Capítulo 6 - Descobrindo A
Verdade
O medo se tornou
meu maior companheiro durante esses sete anos. Lembro que quando eu era pequena
e tinha pesadelos a noite, com a morte de meus pais, Kate sempre vinha em meu
quarto, me abraçava e contava histórias para afugentar os sonhos e às vezes até
funcionava, mas isso já faz muito tempo. O que fazer agora, quando mesmo depois
de todo esse tempo eu continuo tendo esses mesmos pesadelos? E que a cada dia
ficam piores?
Eu não voltei a
sonhar com o Damon, muito menos com seus olhos vermelhos, mas apesar de não ter
voltado a sonhar com ele, não quer dizer que eu tenha esquecido. Eu ainda
tremia de medo toda vez que o via nos corredores da escola, mas eu resolvi
ignorá-lo completamente e ele também pareceu fazer o mesmo, pois nunca mais
olhou na minha cara, o que eu agradeci. Mas eu não estava pensando nisso, principalmente
hoje... Sexta feira, dia do meu “encontro” com o Edward.
Ele tem estado
afastado nesses últimos dias, apesar de ter me convidado para almoçar duas
vezes nessa semana. Eu tinha medo e ao mesmo tempo vergonha de perguntar o que
estava acontecendo. Medo, pois ainda não era muito próxima dele e bom, tinha
receio de perguntar e ele se afastar de mim de novo. E vergonha, porque ainda
não me sentia muito confortável perto dele. Parecia estranho, mas o mesmo
calafrio que eu tinha quando olhava para Damon, sentia quando Edward me tocava.
Sei que era absurdo e na maioria do tempo eu tentava ignorar, mas aquele
sentimento sempre estava ali. Balancei a cabeça tentando esquecer isso. Hoje
nada me atrapalharia com meu encontro com o Edward, nem mesmo o próprio Edward.
Levantei a cabeça
do livro de história quando a campa soou. Finalmente as aulas tinham terminado,
não agüentava mais ter que fingir que estava aprestando atenção. Garrett que me
desculpe, mas hoje eu não estava com cabeça para aprender sobre evolucionismo e
criacionismo.
- Pode ir parando –
Garrett falou antes que eu saísse da sala. Suspirei e me virei pra ele, que
ainda continuava sentado na cadeira do professor – O que esta acontecendo?
- Como assim? – me
fiz de desentendida.
- Você sabe muito
bem do que estou falando Bella.
- Eu sei... – falei
suspirando – Desculpa, mas hoje eu não estava com cabeça pra estudar.
- E onde estava sua
cabeça? – perguntou se levantando e arrumando seu material.
- Humm... – eu não
sabia o que dizer, não achava que era do interesse de Garrett o meu encontro
com Edward, então o que dizer? Suspirei e resolvi contar a verdade, até porque
eu não era boa mentindo – Eu vou ter um encontro – falei dando de ombros, mas
por dentro eu não me agüentava de tanta alegria. Seria o primeiro
encontro da minha vida!
- Com quem?
- Edward Cullen –
respondi sorrindo. Ao contrario do que eu pensei, ele não pareceu ficar feliz,
na verdade seu rosto que antes era calmo, ficou tenso – O que foi?
- Não acho uma boa
idéia você sair com ele.
- Por quê?
- Ele não me parece
ser um garoto para você – senti raiva quando ele falou isso. Como assim não é
garoto pra mim? Tá
que eu não era a garota mais linda do mundo, mas acho que se eu quisesse
conquistar o Edward eu conseguiria, certo? Respirei fundo antes de responder,
sabia que ele estava preocupado comigo, então tentei manter a minha voz mais
estável possível.
- Não precisa se
preocupar, a gente só vai sair como amigos, nada mais do que isso – apesar de eu querer
mais!
- Você gosta dele –
não era uma pergunta.
- Ele é só o meu
amigo – falei respirando ainda mais fundo. Essa conversa já esta me dando nos
nervos, Garrett não tinha o direito de se meter assim na minha vida – É só
isso?
- Era, mas...
- Mas o que
Garrett? – perguntei começando a perde a cabeça – Eu agradeço que esteja se
preocupando comigo, mas é a minha vida, é a minha escolha!
- Eu sei e...
Desculpe-me, mas a parti do momento em que eu comecei a namorar Kate, você
também virou minha responsabilidade.
- Eu sei e agradeço
por isso, mas... Eu sei me cuidar sozinha – falei ficando mais calma agora. Fui
até ele e lhe dei um abraço. Tremi de frio ao tocar sua pele gélida. Há tempos
havia me acostumado com isso, de uma maneira estranha, as pessoas aqui tinham a
tendência a ser mais frios – Tchau Garrett – falei e sai da sala.
Tinha perdido muito
tempo conversando com Garrett, por isso que quando sai para o estacionamento,
não havia quase mais ninguém, nem mesmo Jéssica. Ainda não tinha lhe falado
sobre o encontro, não porque não queria, mas porque ainda há sentia um pouco
abalada com a morte de Michelle.
Entrei no carro
dando partida logo em seguida. Antes de sair, varri meu olhar pelo
estacionamento a procura de Edward. Suspirei ao constatar que ele não estava
lá. Só espero que ele não esqueça. Pensei saindo do estacionamento.
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- Deus eu não tenho
roupa! – reclamei caindo deitada na cama exausta. Eu estava a mais de duas
horas tentando achar uma roupa pro encontro, mas não tinha nada digno de
“bonito” no meu guarda roupa. Juro que se não encontrasse nada de bonito, ia de
camiseta e jeans mesmo.
E pior de tudo, é
que Kate não estava nem aqui. Ela tinha dito que ficaria até mais tarde no
trabalho. Então, e agora? O que eu vestiria? Já havia ligado milhares de vezes
para o celular de Jéssica, mas ela não atendia. Merda! Eu estou
ferrada. Suspirei
discando seu numero de novo e torcendo pra que ela atendesse. No quarto toque
ouço sua voz...
- Alô?
- Jéssica eu
preciso de sua ajuda.
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- Você tem sorte de
eu não ter decidido sair com o Mike hoje – falou entrando no meu quarto com um
monte de sacolas na mão. Depois que eu falei pra ela que teria um encontro com
o Edward, ela ficou uns 15 minutos só reclamando que eu não tinha lhe avisado e
mais 15 só porque ainda não estava pronta.
- O que é isso? –
perguntei olhando assustada para as sacolas. Esperava não me
arrepender de ter lhe pedido ajuda.
- Sua roupa, oras!
– falou dando de ombros – Agora me conta, que horas o Edward vem pegar você?
- Umas sete...
- SETE?! – gritou
me dando um susto – Isso quer dizer que você tem menos de duas horas para se
arrumar?
- É...
- Então temos que
nos apressar... – falou pegando minha toalha que estava pendurada e me
entregando – Vai tomar um banho rápido, enquanto eu arrumo tudo aqui.
- Arruma o que?
- Vai! – falou
apressada me empurrando pra fora do quarto.
...*... Link
Alternativo ...*...
Tomei um banho
rápido como Jéssica havia mandado. Estava tão nervosa, que debaixo do chuveiro
tremia muito, apesar de achar que metade era pela água fria.
Quando voltei pro
quarto, Jéssica já havia “arrumado” tudo. Minha cama estava cheia de roupas,
sapatos, maquiagem, e outras coisas que servem para deixar a mulher bonita.
- Eu vou precisar
de tudo isso? – perguntei apontando assustada pra cama.
- Sim! – foi só o
que falou me puxando pra sentar na cadeira de balanço do meu quarto e começar a
fazer a minha transformação.
Eu não sabia o que
ela fazia, pois ela me manteu de olhos fechados, mas sabia que ela passava
alguma coisa cremosa pelo meu rosto. Não sei quando tempo fiquei assim, até que
ela me mando abrir os olhos para passar o lápis de olho.
- Espero não ficar
igual a uma Drag Queen – brinquei.
- Rá. Rá. Ninguém
produzida por mim parecera uma Drag Queen – falou terminando de passar blush –
Pronto! Terminei, agora só falta a roupa.
- Pode ser qualquer
coisa, menos salto! – avisei.
- Eu não vou te dar
saltos, até porque vocês só vão ao cinema, mas...
- Mas o que? –
perguntei começando a ficar preocupada.
- Você vai ter que
usar vestido.
- O que? Jéssica
nesse frio?
- Você coloca uma
jaqueta por cima, mas agora para de reclamar e se vesti – falou me jogando o
vestido.
Enquanto me vestia
reparava nele. Era todo florido, com um decote um pouco fundo, de alças finas e
dava até um pouco acima do joelho. Pelo menos ela tinha escolhido um
vestido descente. Pensei terminando de por o vestido. Quando terminei
Jéssica me entregou um par de sapatilhas rosa bebê e uns acessórios.
- Então? Como
ficou? – perguntei dando uma voltinha pra ela ver.
- Perfeita! – disse
sorrindo e me girando para eu me olhar no espelho. Fiquei de olhos arregalados
quando me vi. Não parecia nenhum pouco com a garota que não sabia o que vestir a
horas atrás. O vestido tinha caído perfeitamente em meu corpo e a maquiagem
estava bem natural. Incrivelmente eu estava linda! E antes que eu pudesse dizer
alguma coisa, ouvimos uma buzina. Ele tinha vindo. Foi à única coisa
que eu consegui pensar. Ele não tinha desistido, ele tinha vindo.
E como uma criança
ansiosa para ver os presentes no dia do natal, desci as escadas correndo, só
parando porque Jéssica me chamou, para entregar a tal jaqueta e a bolsa.
- Boa sorte! –
falou sorrindo, eu só fiz lhe da um abraço em agradecimento e abrir a porta.
Do lado de fora se
encontrava a perfeição. Meu coração perdeu uma batida quando o vi mais lindo do
que o normal, se isso ainda fosse possível. Ele vestia uma camisa azul, com uma
jaqueta de couro bege por cima e calça jeans. Sorri ao ver que mesmo agora, seu
cabelo continuava totalmente desgrenhado.
- Você está linda –
falou sorrindo torto e quebrando o silêncio. Abaixei a cabeça corando com o seu
elogio.
- Você também.
- Pronta pra ir?
- Claro – falei
saindo e fechando a porta. Como Jéssica ficaria, não me dei o trabalho de
trancar a porta.
O céu estava
estrelado, mas eu não conseguia me concentrar nisso, eu só via o Edward. Via o
seu andar, via o movimento de seus cabelos quando o vento batia e
principalmente via o sorriso encantador que não saia de seus lábios. Quando
chegamos ao seu volvo, ele abriu a porta pra mim e fez uma reverencia ao meu
entrar. Não tenho que dizer que corei de novo, certo? Ele rapidamente entrou no
lado do motorista e deu a partida no carro. Nos primeiros minutos fomos em
silêncio, até ele falar...
- Então? O que quer
ver? – perguntou desviando o olhar da estrada.
- Eu realmente não
sei... – admitir rindo ao mesmo tempo que corava. Como pude
esquecer-me de pesquisar o filme?! Pensei ficando com raiva de mim mesma –
Você não tem nenhuma idéia?
- Bom, ouvi dizer
que hoje haverá uma seção de filmes antigos no cinema de Port Angeles, a gente
poderia ir ver – propôs.
- Perfeito! – falei
sorrindo – Eu amo filmes antigos.
- Sério? –
perguntou parecendo surpreso.
- Sim, apesar de
naquela época os efeitos especiais não fossem como agora, os filmes eram muito
mais sinceros. Eles não eram feitos para ganhar um Oscar, mas para o público –
expliquei.
- Quais são os seus
preferidos? – perguntou realmente curioso.
- Humm... O Sol É
Para Todos, A Dama Oculta, E O Vento Levou, e... – rir antes de falar o último
– Pode parecer manjado, mas Romeu e Julieta de 1936 para mim é o melhor.
- Para uma
adolescente você parece conhecer bastante sobre filmes antigos – falou
surpreso.
- Com o tempo
você vai ver que eu não sou uma adolescente normal – falei abaixando a cabeça.
Toda alegria que antes eu tinha se esvaio quando eu disse isso. No momento em
que Edward visse quem eu era de verdade, ia embora, perceberia que eu era
apenas mais uma garota doida.
- Que bom então...
– falou interrompendo os meus pensamentos. Lhe olhei interrogativamente, ele só
fez sorri pra mim – Pois eu não gosto de garotas normais – terminou parando o
carro, só ai eu fui perceber que já tínhamos chegado ao cinema. Como antes,
Edward abriu a porta para mim. Fomos em silêncio até a bilheteria. Tínhamos
chego atrasados, por isso não encontramos fila.
- Sinto muito, mas
só temos entrada para o filme Ultimo Tango Em Paris – falou o caixa. Juro que
meu rosto atingiu níveis extremos quando ele disse isso. Como eu poderia
assistir esse filme com o Edward?
- Você quer ver? –
perguntou me encarando com um sorriso sacana nos lábios, provavelmente ao ver
meu rosto vermelho.
- E-Eu...
É... – respirei fundo antes de responder – Claro! A gente veio até aqui, né? –
falei. Deus eu falei aquilo?
- Certo! – se virou
sorrindo pro caixa e pediu duas entradas. Quando entramos ele perguntou se eu
queria alguma coisa, eu neguei é claro. Duvidava que fosse conseguir comer
alguma coisa enquanto assistia ao filme.
A sala do cinema
estava completamente escura e a maioria dos lugares estava ocupado, então nos
restou sentar lá atrás. O filme já havia começado e estava em uma cena um
tanto... Delicada. Havia visto o filme uma vez, nas minhas inúteis
tentativas de parecer uma adolescente normal e que gostava desse tipo de filme.
Ele não era ruim,
afinal não era a toa que era considerado um clássico, mas não me parecia um
filme que eu gostaria de assistir no cinema e muito menos na presença de
Edward. Tentei ficar o mais imóvel possível, tentando não chamar atenção para
mim e pro meu rosto vermelho. Já Edward parecia bem relaxado, até trazia um
pequeno sorriso nos lábios. Eu passei o filme todo sem dizer nada, principalmente
porque quando eu ia dizer alguma coisa, minha voz sumia ao ver o que Marlon Brando e Maria
Schneider estavam fazendo. Não tinha como dizer que parte me deixou mais
constrangida, pois todas as cenas me deixaram, principalmente na cena da
manteiga. E a parte pior não era essa e sim o fato de as cenas estarem me
deixando um tanto quente na região entre as coxas. Esfregava as
pernas uma na outra, tentando achar uma forma de aliviar aquela queimação, mas
nada adiantava e piorava com o fato de eu estar de vestido. E de maneira
completamente constrangedora, eu senti minha calçinha começar ficar molhada.
Suspirei mais do que aliviada quando chegou à parte do tango e finalmente os
créditos. As luzes se acenderam, mas mesmo assim não tive coragem de encarar o
Edward.
- Relaxa... –
sussurrou em meu ouvido, me deixando nervosa – Eu não conto para ninguém o que
aconteceu aqui – me senti desfalecer quando ele disse isso. Deus ele reparou.
- É... – não
consegui dizer nada, até porque o que eu diria? Que eu fiquei excitada só de
ver um filme?
- Vem, quase todos
já saíram – falou se levantando e fazendo um sinal para eu acompanhá-lo.
Quando saímos do
cinema, é que eu fui perceber o quão frio estava lá fora. Apertei a jaqueta
preta mais ao redor do meu corpo.
- Está frio, o que
você acha de irmos para um lugar mais quente? - perguntou parando em minha
frente, eu só fiz confirma com a cabeça. Voltamos pro carro e ele dirigiu
silenciosamente até um restaurante umas quadras depois do cinema. Ele abriu de
novo a porta do carro para mim e fomos andando silenciosamente até a entrada do
restaurante.
Por dentro o
restaurante era bem aconchegando e quentinho. Fez com que os tremores do meu
corpo cessassem. A garçonete – que secava o Edward descaradamente – nos levou
para uma mesa mais reservada.
- Já, já alguém vem
atende-los – falou sorrindo para Edward e logo saindo. Olhei pra ela com o
cenho franzido. Quem ela acha que é?
- Tudo bem? –
perguntou depois de ver minha cara.
- Claro – falei
abaixando a cabeça, constrangida por ele ter reparado. Depois disso ficamos em
silêncio até a outra garçonete vim. Ela se apresentou, ou melhor dizendo, se
apresentou para Edward e depois perguntou o que iríamos comer.
- O que você vai
querer? – perguntou sorrindo torto para mim, o que deixou a garçonete um tanto
infeliz.
- Humm... Ravióli para
mim ta bom – falei depois de conferir o menu – E você?
- Não estou com
fome – falou simplesmente. Eu o olhei interrogativamente. Será que ele nunca
sentia fome? –
Uma coca e só por enquanto – falou para a garçonete sorrindo, o que a fez ficar
extremamente ofegante. Vi que ela saiu cambaleando.
- Isso é errado,
sabia? – falei depois que a garçonete saiu.
- O que? –
perguntou confuso.
- Isso, deslumbrar
as pessoas, tenho certeza que ela ainda deve esta ofegante lá dentro.
- Eu te deixo
deslumbrada? – perguntou me olhando diretamente com aqueles olhos dourados.
- Toda hora – falei
sem pensar. Ficamos os dois só se olhando, sem falar nada. Eu queria tanto
tocar em seu rosto de anjo, senti sua pele fria e dura, mas sabia que isso
seria muito difícil, Edward era muito reservado, eu até agora ainda não
acreditava que ele tivesse aceitado sair comigo! A garçonete chegou quebrando o
nosso contato visual.
- Não vai querer
nada mesmo? – perguntou sorrindo sensualmente para Edward.
- Não obrigada –
falou sem olhá-la, o que a coitada sair infeliz. Não deixei de sorri com isso.
- Você não quer
nada mesmo? – perguntei apontando para o meu prato.
- Não, pode comer –
falou, eu só fiz dar de ombros e da uma garfada na comida. O ravióli estava uma
delicia, apesar de que com a fome que eu estava, qualquer coisa estaria uma
delicia – Por que me chamou para sair? – perguntou de repente, me fazendo quase
engasgar com a comida.
- O que?
- Por que me chamou
para sair? – repetiu. Fiquei lhe olhando um tempo antes de responder, até
porque era uma pergunta difícil, principalmente para mim que agora que estava
tendo seu primeiro encontro.
- Eu gosto de
você... – admitir corando e olhando para baixo – Gosto de... Ficar com você,
conversar, isso... Me faz bem – falei agora lhe olhando. Esperava tudo, que ele
ficasse com raiva, triste, ou até mesmo feliz, mas nada me preparou para
aquilo. Seu rosto se contorceu em dor, o que me fez ficar nervosa e ao mesmo
tempo surpresa – O que foi?
- Isso é errado
Bella... – falou me olhando com dor.
- O que? Por quê? –
perguntei angustiada me controlando para não chorar, não me permitiria ser
fraca nesse momento.
- Eu não sou uma
boa pessoa – falou sério.
- Que tipo de
resposta é essa?
- Bella... Você não
sente medo de mim? – respondeu com outra pergunta. Não sabia o que responder,
tinha medo de ser sincera e acabar piorando as coisas, mas eu não era boa
mentindo, então não adiantava falar qualquer coisa, por isso resolvi ser
sincera.
- Às vezes... –
confessei – Quando você age de uma forma completamente diferente do que eu
imaginaria, como naquela vez no banheiro... – falei me lembrando do dia que nos
conhecemos – Mas... Acho que se você quisesse, você poderia ser pior...
- Pior? – riu
sarcástico.
- Sim. Eu vejo que
você esconde alguma coisa... – falei deixando transparecer tudo o que eu achava
dele – Eu não sei o que é e sinceramente, às vezes tenho medo de saber, mas...
Todo mundo tem segredos, eu também tenho e não gostaria que alguém descobrisse
esse segredo, da mesma forma que você não quer que eu descubra, então... Eu
decidi que não importa o que você esconda, isso não vai mudar o que eu sinto
por você.
- Você tem certeza
sobre isso? – perguntou depois de um tempo.
- Sim – falei
convicta, surpresa comigo mesma por ter tido coragem de dizer tudo aquilo.
- Tudo bem – falou
simplesmente. Depois disso ficamos em silencio até à hora de irmos embora, cada
um imerso em seus pensamentos. Dentro do carro, nenhum dos dois se pronunciou.
Eu queria falar alguma coisa, mas ainda estava em duvida do que significava
aquele “tudo bem”. Quando menos vi, já estávamos parando na frente de
casa. Eu não queria que terminássemos aquele encontro desse jeito, sem falar um
com o outro.
- Olha me desculpa,
ok? – falei desesperada para contorna aquela situação – Se você não gostou do
que ouviu, tudo bem, esquece tá? A gente pode continuar sendo amigos.
- Eu não
conseguiria ser só seu amigo Bella – falou encarando a estrada através do vidro
do carro – Eu também gosto de você – arfei quando ele disse isso. Sei que
deveria ficar feliz, mas seu tom de voz tirava toda essa alegria – E é por
gostar de você que eu tenho que me afastar.
- Não...
- Você vai ver que
assim é melhor – falou ainda sem me olhar e mesmo tentando segurar, uma lágrima
rolou. Virei a cara para que ele não visse eu chorando – Eu sinto muito.
- Eu também – foi a
única coisa que eu consegui dizer antes de sair do carro e corre para dentro de
casa. Só cumprimentei rapidamente Kate que estava no sofá da sala e corri para
cima, doida para ficar sozinha no meu quarto. Tranquei a porta e escorreguei
por ela, até esta sentada no chão e finalmente deixei as lágrimas rolarem.
Como aquele
encontro tinha ido por água abaixo tão de repente?
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“Eu passava meus
dedos em seu rosto, me surpreendendo com a textura de sua pele. Ela parecia
frágil como porcelana, mas ao mesmo tempo resistente como mármore. Sua pele
branca me encantava, fazia a minha parecer bastante morena em contraste com a
sua. Eu estava sentada em seu colo, enquanto ele se encostava à árvore.
Estávamos na mesma clareira daquele dia, só que dessa vez estávamos
vestidos.
- Eu te amo... –
sussurrei chegando mais perto de seu rosto.
- Eu te amo... –
sussurrou de volta finalmente me beijando. Sua língua era doce e fria, fazia
com que eu tremesse. Minhas mãos puxavam seus cabelos desgrenhados, o trazendo
mais para mim. Já as suas mãos seguravam minha cintura com possessão, me
mantendo colado ao seu corpo. Quando o ar começou a ficar escasso, ele desceu
sua boca para o meu pescoço, onde lambeu e beijou, me fazendo gemer baixinho.
Suas mãos se infiltraram por debaixo de minha blusa, apertando meus seios ainda
por cima do sutiã – Eu te quero... – sussurrou contra meu pescoço.
- Hum... Eu sou sua
– sussurrei de volta, rebolando em cima de seu colo. Ele voltou a me beijar,
enquanto tirava a minha blusa. Gemi alto contra a sua boca quando ele apertou
meu seio esquerdo. Levei minhas mãos para debaixo de sua camisa, arranhando seu
abdômen, sabia que ele não sentiria nada, mas era maravilhoso ouvi-lo gemer e
tremer quando eu fazia isso.
Suas mãos rapidamente
tiraram meu sutiã e antes que eu pensasse mais, sua boca já estava lambendo e
chupando meus seios. Eu gemia e gritava a cada nova ação que sua boca fazia.
Arranquei rapidamente sua camisa, louca para sentir seu corpo contra o meu.
Tremi quando senti sua pele fria contra a minha quente. Voltamos a nos beijar
sofregamente, cada um gemendo de prazer.
De repente eu já
não estava sobre seu corpo e sim embaixo dele. Ele tinha nos deitado, fiando
por cima de mim. Ele rasgou a minha calça sem dó. Gemi alto quando ele beijou
as minhas coxas, indo em direção ao interior delas. Gritei quando ele beijou
meu sexo encharcado ainda por cima da calçinha. Com o dente ele arrancou a
minha calçinha, me fazendo ter tremores surpreendentes.
Ele levantou a
cabeça do interior de minhas pernas e me olhou com os olhos negros de desejo,
me fazendo gemer mais. E antes que eu se quer tenha pensado em falar alguma
coisa, sua língua já estava lambendo e mordendo minha intimidade. Eu gritava e
gemia enquanto ele mordia os grandes lábios e seu dedão esfregava meu clitóris
inchado. De repente ele endureceu mais a língua e enfiou-a mais dentro do meu
sexo, me fazendo soltar um grito de prazer. Eu rebolava contra sua boca não
tendo mais controle sobre o meu corpo. De repente eu senti meu centro esquentar
mais, me fazendo perceber que eu estava chegando lá.
- Vem meu amor,
goza para mim... – falou e quando ele beliscou meu clitóris não agüentei e
gozei absurdamente em sua boca. Ele lambeu tudo, sem deixar escapar uma gota –
Deliciosa... – sussurrou e subiu para cima de mim, me beijando e me fazendo
provar o meu gosto.
- Eu te amo... –
sussurrei contra seus lábios ainda tremendo um pouco.
- Eu também... –
sussurrou e rapidamente tirou a sua calça e sem aviso algum, me penetrou...”
Acordei ofegante e
completamente suada. Demorei um tempo para me acostumar com a escuridão.
Suspirei ao constatar que tudo não passou de um sonho, ou mais um tenho que
dizer. Me sentei na cama e olhei o relógio no criado mudo. 04h45min da
manhã. Perfeito! Pensei sarcástica me levantando da cama. Estava
muito suada, então resolvi tomar um banho.
A água gelada fez
com que o calor que eu sentia se fosse quase completamente. Durante o banho eu
tentava a todo custo não lembrar do sonho, apesar de ele insistir a vim todo
momento em minha cabeça. Suspirei ao lembrar do meu encontro com o Edward.
Depois que eu subi pro meu quarto, chorei até cansar. Ainda não acreditava que
Edward tinha me rejeitado, não que fosse surpresa, eu até esperava por isso,
mas mesmo assim não deixava de ser doloroso.
Saí do banho quando
comecei a perceber que minha pele estava começando a criar rugas. Voltei pro
quarto e quando estava preste a colocar uma roupa para ficar em casa, eis que
vejo meu tênis de caminhada. Nunca fui boa corredora, na verdade eu mais andava
do que corria, mas sempre gostei de praticar esse esporte, ele me ajudava a
pensar melhor, por isso foi tão fácil trocar a roupa de ficar em casa por uma
de caminhada.
Depois de colocar
uma roupa de corrida, que era calça de moletom cinza, regata branca, uma
jaqueta de moletom preta e meu tênis, peguei meu Ipod e desci, sem fazer muito
barulho, pois Kate ainda dormia.
Deixei um recado
avisando que tinha saído em cima da mesa de jantar e saí de casa. O dia ainda
não tinha amanhecido direito, o que explica o fato do céu esta escuro, na
verdade bem escuro, ainda parecia que era noite, mas tentei não ligar muito para
isso.
...*... Link
Alternativo ...*...
Coloquei os fones
de ouvido, puxei o capuz da jaqueta pra cima da minha cabeça e comecei a corre.
A música que tocava no fone era um tanto deprimente, mas de uma maneira
estranha combinava perfeitamente com o meu estado. Apesar de eu ter tido que
corre me ajudava a pensar, o que eu mais tentava fazer era não pensar.
Fiquei correndo por
uns trinta minutos, até percebe que tinha ido pro meio da floresta. Ótimo, era o que eu
precisava, ficar perdida. Tentei me lembrar pro onde eu tinha
vindo, mas tava tão concentrada em não pensar, que não conseguia me lembrar.
- Ok, fica calma...
– falei para mim mesma tentando controlar a minha respiração – Você não esta
perdida – mas o desespero era tanto em minha voz, que nem a mim mesma consegui
convencer. Foi quando de repente ouvi um barulho atrás de mim. Virei-me
assustada, tentando ver alguma coisa, mas só conseguia enxergar árvores e
escuridão. E como se minha mente quisesse brincar comigo, me lembrei
do dia da morte dos meus pais. A floresta parecia à mesma daquele dia, a única
diferença era que não estava chovendo. E de novo ouvi o mesmo barulho. Parecia
uma coisa... Correndo? Seja o que fosse, não esperaria para ver.
Dei meia volta e
comecei a corre pro lado contrario de onde vinha o tal som. Mas quanto mais eu
corria, mas ele parecia se aproximar. Eu já estava ofegante e já tinha caído
umas duas vezes, mas eu não parava de corre. De repente ouço barulho de
carros. Graças a Deus! Eu devia esta perto da rodovia. Mas antes que
pudesse corre em direção ao som, meu corpo é jogada para trás de forma brusca,
me fazendo bater com força em uma árvore. Gritei uma mistura de dor e surpresa.
Coloquei a mão na nuca, aonde tinha batido com mais força. Levanto a cabeça
lentamente para ver o que tinha me atacado, quando vejo uma figura alta, todo
vestido de preto, com um capuz na cabeça. Arfei ao constatar quem era.
- Damon... –
sussurrei assustada, finalmente ligando os pontos. Damon era o cara de capuz na
festa de halloween, ele que tinha matado Michelle... Gritei de medo ao perceber
isso. Tentei me levantar para corre, mas a dor tanto nas costas como na cabeça
eram demais. Então fiz uma coisa que eu não fazia há muito tempo... Rezei.
Rezei para alguém me encontrar aqui, ou simplesmente que ele mudasse de idéia,
mas acho que não deu muito certo, pois ele foi se aproximando lentamente de
mim. Tentei grita para pedir ajuda, mas o medo me incapacitou.
- Você não sabe o
quanto eu esperei por esse dia Isabella... – sussurrou me encarando com aqueles
olhos vermelhos sangue, que me fizerem tremer de medo.
- Por favor, não...
– sussurrei chorando, mas ele só fez me puxar pelo cabelo, me fazendo ficar em
pé. Seu aperto em meu cabelo era tão forte que me fazia gemer de dor. Seu rosto
foi se aproximando do meu bem lentamente, o que me fazia chorar mais.
- Tão linda... –
sussurrou perto de meus lábios, mas ao contrario do que eu pensei ele não me
beijou, na verdade ele levou seus lábios até meu pescoço, onde depositou um
pequeno beijo, antes de...
E de repente ele
não estava mais perto de mim, seu corpo tinha sido jogado a metros de distancia
de onde eu estava. Caí de joelhos no chão, na tendo mais forças para me manter
em pé. Senti braços frios ao meu redor, só depois fui perceber que se tratavam
de Rosalie, irmã de Edward. Eu queria pergunta o que ela estava fazendo aqui,
mas nem forças para isso eu tinha. Levantei a cabeça e me deparei com uma coisa
inacreditável. Edward e Damon brigavam em uma luta que parecia mortal. Eles
grunhiam um para o outro, rangendo os dentes de forma desafiadora. Eu queria
pedir que eles parassem, mas eu não tinha forças para nada.
- Edward chega! –
gritou uma voz de sino ao meu lado, só virei um pouco a cabeça pra perceber que
era Alice. Como ela tinha chego aqui.
- Edward a Bella –
foi a vez de Rosalie falar dessa vez. E foi só assim que Edward parou de brigar
com Damon. Ele me olhou com uma mistura de tristeza e dor. De repente ao lado
dele apareceram Emmett e Jasper, que levaram Damon para longe daqui. Ele veio
andando lentamente até mim, se agachando em minha frente – Leva ela para casa,
a gente cuida do Damon – Rose falou, ele só fez concorda com a cabeça e me
pegar no colo.
Apesar de todo o
medo que eu sentia, tanto dele como de Damon, eu não consegui dizer nada, minha
cabeça girava tanto que eu mal me agüentava em pé. Ele me levou rapidamente
para o seu carro, que estava a uns metros de lá e me colocou sentada no banco
do passageiro. Ele foi rápido pro seu lado, dando a partida no carro logo em
seguida. O caminho até em casa foi silencioso. Meu corpo todo doía absurdamente
e eu tentava ao máximo controlar as lágrimas que insistiam em rolar. Eu não me
permitia olhar para ele, o medo que eu sentia era grande demais. Dei graças a
Deus quando seu carro parou na frente de minha casa.
- Bella... – ele
começou, mas antes que ele dissesse alguma coisa eu já havia saído do carro,
correndo para dentro de casa.
A casa ainda se
encontrava silenciosa, provavelmente Kate ainda estava dormindo, o que eu
agradeci, pois não sabia que desculpa dar para estar chegando desse jeito.
Entrei no meu quarto chorando e logo me jogando na cama. Não queria pensar no
que havia acontecido, mas era impossível, as imagens dos olhos de Damon, da
briga dele com o Edward pareciam estar impregnados na minha cabeça. E ainda
tinha a questão de Michelle... Humm... Gemi só de imaginar o que ele poderia
ter feito com ela.
Minha cara estava
enfiada no travesseiro, em uma tentativa inútil minha de tentar abafar meus
soluços e gemidos. Edward... Meu Edward... Era um... Não! Não
me permitiria acreditar nisso, mesmo que tudo me levasse a crer que era
verdade.
Me embrulhei no
lençol, tentando conter os tremores que assolavam meu corpo. Não sei quanto
tempo fiquei chorando, mas sei que foi tempo suficiente para o cansaço me
dominar e eu acabar caindo no sono.
“Eu corria pelo
meio da floresta escura com medo. Sabia que ele estava atrás de mim, mas não
conseguia fazer nada além de correr. Meu peito subia e descia rapidamente,
dando mais ênfase na minha falta de ar. Algumas lágrimas rolavam pelo meu
rosto, mas eu não ligava, o que eu mais queria era sair daqui. De repente tudo mudou,
como sempre acontecia em alguns sonhos. Eu não estava mais em uma floresta
escura e molhada, mas em uma clareira florida e ensolarada.
Olhei para mim e vi
que usava um vestido branco que ia até um pouco acima do joelho. Levantei a
cabeça e vi que a minha frente se encontrava Edward, vestido com um terno
preto. Ele estava incrivelmente lindo. Em sua mão, encontrava-se uma rosa
vermelha e ele sorria para mim. Quando vi seu sorriso, todo o resto
desapareceu, o que mais importava era que ele esta aqui. Sorri andando em sua
direção. Quando parei em sua frente, ele me entregou a rosa. Mas o cabo dela
tinha espinhos, o que me fez corta o dedo quando a toquei. Uma pequena
quantidade de sangue surgiu na ponta de meu dedo. Antes que eu pudesse
limpa-lo, Edward pegou minha mão, olhando fixamente para o sangue em meu dedo.
Ele olhava com
desejo e fascinação. Tentei puxar a minha mão, mas ele foi mais rápido, e antes
que eu pudesse fazer alguma coisa, ele já chupava o sangue do meu dedo. Ele não
mordeu, apenas chupou, o que ao contrario do que eu imaginei, não me deixou
assustada, mas de uma maneira estranha... Excitada.
De repente senti um
vento atrás de mim. Virei minha cabeça lentamente, me deparando com Damon
parado a centímetros do meu corpo. Ele não falou nada, só arrastou o cabelo do
meu pescoço e com a unha, fez um corte nele. Mas sangue saiu de lá e mais
rápido que eu pude imaginar, ele já estava chupando o sangue do meu pescoço.
Agora era os dois que chupavam meu sangue. Edward nessa hora já tinha largado o
meu dedo e agora chupava meu pulso. Os dois fazendo aquilo era delirante, eu me
sentia desfalecer a cada nova ação de suas línguas. Esfreguei as pernas uma nas
outras tentando encontrar atrito, mas nada resolvia, eu me sentia ficar molhada
cada vez mais. De repente, Edward infiltrou sua mão por debaixo do meu vestido,
levando seus dedos até a minha intimidade encharcada, onde ele estocou seus
dedos frios dentro de mim, me fazendo gemer alto. Damon não ficou atrás, levou
suas mãos os meus seios, apertando os dois ao mesmo tempo. Eu gemia e me
contorcia, rebolando nos dedos de Edward, e me esfregando em Damon. Suspirei ao
senti minhas paredes apertando os dedos de Edward, eu sabia que estava quase
vindo e Edward também, pois ele acelerou as estocadas de seus dedos dentro de
mim.
E com um grito de
prazer, eu gozei...”
Eu estava suada e
ofegante. Meu sexo estava encharcado e minha boca seca, mas eu não conseguia me
concentrar nisso. Se antes eu tinha duvida, agora tinha certeza...
Eu sabia o que
Edward Cullen era.
__________________§___________________
Bati com força a
porta do meu carro, procurando pelo estacionamento a figura branca de Edward.
Não foi difícil achá-lo, normalmente era fácil encontrar um Deus Grego. Ele
estava perto de seu carro, com sua família ao redor. Tinha decidido que hoje eu
confrontaria Edward, que hoje ele me contaria a
verdade e com medo que eu perdesse a coragem, marchei até onde ele estava. Não
me importava com os olhares do outros, principalmente de sua família, a minha
conversa agora era com o Edward, só ele podia me contar tudo...
- A gente precisa
conversa – falei parando na sua frente e desejando do fundo do meu coração que
eu estivesse errada em relação á ele.
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