisle
e ele. Quando meus olhos pousaram em Edward, eu não sabia se sentia alivio ou
raiva. Alivio por finalmente ele ter chegado, e raiva porque era culpa dele eu
está aqui.
-
Ah você acordou – falou o que eu supus ser o médico que Alice foi buscar. Ele
parou na minha frente, e pegou aquela lanterninha e jogou a luz nos meus olhos,
pedindo para eu olhar pro seu dedo – É parece que os sinais vistais estão bem.
-
Eu to legal ok? – falei para acalmar a todos, principalmente minha mãe – Eu
desmaiei por não ter comido nada ainda.
-
Ela não te deu nada pra comer? – perguntou Edward com raiva.
-
Tânia não é a pessoa mais caridosa do mundo – falei rindo um pouco – Alias o
que aconteceu com ela?
- Está ali, com os pais dela conversando com
Charlie – falou Alice apontando pra frente daquela maldita casa. Tânia estava
sentando em um dos degraus da escada da frente da casa, com os braços pra trás,
algemados.
-
Perai! Vocês vão prendê-la? – perguntei assustada.
-
É, afinal ela maior de idade, já responde pelos seus atos – falou minha mãe.
-
Mas prende-la? Sério?
-
Qual é o problema? Você não quer vê-la presa? – foi a vez de Alice pergunta.
-
Não é isso, mas é que... Cadeia é um pouco demais não acham?
-
Por que você acha isso? – perguntou Edward.
-
Tânia está com o coração partido... – comecei – Não me levem a mal, é legal
saber que ela ta sofrendo e coisa e tal, mas ela não está em seu juízo
perfeito... Ela está com essa idéia na cabeça de que eu roubei o Edward dela...
Levá-la pra cadeia agora não vai adiantar de nada, só vai fazê-la ficar com
mais raiva de mim.
-
Não acredito que depois de tudo que ela te fez, você vai defende-la – falou
Alice parecendo brava.
-
Eu não estou defendendo-a, só... Cadeia não ok? – falei séria, olhando pra
todos – Agora vão lá, e falem pro Charlie que eu não vou prestar queixa.
-
Mas Bella...
-
Vão! – ordenei dessa vez. Renné suspirou e foi falar com Charlie, ela foi
seguida de Carlisle. Ficaram só Alice e Edward me encarando como se eu fosse um
ET – Não me olhem assim – falei levantando da maca e indo em direção a viatura
de Charlie.
-
Não te olhar assim? – falou Alice – Bella você é maluca? Imagina se a Tânia vem
atrás de você de novo?
-
Ela não vai vim – garanti – A Tânia só está passando por uma faze Alice, ela
tem a vida toda pela frente, acha mesmo que eu acabaria com essa vida,
colocando-a na cadeia?
-
Atá, e desde quando você começou a ajudar os outros?
-
Desde que eu passei um dia todo trancada em um quarto – falei abrindo a porta
do carro de Charlie.
-
Aonde você vai? – falou Edward.
-
Pra onde mais eu iria?... Pra aquela concurso idiota né? – falei entrando no
carro e fechando a porta.
-
Eu não acredito que você ainda vai nisso! – exclamou apoiado no carro.
-
Mas acredite, pois eu vou! – falei ligando o carro.
-
Mas assim Bella? – perguntou Alice olhando sofrida pra minha roupa. Merda!
Minha roupa! Eu ainda estava com aquele mesmo vestido do baile, só que dessa
vez rasgado, mas bem, se eu quisesse mesmo sair dessa cidade, teria que ir
assim.
-
É o único jeito – falei me preparando pra ir – Iai?
-
O que? – perguntaram os dois patetas juntos.
- Você
vão ficar ai me olhando como dois idiotas ou vão entrar no carro?
Alice
me deu um sorriso e entrou no lado do passageiro, já Edward pareceu pensar um
pouco antes de entrar no banco de trás. Dei um sorrisinho pra ele antes sai
chutada com o carro. Lá no fundo, abaixo do barulho do, eu conseguia ouvir os
gritos histéricos de minha mãe, o que me fez soltar uma bela gargalhada.
Eu
não tinha muito tempo, o concurso começava as 7:00 horas, e pelo que eu pude
ver pelo painel do carro, já eram quase oito horas, por isso pisei com tudo no
acelerado do carro e liguei a sirene, fazendo com que todos os carros da minha
frente se afastassem rapidinho.
-
Eu já disse que amo carro de policia – falei rindo. Os outros só me olhavam
assustada.
Com
o carro de policia e em alta velocidade, fiz um trajeto de meia hora, em quinze
minutos. No lado de fora do museu já dava para ouvir os gritos da galera e foi
com esses gritos que eu caí na real. Merda! Eu vou me apresentar na frente de
toda essa gente... Eu não vou conseguir! E foi assim que aquele maldito ataque
de pânico voltou.
-
Bella você não vem? – perguntou Edward do lado de fora do carro. Estava tão
imersa em meus pensamentos que nem percebi que eles já tinham saído.
-
Eu não consigo – falei respirando rápido.
-
Como é que é? – perguntou Alice abrindo a porta do carro.
-
Eu não consigo – repeti.
-
Ah mais não mesmo – ela falou me puxando para fora do carro – Você sabe o
quanto eu dei duro pra você entrar nessa show?
-
Mas eu não consigo Alice.
-
É claro que consegui, você cantou antes não cantou?
-
Mas eram só cinco pessoas.
-
Idai? Bella olha pra mim – falou segundo meus ombros – Moramos em Forks ok? Lá
dentro não tem mais do que dois mil pessoas, isso se chegar a dois mil, o que
eu acho muito difícil.
-
Alice não dá! Imagina se eu travar lá na frente? – falei nervosa.
-
Bella... – falou Edward substituindo o lugar da Alice na minha frente e me
olhando diretamente nos olhos – Você é uma cantora incrível! Me surpreendi você
ter decidido ser médica. Você é maravilhosa, é só esquecer que tem gente te
olhando, você vai ver, vai dá tudo certo.
Deus!
Só podia ter alguma coisa nesse olhar dele, como ele conseguia me fazer tremer
só me olhando. Enquanto eu olhava em seus olhos, todo o medo que antes eu tinha
de subir no palco evaporava.
-
Bella você não tem muito tempo, já estão na ultima musica – falou Alice com o
telefone na mão.
-
Bella? – falou Edward.
-
Eu consigo – falei afirmando com a cabeça, ele por sua vez só fez sorri
lindamente.
-
Ótimo, então vamos – falou Alice me puxando pela mão para trás do museu.
Quando
entramos na parte do camarim, o que se via era gente correndo de um lado pro
outro. Como já estava no final do show, quase todo mundo já tinha se apresentado,
então todos os músicos que lá estavam, só faziam comemorar, o que não ajudou em
nada em meu nervosismo.
-
Onde você estava? – falou Jacob aparecendo de repente atrás de mim – Você já é
a próxima – pegou meu braço e me levou pro lado do palco. Ele falava alguma
coisa no microfone que estava em sua cabeça – Toma coloca isso – falou me
estendendo uma caixinha de som.
-
Aonde? – perguntei, já que estava de vestido.
-
Por que você veio assim? – perguntou finalmente me olhando direito.
-
Tinha sido seqüestrada – falei dando de ombros.
-
O que?
-
Jack o que você ta fazendo? Cada a Isa... – perguntou Rowan, mais foi parando
quando seus olhos bateram em mim – O que aconteceu com você?
-
Ah eu...
-
Não importa – me interrompeu – Não temos muito tempo, Tina! – gritou para uma
garota que estava com uma prancheta na mão – Leve Isabella para algum camarim,
e troque a roupa dela rápido, ela entra em três minutos.
Mal
acabou de falar e a tal de Tina já estava me puxando. Eu não sabia por onde
estava Alice e Edward, mais supus que tivessem os expulsado do camarim, já que
lá só tinha os músicos e a produção.
Tina
não falou nada, só me jogou dentro de uma sala e me deu uma calça jeans justa, camiseta
e um All Star. Me vesti rapidamente, quase caindo não hora de colocar o tênis.
Mal acabei de me verti, ela já me jogou em uma cadeira e começou a me maquiar
rapidamente. Juro que essa foi a transformação mais rápida que eu já vi na
minha vida. Em um minuto eu parecia uma bêbada, que tinha acabado de sair de
uma festa, em outro eu parecia uma garota pronta pra balada.
Quando
eu já estava pronta, ela me puxou de novo pelo braço ( o garota pra gostar de
me puxar) e me levou pro lado do palco. Começou a colocar um monte de coisa em
mim, e uma dessas coisas era o violão, que ela passou a alça dele pelo meu
pescoço. Lá de dentro ouvi o grito da galera, quando Jack subiu no palco e
começou a falar. Ai meu pai era agora.
-
Você viu meus amigos? – falei pela primeira vez com Tina.
-
Devem estar no meio da platéia – falou pra mim e depois no microfone – Ela ta
pronta.
-
O que? Oh não, não eu não to pronta... – comecei a falar desesperada, mas
parecia que ela não me ouvia – Eu preciso dos meus amigos, você poderia
chamá-los.
-
É agora que você entra – falou me empurrando, e mesmo eu falando não ela não
parava, quando vi ela me deu um empurrão, e eu parei no meio do palco, com um
monte de gente me olhando. Eu virei de frente pra eles e fiquei estática.
Não
conseguiria. Era impossível eu conseguir, afinal era de meus sentimentos que
estávamos falando. Praticamente minha vida colocada um uma musica, e
sinceramente, eu não sei se estava pronta pra deixar os outros saberem dessa
minha vida.
Todas
as pessoas me encaravam, sem transmitir nenhum som, esperando que eu começasse
a cantar.
Abaixei
a cabeça, com o peso do fracasso em minhas costas. Eu queria tanto ser capaz de
fazer isso, cantar pra todos, deixar que eles vissem quem eu era de verdade...
Mas eu não conseguia. Não agora, quando todos os meus sentimentos estavam
confusos, não quando meu coração ainda estava tão machucado. E foi no meio
desse turbilhão de pensamentos, que eu escutei alguém assobiar no meio da
platéia.
Edward
estava lá, na primeira fileira, me olhando sorrindo. A única coisa que eu
conseguia pensar era que ele ainda estava aqui, me dando força. Ele levantou a
mão direita e colocou na frente dos olhos, os tapando, e ai eu entendi o que
ele quis dizer...
“Você é uma cantora
incrível! Me surpreendi você ter decidido ser médica. Você é maravilhosa, é só
esquecer que tem gente te olhando, você vai ver, vai dá tudo certo...”
Eu
sorri com essa lembrança e levantei a cabeça, me dirigindo a frente do palco,
onde microfone se encontrava.
-
É... Oi... – falei timidamente no microfone – Humm... Eu fiz essa música,
quando eu estava com raiva de uma certa pessoa... Eu não sei, se ele vai saber
que a musica é pra ele, mas... – abaixei a cabeça, tomando coragem pra continuar.
Eu consigo! Falei mentalmente pra mim mesma e levantei a cabeça, sorrindo e
encarando as outras pessoas – Bom, espero que gostem – essa musica é pra você
Edward, falei em meus pensamentos e comecei a tocar os primeiro acordes.
...*... Link Alternativo
...*...
Left
your t-shirt in my room, still smells of you
And
the picture you hung on the door lay smashed, picture perfect.
Explains
now, clearly nothing left but a memory
We
only made out you never kissed me that’s how I learned to hold back all feeling
Eu cantava de olhos fechadas, me deixando levar pela
musica que eu tinha composto, a musica que mostrava um pequeno pedaço da minha
alma, mostrava um pouco de como eu me sentia.
Wait,
please don’t go, I won’t stay. All these words on replay. I’m ok, Its alright,
good to know that your fine.
Pretending
everything is right, to make it better.
I’ll
hide my make up smeared eyes, to show that I tried.
Enquanto eu cantava, imagens de mim e de Edward
juntos vinham em minha mente... O nosso quase primeiro beijo, a sua proposta
absurda, os seus lábios macios tocando os meus pela primeira vez, suas mão
quentes tocando minha pele delicadamente, como se eu fosse a porcelana mais
cara do mundo e finalmente as nossas brigas...
Some
how you have managed to get under my skin, more than anyone ever did.
And
if every wound makes a scar and every scar marks its place then I will never
live freely without your trace.
And
it’ll never be fair, I wrote my songs for you and you never even cared.
So
Ill forget you, I’ll wash your t-shirt, kill the pillow and cut you out of
pictures.
Na maioria discussões sem fundamento, brigas em que
na maioria das vezes acabava com nós dois nos beijando. Seu ciúme absurdo... O
meu ciúme absurdo. Suas palavras que eu tanto acreditei, mas quando eu virava
as costas, percebia que eram só mais algumas mentiras...
Wait,
please don’t go, I won’t stay. All these words on replay. I’m ok, Its alright,
good to know that your fine.
Pretending
everything is right, to make it better. I’ll hide my make up smeared eyes...
This
drama sat shotgun
My
eyes rained like autumn
Only
the glove box knows how the story goes
Now
that this bandage is broken
And
the cuts left in open
I’ll
tell you just one thing
This wasn’t worth the Sting
Só quando eu vi o barulho da galera, batendo palmas
e gritando, é que fui perceber que eu tinha acabado a música, e foi só ai que
eu abri os olhos e os encarei. Não o publico, mas meus amigos e familiares que
só agora eu fui perceber que estavam lá. Mas eu não conseguia dá atenção a
nenhum deles, só pra ele. Eu torcia muito que Edward tivesse entendido o
recado, tivesse percebido que a música era pra ele.
Edward só sabia sorri pra mim, um sorriso tão lindo
que nem nos meus melhores sonhos, poderia imaginar. Aquele era o sorriso de uma
pessoa orgulhosa... Era o sorriso do meu Edward.
Passado toda a adrenalina de ter conseguido cantar,
dei um simples obrigada e sai correndo pro camarim. Lá dentro todos me
aplaudiram, o que me fez ficar mais vermelha do que antes. Os braços quentes de
Jacob foram a primeira coisa que eu senti assim que pisei lá dentro.
- Você foi incrível Bella – ele falou sorrindo.
- Obrigada Jacob, mas você sabe que eu não teria
conseguido sem você – falei lhe dando um beijo no rosto – Obrigada.
Ele me deu um sorriso tímido antes de corre pro
palco. Logo em seguida vi Alice vim gritando me abraçar. Ela falava e gritava ao
mesmo tempo que eu nem conseguia entender o que ela estava falando. Logo depois
foi a vez de minha mãe gritar e me abraça.
- Você está tão linda minha filha – ela falou
chorando e ao mesmo tempo sorrindo.
- Obrigada mãe – respondi sorrindo e olhando pra
trás, onde Edward se encontrava de cabeça, com as mãos no bolso da calça jeans.
- Você foi muito bem – falou baixinho, muito
diferente de como Edward aje normalmente – Parabéns.
- Valeu – falei também abaixando a cabeça. Idiota, o
que você queria que ele dissesse? É,
parece que Edward não percebeu que a música era pra ele.
- Bella, Bella estão te chamando, você foi uma das
finalistas – falou Alice me empurrando de volta pro palco.
Lá encontravam-se os outros dois finalistas. Não
reparei muito neles, mas pude sentir uma certa hostilidade vinda de duas
garotas que estavam ao meu lado e me olhavam torto. Eu hein!
Todos os três organizadores (Jacob, Rowan e Mark)
vieram para a frente do palco e começaram a falar coisas que eu resolvi
ignorar, eu só queria saber se tinha ganhado e ponto final. Quem falou o
vencedor do terceiro lugar foi Rowan, e foi para um grupo de garotos que pela
roupa, pude perceber serem roqueiros, quando ele falou nome da bando, todo o
publico aplaudiu. Ri com a palhaçada que um dos integrantes do grupo fez.
Depois foi a vez de Mark falar, ele falou aquelas
coisas de sempre, que todos foram bem e blábláblá. Foi quando ele falou quem
era o segundo ganhador que meu coração parou. Eu não conseguia escutar nada,
sabia que havia gritos de todos os lados, mas eu nada escutava. As duas garotas
metidas do meu lado começaram a pular se abraçando e comemorando. E eu
continuava lá, paradona.
- Eu sinto muito Bella – falou Alice aparecendo de
repente no meu lado e me abraçando. Foi quando ela falou que eu consegui
descongelar.
- Sente muito pelo o que Alice? – perguntei sorrindo
– EU CONSEGUI! EU VOU PRA LONDRES! – gritei e lhe abracei.
Tinha ficado em segundo lugar, mas quer saber? To
nem ai! Eu tinha conseguido, tinha cantado em publico e de quebra, ainda levava
uma boa quantia pra casa. Cara! Eu vou pra Londres!
Depois de abraçar Alice, fui repassada de abraço em
abraço. Todos os meus amigos e familiares me desejando parabéns. Depois de ser
parabenizada por eles, foi a vez dos organizadores, pessoas que eu com certeza
sempre seria grata.
- Parabéns Isabella – falou Rowan me abraçando. Ele
tinha uma mania incrível de sempre me chamar de Isabella, mesmo que eu pedisse
que não, na opinião dele, Isabella era mais sexy.
- Obrigada Rowan.
- Você tem sorte de eu gostar de você menina – falou
Mark me abraçando também, eu só fiz rir de seu comentário. Passando aquela
primeira impressão dele, vi o quanto Mark era legal, era tipo um tio sério, mas
que sabe fazer piada no momento certo.
- Sinto você não ter ganhado o primeiro lugar –
falou Jacob me abraçando.
- Ah você sabe que eu não queria o primeiro lugar
mesmo.
- Então você ainda vai pra Londres? – perguntou com
um brilho no olhar diferente.
- Esse é o plano.
- Então logo nos encontraremos né?
- Como? – perguntei não lhe entendendo.
- Alice não...
- Bella! – gritou a própria tampinha aparecendo
atrás de mim – A gente já ta inda pra casa, você não vem?
- Claro – falei e me virei para Jacob novamente –
Valeu por tudo de verdade.
- Não por isso.
- Bom tchau! – falei lhe dando outro abraço.
Já estava pra sair, quando Jacob me chama de novo.
- Não está esquecendo de nada?
- O que? – perguntei confusa, ele só fez levantar um
papelzinho, o qual eu logo reconheci.
- O seu cheque.
- Eu já tinha até me esquecido – falei rindo e
pegando. Quando olhei o valor arregalei os olhos – Nossa!
- Espero que te ajude.
- Você não sabe o quanto vai me ajudar – falei, e
ouvi de novo Alice me chamando – Já vai Alice! – gritei e me virei para Jacob –
Valeu de novo, mas agora eu realmente eu tenho que ir.
- Claro, a gente se vê depois.
Sai de lá sem entender esse depois, afinal pelo que
eu sabia, ele ia embora hoje. Quando entrei no carro, todos já me esperavam
impacientes. Charlie já tinha ido com minha mãe e Emmett e Rose já tinha indo
no carro dele. Dentro do carro de Edward estavam eu, o próprio Edward, Alice e
Jasper.
- Toma – falou Edward me estendendo um saquinho
branco.
- O que é?
- Você disse que não tinha comida nada né? – falou e
quando eu abri o pacote vi que se tratava de um hambúrguer, Milk shake e batata
frita. Só de olhar minha barriga ronco e minha boca salivou.
- Graças a Deus – exclamei tirando o hambúrguer do
pacote e dando uma bela mordida. Gemi quando senti o sabor da carne na minha boca.
Nunca comi tão rápido na minha vida, mal mastigava direito. Logo que acabei com
o hambúrguer, fui para a batata frita e Milk shake. Abri a tampa do porte de
Milk shake e melei a batata nele.
- Credo Bella – reclamou Alice me vendo comer.
- Ah nem vem, tudo vai pro mesmo lugar – falei de
boca cheia.
Quando chegamos na minha casa eu já tinha comido
tudo. Finalmente estava de barriga cheia. Desci e fui correndo pra dentro de casa,
sem ligar se Charlie e Renée já tinha chegado, afinal eu tinha passado o DIA
TODO sem tomar banho, não sei se a galera percebeu, mas espero realmente não
está fedendo.
Mal entrei no quarto e já estava tirando a roupa,
teria que achar um jeito de mandar essa roupa de volta pra produção. Quase
pulei de alegria quando senti a água morna se choca contra minha pele. Era tão
bom finalmente está em casa. Depois desse dia maluco, tudo o que eu mais
precisava era de um bom banho e cama.
Lavei todo o meu corpo lentamente, queria ficar o
máximo de tempo em baixo daquela água. Depois de esta devidamente limpa e com
os dentes escovados, sai do banheiro, e qual a minha surpresa em encontrar
Alice sentada em minha cama.
- O que foi? – perguntei depois de um tempo em que
ela ficou me encarando.
- Eu quero saber por que você fez aquilo pela Tânia.
- Ah Alice ainda isso! – reclamei enquanto me
vestia.
- Sim, ainda... Bella realmente ainda não entendo
por que você fez isso por ela – falou cruzando os braços.
- Eu sei o que é ter um coração partido Alice –
falei sem olhá-la – E sei também que se quisesse, faria qualquer coisa para
tirar essa dor do coração.
Depois disso ela ficou em silêncio. Sei que muitos
diriam que o que eu fiz foi uma estupidez, que depois do que a Tânia me fez o
que eu mais deveria fazer é acabar com ela mesmo, mas passado toda aquela raiva
e estresse por ela ter me seqüestrado, percebi que ela não era tão má quanto
parecia, só era meio louca e que em vez de cadeia, o que ela realmente
precisava era ajuda, ajuda que eu esperava que os pais dela a dessem.
- Apesar de não concorda com o que você fez... –
começou Alice, colocando a um braço em cima do meu ombro – Fico orgulhosa de
você.
- Valeu Alice – falei lha abraçando – Não só pro
isso, mas por tudo, você tem sido uma grande amiga – ela não disse nada, só fez
rir.
Ela esperou que eu terminasse de trocar de roupa e
depois descemos. Lá em baixo todos nos esperavam, já servidos com uma taça de
champanhe, idéia de minha mãe provavelmente. Todos brindamos e Alice colocou
uma música para animar a “festa”. Apesar de está feliz por ter ganhado, não
estava em clima de comemoração, na verdade me sentia meio cansada, acho que por
causa de todo o estresse de hoje. Por isso deixei os outros se divertindo e me
dirigir à varanda de casa e fiquei olhando pro jardim.
- Pra quem ganhou você não parece muito animada –
falou Carlisle aparecendo ao meu lado, eu nada respondi, só continuei olhando
pra frente – Vai me ignorar?
- Não foi o que você fez comigo todos esses anos? –
rebati.
- Certo, eu merecia essa – falou – Olha eu sei que
você não gosta de mim, que possivelmente você me odeia, mas eu não gostaria que
ficássemos assim.
- Assim como?
- Nesse clima ruim – eu ri debochada quando ele
acabou de falar – Por que não fazemos assim? Eu sei que ainda falta muito pra
você me considerar como seu pai, talvez um dia você jamais me considere, mas eu
acho que poderíamos ser amigos.
- Amigos? – debochei.
- Ok, colegas... Acho que no mínimo poderíamos ser
colegas que se tratam bem, entende? A gente não precisa brigar toda vez que nos
vemos Bella, eu não quero brigar com
você... E ai, como o tempo talvez, você consiga me ver como seu pai.
- Só colegas?
- Só colegas.
Fiquei olhando pra ele por um tempo, pensando. Eu
realmente estava cansada de brigar, mas não sabia se seria capaz de tratá-lo como
meu pai... Talvez com o tempo, como ele disse.
- Ok – sussurrei abaixando a cabeça.
- Você acha que poderíamos ser colegas que se
abraçam? – perguntou em duvida. Bom, se hoje eu tava pra ser boazinha, que
fosse completo.
- Claro – falei e fui lhe abraçar, para ser mais
exata ele me abraçou, eu só coloquei meus braços ao seu redor. Ainda não estava
preparada para fazer mais do que isso.
- Eu acho que vou pegar mais champanhe – falou
corando e saindo. Ri baixinho, torcendo pra que eu não me arrependesse de ter
feito isso.
- Atrapalho? – falou Edward depois que eu fiquei um
tempo sozinha, eu só neguei com a cabeça. Ficamos um tempo em silêncio, só
olhando o jardim – Foi legal o que você fez pela Tânia.
- Todos merecem uma segunda chance.
- É eu percebi – falou apontando pra Carlisle, que
estava dançando com Esme.
- Com ele é mais um teste do que uma segunda chance
– expliquei.
- Ah... – foi só o que ele disse, depois ficamos em
silêncio de novo. Eu não sei por que estávamos assim, tão vergonhosos um com
outro. Talvez fosse mais de que não nascemos para ficar juntos – A música que
você cantou era linda.
- Obrigada – respondi corando.
- Quando você viaja mesmo?
- Daqui uma semana.
- Uma semana?! – perguntou surpreso.
- É! Eu tinha pensado em ir depois do natal, mas...
Eu vou para um país diferente né? Eu preciso organizar as coisas lá – ele nada
respondeu, só ficou me encarando – O que foi?
- É... Você tem certeza de é isso que você quer? –
perguntou.
- Claro Edward – falei, tentando parecer o mais
segura possível – É o que eu sempre quis, não é?
- É, o que você sempre quis – falou abaixando a
cabeça – Humm eu tenho que ir.
- O que?
- Depois agente se vê – falou já se dirigindo para
fora da varanda, mas voltou e me deu um beijo na testa – Você foi incrível hoje
– disse e saiu, me deixando confusa e com o coração descompensado.
Deus, por que eu o amava tanto?
#Uma Semana
Depois...
...*... Link
Alternativo ...*...
Suspirei assim que fechei a ultima mala. Depois de
dois dias, finalmente tinha conseguido arrumar tudo. Meu vôo saia em uma hora e
eu já estava atrasada pra sair. Mas mesmo atrasada, não conseguia sair do meu
quarto, o quarto em que eu passei uns dos momentos mais incríveis e tristes da
minha vida. O quarto onde Edward me tocou pela primeira vez, onde eu descobrir
que o amava, onde eu tantas vezes chorei, e hoje eu estava deixando tudo isso
pra trás. Sabe quando você sente que tudo vai acabar e vem aquele sentimento de
nostalgia? Bom era assim que eu me sentia. E não só nostálgica, mas indecisa
também, não sabia dizer se minha decisão de ir para Londres era certa agora. E
não era porque eu ficaria sozinha lá, mas também porque ficaria longe das
pessoas que eu amo... Renné, Charlie, Alice, Esme, Edward e até mesmo Carlisle.
Meus amigos e familiares que mesmo de uma forma diferente sempre estiveram
comigo. E agora eu os deixaria.
- Filha? – chamou minha mãe batendo na porta –
Estamos prontos – avisou, eu só fiz afirmar com a cabeça. Percebi que seus
olhos estavam vermelhos, provavelmente ela tinha chorado de novo. Desde que eu
disse que queria viajar antes do dia combinado, ela anda pela casa com a cabeça
abaixada e com os olhos vermelhos. Me sentia triste por deixá-la sozinha, mas
eu sabia que Charlie cuidaria dela – Eu vou te esperar lá em baixo – falou e
saiu.
Dei uma ultima olhada no meu quarto, conferindo se
tudo estava certo. Fui no banheiro conferir se não tinha esquecido nada, quando
meus olhos pousaram no espelho. Eu não parecia nada com a garota que tinha
vindo de New York para uma cidade pequena, tentando superar o passado. Meus
olhos que antes tinham um brilho, uma excitação, agora encontravam-se abatidos,
o brilho que antes tinha, desapareceu completamente.
- Chega Isabella – falei jogando água em meu rosto –
Você decidiu que queria ir pra Londres e você vai, e vai ser diferente. Você
vai ser uma nova mulher, uma Isabella totalmente diferente – levantei a cabeça
e tentei sorri pro meu reflexo no espelho – É isso ai.
Peguei minha mala e sai do quarto, mas antes tirei o
colar que Edward havia me dado de aniversário. Se eu queria ser diferente, eu
não poderia levar nada dele, já bastava o meu amor pro ele. Por isso coloquei o
colar em cima da cama e sai sem olhar pra trás.
O caminho até o aeroporto foi silencioso, bom
silencioso entre aspas, já que Renné em nenhum momento parou de chorar, o que
me dava um aperto no coração, já que essa seria a primeira vez que eu a
deixaria por um longo período de tempo.
Quando chegamos ao aeroporto, Alice, Jasper, Jared,
Esme e Carlisle já estavam lá. Meu coração gemeu ao perceber que ele não estava lá, mas acho que era
melhor assim, pelo menos pra mim seria mais fácil. Os cumprimentei e fui fazer
aquelas coisas chatas que você tem que fazer antes de embarca. Depois de tudo
pronto, voltei a ficar com eles e esperei a até que chamassem meu vôo.
#Pov Edward
...*... Link
Alternativo ...*...
Nunca me imaginei apaixonado por alguém. Pensei que
amasse Tânia, mas era só fogo de adolescente, mas aí eu a conheci.
Isabella mudou drasticamente desde seus setes anos
de idade e foi surpreendente para mim vê-la tão madura tão rapidamente. Talvez
isso fosse uma das coisas que me fez me apaixonar por ela. A sua maturidade,
seu altruísmo, e muitas outras qualidades suas. E era por amá-la que eu não
conseguia ir até aquele aeroporto. Não conseguia da adeus a única garota que um
dia eu amei de verdade.
Muitos podem me chamar de idiota por não ter contado
a ela sobre a chantagem da Tânia, ela mesma me chamaria de idiota se um dia
soubesse. Mas eu não poderia mexer com os seus sentimentos desse jeito. Fazê-la
escolher entre seu sonho e eu. Ela sempre quis ir pra Londres, e eu não poderia
convencê-la do contrario.
Nesse exato momento eu estava em minha cama,
deitado. A cama que – mesmo que poucas vezes – eu a possui. A cama que eu a
toquei pela primeira vez livremente.
E pensando nisso eu voltei para a noite da nossa
primeira vez. Lembrei do seu corpo quente e pequeno abaixo do meu, seus gemidos
roucos, seu rosto corado e principalmente seu sorriso satisfeito. Eu poderia
ficar sem a Bella, mas pelo menos eu teria as lembranças dos nossos momentos
juntos.
Estava tão imerso nos meus pensamentos, que quase
cai da cama quando a porta do quarto foi aberta com força.
- O que você faz aqui? – perguntou Ângela entrando
no meu quarto.
- Eu que pergunto – falei me levantando da cama –
Como você entrou?
- Alice me mandou vim – explicou, foi ai que eu
entendi tudo.
- Ah entendi – suspirei – Olha não adianta você
dizer nada ok? Eu não vou pro aeroporto.
- Você é maluco Edward? Você tem que ir lá e impedir
a Bella de viajar.
- Ângela eu não vou fazer isso, se você não percebeu
é do sonho da Bella que estamos falando.
- É, mas ela largaria tudo isso por você seu idiota
– falou e parou na minha frente com raiva – A culpa disso tudo é sua, quem
mandou fazê-la se apaixonar por você?
- Ângela...
- Nada de Ângela, você vai agora atrás da Bella e
vai impedi-la de viajar – falou segurando meu colarinho.
- E se ela não quiser vim?
- É claro que ela vai querer vim, seu imbecil. Ela
te ama – terminou sorrindo docemente. Fiquei um tempo olhando-a, tentando
decidir se aquilo era certo ou não, até que por fim, deixei meu coração falar
mais alto.
- Eu vou atrás dela.
#Pov Bella
Chamada para o
vôo 174...
- É o meu – falei nervosa vendo se todas as coisas
estavam em ordem, como o passaporte pro exemplo.
- Ai minha menina – falou minha mãe chorando e me
puxando para um abraço – Eu não acredito que você vai me deixar.
- Que isso mãe – falei rindo, mas segurando uma
vontade de chorar também – Vou senti sua falta.
- Oh eu também meu amor, eu também – falou me
soltando e me dando um beijo no rosto. Eu lhe mandei um sorriso e fui falar com
Charlie.
- Como é que eu vou agüentar a sua mãe agora sem
você – brincou me fazendo rir e minha mãe bufar.
- Você sempre agüentou – falei lhe abraçando – Cuida
dela ok?
- Sempre cuidei.
- Ai o que eu vou fazer sem você Bella? –
choramingou Alice me abraçando.
- O que você sempre fez – falei rindo – Cuida bem do
meu carro, ta? – como eu não poderia levá-lo, Alice que ficou encarregada dele.
- É claro né Bella?... Toma cuidado ta? E, por
favor, nunca se esqueça de mim e nem vá arranjar outra melhor amiga por lá.
- Eu jamais faria isso Alice – falei rindo e me virei
para Jasper – E você Sr. Jasper, cuide bem dá Alice viu? Se não você vai ta
ferrado na minha mão.
- Claro Bella – falou rindo e ma abraçando – Boa
sorte lá.
- Valeu – respondi e depois fui falar com Jared –
Você sabe que não precisava ter vindo.
- É, eu sei, mas não poderia deixar você ir sem me
despedir... De novo – completou sorrindo triste. Jared havia mudado muito desde
o começo do ano, e eu me sentia meio que orgulhosa de saber, que essa mudança
em parte era por minha causa – Será que eu posso te abraçar, ou...
- Claro né Jared? – falei rindo e lhe abraçando.
- Toma cuidado, ok?
- Sempre tomo – falei e fui me despedir de Esme,
depois só sobrou Carlisle, o que foi mais constrangedor.
- Espero que dei tudo certo.
- Eu também.
- Bom, boa viagem – falou me estendo sua mão
direita, o que me fez rir. A peguei e respondi...
- Obrigada.
Ultima chamada
para o vôo 174...
Falou a voz daquela mulher insuportável. E de
repente eu me virei para entrada do aeroporto, esperando uma coisa que eu não
sabia o que.
#Pov Edward
...*... Link
Alternativo ...*...
Nunca corri tanto na minha vida quanto hoje. Meu
carro já passava de 100 k/h, provavelmente se tivesse policial na rua, eu já
tava cheio de multa. Mas eu não me importava com isso agora, o que eu queria
realmente era chegar ao aeroporto o mais rápido possível.
Nunca fui de rezar, na verdade nem acreditava muito
em Deus, mas hoje eu rezei como nunca rezei em toda minha vida. Pedi pra ele me
ajudar a ter a Bella de volta, pra que eu chegasse a tempo.
O aeroporto ficava em Port Langeles, o que era mais
um adversário meu, já que lá era muito maior que Forks, e consequentemente
tinha mais carros, e esses carros pareciam está todos na rua há essa hora, pois
eu nunca vi tanto carro junto. Eu apertava tanto a buzina que era capaz de esta
quebrando-a.
- Por favor, que eu chegue a tempo.
#Pov Bella
- Eles já vão fechar as portas Bella – avisou Alice.
- Eu sei – falei nervosa, não tirando os olhos da
entrada do aeroporto.
- Ele não virá Bella – falou Alice tristemente. Eu
nada respondi, só abaixei a cabeça, tentando segurar as lágrimas que a todo
custo queriam rolar pelo meu rosto.
O que eu estava pensando? Que ele viria atrás de
mim? Como eu era idiota. Ele jamais faria isso, mas eu queria tanto que ele ao
menos tivesse vindo se despedir... Mas nem isso ele fez.
#Pov Edward
Deixei o carro de qualquer jeito na frente do
aeroporto e entrei correndo lá pra dentro. Por onde eu passava as pessoas me
olhavam estranho, mas eu nem me importei, o que eu mais me importava era achar
Bella. No painel de embarque não falava nada, então eu tive que ir falar com um
dos atendentes.
- O vôo pra Londres? Já partiu? – perguntei
desesperado. Ele pediu para eu esperar um pouco e começou a mexer no
computador.
- O vôo está partindo agora – falou apontando pro
lado direito, onde havia uma parede de vidro que nos permitia ver os aviões.
Meu coração quase parou quando eu vi o avião levantando vôo. Minhas pernas
tremeram e eu tive que me segurar para não desabar no chão.
- Não – sussurrei e deixei uma lágrima rolar pelo
meu rosto.
#Pov Bella
...*... Link
Alternativo ...*...
Eu tentava a todo custo segurar as lágrimas, mas não
conseguia. Eu olhava através da janela, vendo o avião levantar vôo.
No final ele não veio. E eu esperei, até o ultimo
minuto, mas ele não apareceu. Sentia que meu coração estava partido. Ele doía
tanto que chegava a me dá faltar de ar.
A imagem dele vinha em minha mente a todo o momento.
A imagem de seus olhos verdes penetrantes, de seu sorriso torto que me tirava o
fôlego e de sua risada gostosa...
- A senhorita está bem? – perguntou a aeromoça me
olhando assustada, só ai que fui perceber que deveria esta fazendo um papelão,
já que algumas pessoas me olhavam.
- To – respondi baixinho, fungando – Você poderia me
trazer uma água?
- Claro – respondeu sorrindo.
Olhei de novo pra janela, vendo as nuvens passarem.
Eu torcia para que eu cumprisse a minha promessa de ser diferente, pois eu não
sei o quanto mais eu aguentaria essa dor.
A dor de perder quem se ama...
A dor de perder ele...
#Pov Edward
...*... Link
Alternativo ...*...
Nesse momento eu estava sentado em uma das cadeiras do aeroporto
chorando. Eu já tinha perguntou se havia outro vôo, mas eles me informaram que
com a chegada do natal, os vôos estavam indo lotados, o que era a mesma coisa
que dizer que eu não conseguiria.
Não acreditava que não tinha conseguido. E pior era saber que a culpa
era toda minha. Eu fui um idiota, devia ter contado a verdade pra ela desde o
começo, mas não, e agora eu estava aqui, sentando sozinho e chorando.
- Eu sou um idiota – sussurrei.
- Que bom que você sabe – falou uma voz atrás de mim.
- O que você faz aqui? – perguntei grosso.
- Tinha vindo me despedir da Bella e vi você fazendo esse papelão –
falou Jared com as mãos no bolso.
- Você fala isso por que não a ama de verdade – falei.
- Ai que você se engana... Eu errei muito mesmo, e machuquei ela demais
também, mas eu nunca deixei de amá-la... – bufei rindo amargamente.
- Você nunca a amou... Quem ama não traia.
- É eu pensava assim até perde-la... Mas é como dizem, agente só dá
valor aquilo quando se perde.
- Você já tinha perdido ela a muito tempo.
- Na verdade não, eu a perdi no momento em que ela conheceu você... Ela
ama você, como nunca me amou... O que é realmente terrível, já que eu sou mil
vezes melhor que você – ele riu e eu o acompanhei. Ele me deu um soco no ombro
e falou – Relaxa, se você a ama de verdade, vai esperá-la, até porque não é
tanto tempo assim... Quatro anos se passam rápido.
- Quatro anos... – repetir e olhei pra ele pela primeira vez – Você
esperaria?
- Eu vou esperar, e ai quando ela voltar, e vou provar que a amo mais
do que você – falou começando a se afastar.
- É vai sonhando – falei um pouco alto, pois ele já estava longe, ele
só fez me dá um tchau com a mão e ir embora – Eu vou esperá-la... Para
sempre... – falei pra mim mesmo e levantei indo embora do aeroporto e jurando
pra mim mesmo que jamais desistiria dela...
Da minha Bella...
#Pov Bella
Finalmente, depois horas e horas, e de avião a avião, eu finalmente
tinha chegado a Londres. Depois do meu mico dentro do avião, decidi parar de
chorar e comemorar essa nova fase da minha vida que estava começando e nada
melhor do que comemorar com chocolate e café. O chocolate por que amo e café
pra me manter acordada, não queria perde nada da viajam, mas não adiantou
muito, pois depois de quatro horas de viajem eu já estava dormindo. Só acordava
quando era pra fazer o check-in e ir pra outro avião. Por isso que quando
cheguei em Londres minha cara devia ta horrorosa. Mas nem me importe, só estava
feliz por finalmente chegar.
Sai do aeroporto carregando minhas três malas, sim três malas, eu não
ia trazer tanto, mas Alice inventou de fazer comprar para a viagem e olha no
que deu? Felizmente consegui achar um taxi rápido, lhe dei o endereço do
apartamento e ele me levou prontamente.
O apartamento ficava em um conjunto de casas, por fora parecia bem
bonito, agora só teria que ver por dentro. E como prometido, ele ficava na
frente do Hyde Park. Eu paguei o taxista e subi com aquelas malas pesadonas.
Graças ao bom Senhor, tinha um elevado, porque subi três lances de escada com
três malas é sacanagem. Quando cheguei no meu andar, comecei a procurar o
numero 144 que era o meu apartamento. Demoro um pouco, mas finalmente
encontrei. Alice tinha me dado a chave do apartamento – nem imagino como
conseguiu – por isso não bati na porta, fui entrando mesmo.
O apartamento por dentro era lindo. Simples, mas aconchegante. Ele era
todo branco, havia duas poltronas azuis, a cozinha não era muito grande.
Simplesmente lindo.
- Ah que bom que você chegou... – falou uma voz rouca atrás de mim.
- AAAAAHHHH...
- AAAAAHHHH... – gritamos nós dois juntos por causa do susto.
- O que você faz aqui? – perguntei me afastando um pouco.
- Eu moro aqui Bella – respondeu Jacob sorrindo, parecendo não se
importa nem um pouco por esta conversando comigo só de bermuda e sem camisa.
- Não, você não mora aqui... Eu moro aqui.
- É, você e eu – respondeu tranquilamente se sentando em uma das
poltronas.
- Não! Olha eu vim aqui pra morar com uma garota chamada Jacky – falei
cruzando os braços e desviando o olhar, pois todas vez que o olhava só conseguia
olhar pro seu corpo musculoso.
- Jacky? – perguntou rindo – Acho que você se confundiu Bella, é Jack.
- Não, eu ouvi muito bem, foi a própria A... – parei de falar nesse
momento, entendendo tudo – Alice – exclamei chocada.
- Ela não te disse né? – perguntou também entendendo tudo.
- Não – falei me sentando também – Droga o que eu vou fazer?
- Como assim?
- Bom, eu vim pra morar com uma garota, não... Um... Homem – falei
abaixando a cabeça, pois de novo começava a secar seu corpo.
- Ah qual é Bella? Se fosse até alguém que você não conhecesse tudo
bem, mas sou eu... Jacob.
- Você não entende né? Eu nunca morei com um cara... – falei colocando
o cabelo pra trás nervosamente – E deve ser... Muito difícil morar com um.
- Como se não fosse difícil com uma mulher – rebateu, eu só fiz bufar e
virar a cara. Alice me pagava por me fazer passar por isso. Ele de repente se
levantou e veio andando até parar na minha frente – Por que a gente não começa
tudo de novo, como se não nos conhecêssemos... – falou e estendeu a mão direita
– Prazer, sou Jacob Black.
Fiquei olhando pra sua mão por um tempo. Morar com um homem jamais
esteve em meus planos, mas eu prometi que ia mudar, e tava na hora de começar,
por isso levantei e apertei a sua mão.
- Isabella Swan.
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